Chamado de “cachaceiro” e “ladrão” no WhatsApp, prefeito vai à justiça contra líder comunitário em Vilhena

Japonês nega caixa 2 e crimes ambientais denunciados por Ceará.

Folha do Sul 
Publicada em 13 de dezembro de 2018 às 11:02
Chamado de “cachaceiro” e “ladrão” no WhatsApp, prefeito vai à justiça contra líder comunitário em Vilhena

Acompanhado de seu advogado, Roberto Mailho, o prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês (PV) visitou o FOLHA DO SUL ON LINE na manhã de ontem (quarta-feira, 12), para comentar o que foi classificado por ele como “ataques irresponsáveis” que vem sofrendo em um grupo no WhatsApp. O mandatário disse que, além de dar uma resposta à sociedade, também irá acionar na justiça os autores das ofensas contra ele no aplicativo.

ITAÚBAS DE ÍNDIOS

Uma das acusações desferidas contra o prefeito pelo autônomo Ivan Bezerra de França, o Ceará da Assossete, bairro do qual ele se apresenta como líder comunitário, afirma que numa propriedade de Eduardo estão empilhadas madeiras da espécie itaúba, que teriam sido compradas de índios.

Mailho esclareceu que a área, onde funciona um campo de golfe, adquirida há mais de 8 anos, passou pelas mãos de um advogado e um empresário da cidade, além de outras duas pessoas, antes de ser vendida a Japonês. “A madeira estava lá desde que comprei. Só não retirei porque gostaria que houvesse fiscalização ambiental justamente para comprovar que toda a itaúba foi retirada da própria área pelos antigos donos”, garante o acusado.

MADEIRA IRREGULAR NA GRANJA

No grupo criado por ele no WhatsApp, Ceará também acusa o prefeito de usar madeira irregular, da espécie “castanheira”, na nova granja que está construindo na área rural de Vilhena. “Tudo o que fiz até agora na propriedade foi com autorização e licenças ambientais”, assegura o mandatário.

CAIXA 2

Outra acusação de Ceará é sobre o suposto uso de “caixa 2” na campanha do prefeito, o que ele também nega. “Todos os meus gastos foram declarados. Esta é outra acusação que ele vai ser chamado a provar”, adianta Japonês.

BÊBADO E LADRÃO

Em áudios publicados no grupo, Ceará chama o prefeito de “cachaceiro” e “corrupto” e, por estas acusações, também será processado nas áreas cível e criminal.

“Não tenho nada contra críticas. Quando entrei na vida pública, sabia que estaria sujeito a questionamentos. Agora, ofensas eu não vou aceitar, e estou adotando as medidas cabíveis. Ao final, a justiça vai mostrar quem tem razão”, desabafou Eduardo.

PORTARIAS

O prefeito diz desconfiar que, por trás dos ataques de Ceará, está a revolta dele pelo fato de não ter sido beneficiado com portarias em sua administração. Chefe de gabinete da prefeitura, o servidor Jovino Lobaz diz que, antes mesmo da posse de Eduardo, Ceará levou documentos dele próprio para ser nomeado. 

Japonês explica que, ao optar por formar uma equipe técnica, não teve como lotar Ceará em órgãos municipais “por falta de qualificação”. O prefeito, aliás, acrescenta que, já empossado, ele tomou conhecimento de que o líder comunitário levou também os documentos da esposa e de outras duas mulheres para nomeação, mas não foi atendido em nenhuma das reinvindicações.

COBRANÇAS

Além das ações cíveis e criminais, o prefeito já moveu processos de cobranças contra Ceará, que teria feito dívidas no comércio local e comprado um carro dele, sem fazer o pagamento. Todas as três ações referentes a isso já estão tramitando na justiça local.

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