CÂNCER: Governo gastou cerca de R$ 3,5 bi no tratamento de pacientes oncológicos acima de 30 anos

O número é referente ao ano de 2018 e consta em sumário executivo, divulgado nesta sexta-feira (29), pelo Inca. Publicação projeta impactos dos fatores de risco relacionados à alimentação, nutrição e atividade física nos gastos federais no atendimento ambulatorial e hospitalar de pacientes oncológicos

Brasil 61
Publicada em 30 de abril de 2022 às 12:11
CÂNCER: Governo gastou cerca de R$ 3,5 bi no tratamento de pacientes oncológicos acima de 30 anos

O governo federal gastou cerca de R$ 3,5 bilhões no tratamento de pacientes acima dos 30 anos com câncer, em 2018, nos hospitais do Sistema Único de Saúde. O dado consta em sumário executivo, lançado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), ontem (29), durante seminário virtual em comemoração ao Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril).

Durante o lançamento, a diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, afirmou que, em 2018, R$ 1.4 bilhão foram utilizados em tratamentos de cânceres associados com atividade física insuficiente.

Segundo o documento, os gastos com a assistência oncológica vêm crescendo de "forma expressiva e ameaçam a viabilidade financeira dos sistemas de saúde". O câncer mata cerca de 232 mil pessoas e é a segunda causa mais frequente de morte no País.

O documento faz projeções do impacto futuro dos fatores de risco relacionados à alimentação, nutrição e atividade física nos gastos federais no atendimento ambulatorial e hospitalar de pacientes oncológicos. A estimativa é de que sejam gastos R$ 2,5 bilhões, em 2030, e R$ 3,4 bilhões, em 2040, com os cânceres de mama, colorretal e endométrio.

Para a coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, Liz Almeida, caso a população pratique mais atividades físicas nos próximos anos, pode gerar uma economia de até R$ 20 milhões com o tratamento de câncer em 2040. Para isso, cerca de um terço da população brasileira precisa realizar ao menos 150 minutos de exercícios físicos por semana, até 2030.

O professor adjunto do Curso de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina e coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação Física da Universidade, Rafael Deminice, indica algumas atividades físicas para prevenir e reduzir os casos de câncer no Brasil.

“Qualquer movimento vale, desde passear com os cachorro, de se deslocar para o trabalho utilizando bicicleta ou caminhando, brincar, dançar com a família, especialmente com os filhos. Até realizar atividades sistematizadas, como corrida, academia, natação e assim por diante. Talvez a mensagem mais importante é que não há necessidade específica de se matricular numa academia para alcançar os benefícios, qualquer movimento, conta.”

O Ministério da Saúde lançou recentemente o Guia de Atividade Física para a População Brasileira e reconheceu a importância de tornar a atividade física uma política de Estado, a partir da criação e fortalecimento de políticas públicas estruturantes e baseadas em evidências.

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