Centrão e elite se unem para cortar direitos do povo

Enquanto o ministro Haddad busca alternativas para fechar as contas, grupos trabalham ativamente para inviabilizar qualquer política que onere os mais ricos

Fonte: Chico Vigilante - Publicada em 14 de outubro de 2025 às 14:58

Centrão e elite se unem para cortar direitos do povo

08/10/2025 - Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão deliberativa (Foto: Kayo Magalhaes/Agência Câmara)

A recente derrubada, pela Câmara dos Deputados, da Medida Provisória que buscava recompor receitas do governo federal não é um mero revés político. É a fotografia nítida de um projeto de país. De um lado, um governo eleito que busca garantir recursos para não estrangular serviços públicos e manter o equilíbrio fiscal. Do outro, a aliança espúria entre o chamado Centrão, a oposição irresponsável e os representantes dos especuladores financeiros, que mostraram, mais uma vez, que seu compromisso não é com a nação, mas com os lucros abusivos de uma minoria privilegiada. Esta não é uma derrota apenas do Planalto. É uma afronta direta ao povo brasileiro.

A articulação comandada por figuras como Ciro Nogueira (PP) e Valdemar Costa Neto, com a conivência silenciosa do governador Tarcísio de Freitas, revela a verdadeira face daqueles que sempre usaram o Estado como moeda de troca. Eles agem como um sindicato da elite predatória, cujo único objetivo é blindar os setores que lucram horrores com a desgraça alheia.

Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca alternativas para fechar as contas, esses grupos trabalham ativamente para inviabilizar qualquer política que onere os mais ricos. A justificativa de sempre é o "corte de gastos", um mantra neoliberal que sabemos muito bem o que significa: mais austeridade para os de baixo e mais benesses para os de cima.

É revoltante ouvir os defensores do mercado pregarem controle de despesas quando, na verdade, seu alvo são os programas que sustentam a vida dos mais vulneráveis. Quando falam em "cortar gastos", eles miram o Benefício de Prestação Continuada (BPC), aquele que assegura um mínimo de dignidade ao idoso e à pessoa com deficiência em situação de miserabilidade. Eles miram as aposentadorias, dificultando o acesso a um direito conquistado com suor por uma vida de trabalho. Eles miram o auxílio às mulheres chefes de família. Não se ouve, contudo, uma única palavra sobre cortar os privilégios seculares do sistema financeiro, um dos mais lucrativos do mundo.

A hipocrisia atinge seu ápice quando observamos o tratamento dado aos bancos digitais, as famosas fintechs. O próprio presidente Lula destacou a necessidade de que essas instituições "paguem os impostos devidos". É um absurdo que conglomerados financeiros digitais, que hoje movimentam volumes estratosféricos e têm lucros maiores que os dos bancos tradicionais, usem brechas regulatórias para sonegar sua justa contribuição aos cofres públicos. Enquanto o cidadão comum paga imposto até no pão de cada dia, essas fintechs são protegidas por um congresso que legisla em causa própria e a favor de seus financiadores de campanha.

Esta manobra do Centrão, disfarçada de "preocupação fiscal", é, na realidade, uma vingança política e uma tentativa cínica de antecipar as eleições de 2026. Eles acreditam que, ao asfixiar financeiramente o governo Lula, poderão colher frutos eleitorais. Estão profundamente enganados. O povo brasileiro, que já sofreu tanto com as políticas de austeridade do governo passado, está cada vez mais atento. O estrago que causam não mancha a imagem do governo; mancha a deles próprios, pois a população começa a enxergar com clareza quem são os verdadeiros inimigos da classe trabalhadora.

Cabe a nós, parlamentares comprometidos com a causa pública, amplificar esta voz. Devemos denunciar incansavelmente cada manobra que vise proteger os lucros de bilionários às custas do suor do povo. A derrubada da MP não é o fim, mas o recomeço de uma luta ainda mais determinada. O governo certamente se recompõe, e nós, na trincheira do legislativo distrital e nacional, seguiremos vigilantes, pois nossa missão é, e sempre será, defender os interesses da maioria trabalhadora deste país.

Chico Vigilante

Deputado distrital e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa do DF

Centrão e elite se unem para cortar direitos do povo

Enquanto o ministro Haddad busca alternativas para fechar as contas, grupos trabalham ativamente para inviabilizar qualquer política que onere os mais ricos

Chico Vigilante
Publicada em 14 de outubro de 2025 às 14:58
Centrão e elite se unem para cortar direitos do povo

08/10/2025 - Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão deliberativa (Foto: Kayo Magalhaes/Agência Câmara)

A recente derrubada, pela Câmara dos Deputados, da Medida Provisória que buscava recompor receitas do governo federal não é um mero revés político. É a fotografia nítida de um projeto de país. De um lado, um governo eleito que busca garantir recursos para não estrangular serviços públicos e manter o equilíbrio fiscal. Do outro, a aliança espúria entre o chamado Centrão, a oposição irresponsável e os representantes dos especuladores financeiros, que mostraram, mais uma vez, que seu compromisso não é com a nação, mas com os lucros abusivos de uma minoria privilegiada. Esta não é uma derrota apenas do Planalto. É uma afronta direta ao povo brasileiro.

A articulação comandada por figuras como Ciro Nogueira (PP) e Valdemar Costa Neto, com a conivência silenciosa do governador Tarcísio de Freitas, revela a verdadeira face daqueles que sempre usaram o Estado como moeda de troca. Eles agem como um sindicato da elite predatória, cujo único objetivo é blindar os setores que lucram horrores com a desgraça alheia.

Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca alternativas para fechar as contas, esses grupos trabalham ativamente para inviabilizar qualquer política que onere os mais ricos. A justificativa de sempre é o "corte de gastos", um mantra neoliberal que sabemos muito bem o que significa: mais austeridade para os de baixo e mais benesses para os de cima.

É revoltante ouvir os defensores do mercado pregarem controle de despesas quando, na verdade, seu alvo são os programas que sustentam a vida dos mais vulneráveis. Quando falam em "cortar gastos", eles miram o Benefício de Prestação Continuada (BPC), aquele que assegura um mínimo de dignidade ao idoso e à pessoa com deficiência em situação de miserabilidade. Eles miram as aposentadorias, dificultando o acesso a um direito conquistado com suor por uma vida de trabalho. Eles miram o auxílio às mulheres chefes de família. Não se ouve, contudo, uma única palavra sobre cortar os privilégios seculares do sistema financeiro, um dos mais lucrativos do mundo.

A hipocrisia atinge seu ápice quando observamos o tratamento dado aos bancos digitais, as famosas fintechs. O próprio presidente Lula destacou a necessidade de que essas instituições "paguem os impostos devidos". É um absurdo que conglomerados financeiros digitais, que hoje movimentam volumes estratosféricos e têm lucros maiores que os dos bancos tradicionais, usem brechas regulatórias para sonegar sua justa contribuição aos cofres públicos. Enquanto o cidadão comum paga imposto até no pão de cada dia, essas fintechs são protegidas por um congresso que legisla em causa própria e a favor de seus financiadores de campanha.

Esta manobra do Centrão, disfarçada de "preocupação fiscal", é, na realidade, uma vingança política e uma tentativa cínica de antecipar as eleições de 2026. Eles acreditam que, ao asfixiar financeiramente o governo Lula, poderão colher frutos eleitorais. Estão profundamente enganados. O povo brasileiro, que já sofreu tanto com as políticas de austeridade do governo passado, está cada vez mais atento. O estrago que causam não mancha a imagem do governo; mancha a deles próprios, pois a população começa a enxergar com clareza quem são os verdadeiros inimigos da classe trabalhadora.

Cabe a nós, parlamentares comprometidos com a causa pública, amplificar esta voz. Devemos denunciar incansavelmente cada manobra que vise proteger os lucros de bilionários às custas do suor do povo. A derrubada da MP não é o fim, mas o recomeço de uma luta ainda mais determinada. O governo certamente se recompõe, e nós, na trincheira do legislativo distrital e nacional, seguiremos vigilantes, pois nossa missão é, e sempre será, defender os interesses da maioria trabalhadora deste país.

Chico Vigilante

Deputado distrital e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa do DF

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook