Coluna Simpi – Em ano diferente o crédito é atípico

É um crédito onde a gente é avaliado o tempo todo”. Atualmente são as fintechs que despontam como uma alternativa de crédito

Leonardo Simpi
Publicada em 29 de novembro de 2022 às 18:16
Coluna Simpi – Em ano diferente o crédito é atípico

A inadimplência cresceu no Brasil por vários motivos. Mas para os empresários de micro, pequenas e médias empresas que não estão inadimplentes e precisam do crédito para crescer, é importante cuidar da sua capacidade de tomar crédito.  “As nossas empresas são avaliadas pela nossa pontualidade, pela nossa capacidade de honrar os compromissos. Então é muito mais organização pessoal do que efetivamente ter o dinheiro naquele dia, naquele momento”, esclarece Marcos Travassos da Money Money Invest.  A dica é fazer um fluxo de caixa e adequar as suas entradas de dinheiro com os seus compromissos. Isso vai ajudar quando o empresário for pedir um crédito. “É uma realidade que o crédito, nos tempos modernos, é um crédito digital. É um crédito onde a gente é avaliado o tempo todo”. Atualmente são as fintechs que despontam como uma alternativa de crédito. “Porque, vocês sabem, somente cinco bancos no Brasil cobrem 80% do crédito”, lembra Marcos Travassos. “O Brasil é movido pela força do empreendedorismo e nós, empreendedores, vamos continuar fazendo esse Brasil ir adiante, independente de crise interna, crise externa, política, ou seja, lá o que for”, finaliza, otimista, Marcos Travassos. 

Assista: https://youtu.be/KnbKZNa3fic  

PT e PMDB travam na Câmara Federal projeto que corrige teto do Simples e do MEI 

O projeto que corrige o teto do Simples Nacional, pela inflação a partir de janeiro, travou na Câmara dos Deputados diante da resistência de partidos como MDB e PT, que avaliam que o tema representa uma pauta-bomba no primeiro ano de governo Lula. O texto amplia o teto de enquadramento da receita bruta do Microempreendedor Individual (MEI) de R$ 81 mil para R$ 144.913,41 , para microempresas para R$ 869,5 mil e para as EPP’s para R$ 8,7 milhões,  aplicando um reajuste com base no IPCA pois o teto é o mesmo desde 2006  quando  foi aprovado o estatuto da micro e pequena empresa. O deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), relator do texto na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), discorda de que a perda de arrecadação alcance esse montante, e recolheu assinaturas para tentar votar a urgência do projeto. Obteve apoio do PSDB, PL, União Brasil, Podemos, Solidariedade, Novo, Republicanos, PROS e PSD. Já Paulo Okamotto, do grupo de pequenas empresas da equipe de transição, avaliou que o aumento do teto pode acabar sendo uma forma de subsídio - "Nós temos que ter uma apreciação política do que significa esse subsídio", disse. 

Precisamos fazer a Reforma tributária no Brasil 

“Precisamos o quanto antes de uma reforma tributária neste país. Precisamos diminuir a quantidade de impostos e tornar mais simples essas normas tributárias, para dar a devida aplicação e a segurança jurídica para as empresas”, afirma enfaticamente o auditor e perito contador, Vitor Stankevicius. Segundo Vitor, o Brasil tem hoje mais de 70 tributos como o IPI para as indústrias, o ISS para empresas prestadoras de serviços, imposto sobre importações e exportações, entre outros. “Vejam, ano a ano, a carga tributária aumenta, fazendo com que cerca de 40% do PIB nacional sejam tributos. Você acredita nisso?”, questiona. Vitor recomenda que empresários se aproximem de bons advogados tributaristas para avaliar possibilidades jurídico tributárias de diminuir o encargo tributário das suas empresas. “De repente, em ações que buscam créditos de tributos, créditos extemporâneos do passado que porventura tenham sido recolhidos à maior pela sua empresa, fazendo se agora uma compensação”. Vitor ainda recomenda que os empresários verifiquem com seus contadores se para o ano de 2023 há a orientação de mudança no regime tributário. “Para 2023, avalie se é mais interessante em termos de custos tributários a migração para outro regime”, conclui. 

Assista: https://youtu.be/4CJFnXU64Rg  

Comissão aprova adesão ao Simples em janeiro e em julho 

O pedido do Simpi NA caminha para aprovação a passos largos na Câmara Federal, pois na última quarta-feira (22), a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou a medida que possibilita que microempresas e empresas de pequeno porte que não aderiram ao Simples Nacional no mês de janeiro, possam aderir no mês de julho do mesmo ano de exercício. Em nossas justificativas do projeto, argumentamos que se por um  problema temporário a empresa  perde a opção ao regime, por exemplo  em fevereiro, a empresa só retornaria ao Simples em  janeiro do ano posterior e com certeza terá imensas dificuldades,  podendo até fechar as portas. Desta forma ao corrigir o problema, a empresa terá a oportunidade de voltar ao regime em  poucos  meses. Calcula-se que tal medida beneficiará cerca de 300 mil empresas por ano. 

Anatel irá multar quem comercializar e utilizar TV Box pirata no país 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, ainda no início deste mês, uma multa para a utilização ou comercialização não autorizada de qualquer produto que não tenha sido homologado ou certificado pelo órgão, como celulares e as famosas TV Box, que transforma uma TV comum em smart, mas que em modelos piratas permitem que você assista conteúdo de TV a cabo “de graça”.  Para Pessoa Física e Microempreendedor Individual (MEI) foi estabelecida uma multa de R$ 110,00 em infração leve, e uma de até R$ 30 milhões para Empresa de Grande Porte em caso de infração grave. Apesar da determinação da Anatel, uma pessoa só será punida caso ela seja denunciada à agência, que irá instaurar uma investigação para decidir se a realmente cometeu a infração, e somente após o processo que a multa será aplicada.  

A indústria precisa voltar a ter protagonismo na economia 

“Estou otimista com o futuro do Brasil.  Obviamente vai mudar um pouco o jogo da economia. Mas nem por isso nós, empresários deixaremos de ganhar dinheiro, basta entender qual vai ser essa mudança, reposicionar nossas empresas e aproveitar o novo ciclo de crescimento econômico”, afirmou o jornalista, economista e palestrante Luís Artur Nogueira entrevistado da semana no programa A Hora e a Vez da Pequena Empresa.  

Para 2023, Luís prevê um cenário mais desafiador para o Brasil devido a alta dos juros na Europa e nos Estados Unidos para combater a inflação. Segundo Luís, o ano vindouro será de ajustes e o novo governo federal não poderá descuidar das contas públicas. “Provavelmente o governo vai colocar os bancos públicos como protagonistas na economia para financiar quem precisa de financiamento como micro, pequeno e médio empresário. Porque é justamente os micro e pequenos que geram empregos, geram renda e fazem a roda da economia girar”. Promessa que foi feita na campanha e que terá que ser cumprida ao longo dos próximos quatro anos, assim como uma oferta maior de crédito, segundo Luís. Nas reintegrações das negociações internacionais, Luís ressaltou que durante o novo governo o acordo comercial Mercosul e União Europeia pode ser implementado. E incentivou a inserção de micro e pequenas empresas numa pauta exportadora. “Para isso, o novo governo tem que colocar os bancos públicos para serem indutores da retomada de crédito”. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=872iQ3hB2Cs 

Winz

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