A Frente Popular, reunindo os partidos de esquerda e agora tendo à frente o candidato ao Governo, Daniel Pereira, do Solidariedade, refaz seus projetos, adaptando-os à nova situação.

Daniel era nome muito forte ao Senado e quem concorreria ao governo seria o professor e advogado Vinicius Miguel. Contudo, seu partido, o PSB, não deu sinal verde para a composição que já estava feita, ao ponto de Vinicius abrir mão da sua postulação ao Governo, anunciando agora que é candidato à Câmara Federal.

Daniel, que já foi deputado, vice-governador e governador, é um nome conhecido em todas as regiões do Estado, até por sua longa atividade política, mas também como superintendente do Sebrae, cargo que ocupou até recentemente, até licenciar-se para concorrer. Experiente, ele começa uma difícil missão de conseguir consenso entre a esquerda, unindo-a no entorno do seu nome.

O ex-deputado federal Anselmo de Jesus, do PT, continua como o parceiro na chapa majoritária, como candidato a vice-governador. Com a troca, a Frente Popular agora busca um nome para o Senado. Chegou a haver conversas, nos bastidores, entre os esquerdistas e o ex-senador Expedito Júnior, nome fortíssimo, mas, o que se ouve é que Expedito não teria aceitado o desafio de, sempre um político de centro ou de direita, se aliar à esquerda.

Expedito, aliás, está desanimado com a forma como as coisas da política estão acontecendo no Estado e pode até não ser candidato, embora uma candidatura viável e boa de voto. Ramon Cujuí, que poderia ser a alternativa, não pode mais ser candidato, por participar de programas de TV. Apenas como elucubração: será que a Frente tentará convencer Fátima Cleide a deixar de lado a postulação à Câmara e aceitar ser o nome do grupo na corrida pelo Senado? Esta pergunta, claro, não tem resposta, ainda.