Apronta cada uma de vez em quando! Faz birra, ama doces, gosta de brincar, passear, receber atenção e, se a gente deixar, passa o dia inteiro vendo conteúdos no celular.

É claro que cada pessoa é única. A pessoa com autismo tem suas especificidades, e cada autista tem suas particularidades. Mas criança é criança! Precisa ser vista assim, seja ela típica ou atípica, com alguma deficiência ou não. Autista tem direito a inclusão sim, mas também tem direito a brincar, se divertir com o que gosta.

A gente sabe que, se tratando de brinquedo, a criança autista normalmente tem umas preferências diferentes! Aqui em casa, por exemplo, óleo de cozinha tem que ficar escondido, pois é um dos brinquedinhos preferidos da minha filha. O problema é que depois ela costuma abrir e espalhar no chão. Para Duda é divertido – para nós, é um terror!

Tem um autista na sua vida, em casa, na clínica ou na escola onde você trabalha? Descubra o que mais o diverte e explore isso. Crie formas de brincar dentro do que ele gosta. O brincar é essencial para o desenvolvimento de toda criança, e não precisa ser especialista em Ludoterapia para saber brincar – é só entrar na brincadeira sem protocolos! Voltar a ser criança!

Hoje mesmo brinquei bastante com a Duda. Muitas crianças com TEA não toleram barulho, mas já que ela tem a peculiaridade de se divertir com músicas ritmadas e batidas, aproveito para cantar pra ela, batendo palmas e os pés no chão, e às vezes faço de uma panela um batuque. Os vizinhos devem me taxar de maluco! Mas, o que importa é ela se divertir! E eu vou na carona!

Divirta sua criança autista e se divirta com ela!

Abraço!

Lucas Tatuí O autor é jornalista e pai de uma pré-adolescente autista