Quarta-feira (21), à tarde, teve audiência pública no plenário da Câmara Municipal de Porto Velho para discutir a situação do transporte escolar rural, cujo serviço está suspenso desde o final do ano passado.

Há três meses, a Secretaria Municipal de Educação vem tentando renovar os contratos com as concessionárias, mas a incompetência não deixa. Enquanto isso, quase dois mil alunos estão perdendo aula por falta de ônibus.

O que se observa é um misto de incompetência e má vontade. Prova disso é que o Ministério Público de Rondônia, por meio da 22ª Promotoria de Infância e Juventude, precisou mergulhar de cabeça nesse pântano, impetrando uma Ação Civil Pública, para forçar o prefeito a resolver o problema, sob pena de multa diária no valor de dois mil reais.

O secretário da SEMED, Marcos Aurélio, foi convidado para participar da reunião e tentar explicar por que tanta demora, mas não compareceu. Mandou uma assessora que se atrapalhou toda na hora de responder perguntas da vereadora Ellis Regina. Nervosa e despreparada, a moça precisou ser socorrida pelo vereador Edwilson Negreiros. E tome vaia!

A fala mais esperada, porém, era a do procurador Moacir Magalhães, que também se atrapalhou todo, não disse coisa com coisa, dando um nó difícil de desatar na cabeça de muita gente. E olha que o doutor Moacir é considerado um dos profissionais mais competentes e experientes da administração Hildon Chaves.

Mesmo assim, não escapou de ser vaiado e, de quebra, ainda foi chamado à atenção pela vereadora Cristiane Lopes pelas bobagens que disse. Envergonhado, o doutor deixou o plenário de mansinho, antes mesmo de a reunião acabar.

Esse, portanto, é o resultado de uma administração que não tem planejamento, que se não preparou para enfrentar os problemas do município, que insiste em tentar resolver as coisas na base do afogadilho. E aí o resultado não poderia ser diferente, ou seja, uma barrigada atrás da outra.