Alunos são atendidos com transporte aquaviário pelo Governo de Rondônia
Segundo o diretor, Edson Monteiro de Oliveira, atualmente 123 alunos estão matriculados na instituição e 80% precisam do transporte escolar, sendo 50% desse total para cada tipo, seja terrestre ou fluvial
Em Cujubim, os alunos temem que pare o transporte terrestre contratado pela prefeitura, gerando mais prejuízos
Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Raimundo Nonato V. da Silva, localizada no distrito de Cujubim, a 32 quilômetros de Porto Velho, são parte dos beneficiados pelo transporte escolar aquaviário, oferecido desde o início de outubro à população estudantil ribeirinha do Baixo Madeira.
Segundo o diretor, Edson Monteiro de Oliveira, atualmente 123 alunos estão matriculados na instituição e 80% precisam do transporte escolar, sendo 50% desse total para cada tipo, seja terrestre ou fluvial. A queda de alunos matriculados é considerada alta pela direção. Em salas de aula que haviam 50 alunos, o número caiu para 20 ou 15.
“O problema é que com o período em que ficamos sem transporte para os alunos, muitos foram para a ‘cidade’ e outros desistiram. Fico muito triste com isso. Sou da comunidade e gostaria de ver os nossos alunos continuarem desenvolvendo os estudos”, declarou Edson, diretor da escola.
Matheus quer terminar logo o ensino médio para poder ingressar na faculdade
No período matutino, a escola atende aos alunos que utilizam o transporte fluvial e terrestre, com apenas oito alunos moradores de Cujubim. À tarde, a escola atende a 100% de alunos de comunidades adjacentes que utilizam o transporte terrestre, e à noite, a escola oferece educação para jovens e adultos (EJA) do próprio distrito. O grande entrave para os alunos é que, apesar do transporte fluvial contratado pelo Governo do Estado estar operando conforme a necessidade, o terrestre tem deixado a desejar. A frequência dos alunos tem sido de 30 por dia.
“Se a prefeitura não cumpre com a parte dela, não tem como ter aula à tarde. Esses alunos ficarão mais prejudicados do que já foram”, completa o diretor. A estudante e moradora da comunidade de Mutum, Queila Ferreira, faz a viagem de voadeira em 30 minutos, saindo de casa até a escola. “Se não tivesse parado, já era pra eu ir para o 3º ano em 2020, mas agora que comecei o 2º. Agora eu não sei como vamos fazer, porque esse ano letivo termina em março do ano que vem. Quero terminar logo para poder ingressar em uma faculdade”, revelou. “Sem o transporte não tem como chegar até a escola e continuar”, acrescenta.
Matheus Lima Breves é morador da comunidade de Belmont, está no 3º ano e não tem perspectiva sobre quando poderá passar para o nível superior. “A prefeitura não quer mais trabalhar este ano, só para o ano que vem, então corre risco de este ano ficar perdido”, considera. O aluno diz que “a intenção é que, se tudo der certo e o ano letivo realmente se encerrar em março, vai fazer o Enem para ver no que vai dar”.
O diretor da escola torce para que o transporte escolar terrestre consiga se manter operando, assim como tem atendido o transporte fluvial. “Estamos trabalhando com aulas aos sábados, dois dias na semana com contra turno (integral) e sexto tempo de segunda à sábado.
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