De que maneira a vacina impactará na economia?

Especialista esclarece principais pontos em torno do assunto

Carlos Moreira
Publicada em 01 de fevereiro de 2021 às 09:04
De que maneira a vacina impactará na economia?

Com a aprovação da vacina no Brasil e o início da imunização, surgem muitas dúvidas entre os empresários sobre de que maneira a vacina impactará na economia.

Em 2020, muitos especialistas já apontavam algumas das principais estimativas para a economia nesse ano com a aprovação e vacinação da população. Frederico Guanais, diretor-adjunto da Divisão de Saúde da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), previa um aumento de 4,2% do PIB mundial por conta da vacina.

Com mais de 35 anos no mundo corporativo e desde 2015 à frente da MORCONE Consultoria Empresarial, hoje trago um artigo para esclarecer como a vacina impactará na economia.

Bem, no Brasil estamos vivenciando uma situação atípica. O início da imunização começou na semana retrasada e ainda não se sabe com precisão sobre a logística para que toda a população seja imunizada.

Vacinação está intimamente relacionada à economia

Essa pandemia é um problema de saúde pública que impactou e continua impactando o mercado mundial. Muitas empresas fecharam, bolsas sofreram alterações, desemprego em alta, entre tantos outros acontecimentos que recaíram diretamente sobre a economia brasileira.

Em 2020, muitas pessoas vivenciaram uma espécie de situação apocalíptica coletiva, ou seja, sem uma estimativa de quando teríamos uma vacina, a sensação era de desesperança. Ninguém estava disposto a planejar nenhum passo porque não se tinha um norte de quando o problema começaria a se solucionar.

A situação de Manaus no Amazonas aqui no Brasil também representou um alarde significativo para que fossem tomadas medidas emergenciais. Em outras regiões, com a ordem de lockdown, ficou mais do que evidente que seria fundamental uma ação rápida quanto à imunização.

A aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) da vacina Coronavac e vacina de Oxford, podem trazer de volta ao país um ânimo quanto às atividades econômicas impactadas pela pandemia e que ainda estão suspensas.

O que podemos esperar com a imunização da população?

Pode parecer uma afirmação simplista, mas a vacina impactará na economia principalmente por fazer renascer a esperança. As empresas que ainda estão vivenciando restrições por conta da pandemia poderão retomar as atividades. E aquelas que foram menos impactadas terão maiores condições de expandir, já que estaremos em um cenário de menor incerteza.

A taxa de contratação também tende a aumentar e não apenas quando falamos de trabalho com carteira assinada, mas o mercado tende a se tornar mais positivo para empreendedores, autônomos, microempreendedores individuais e os informais.

Com a geração de empregos, a tendência é que o poder de compra aumente, ou seja, o consumo tende a aumentar. Já escrevi algumas vezes sobre o crescimento do e-commerce em 2020 e vale salientar que o auxílio emergencial concedido também foi fundamental para garantir a sobrevivência do varejo.

O setor de serviços também será beneficamente impactado com a imunização. Eventos artísticos e shows, assim como toda a cadeia produtiva envolvida tendem a ser positivamente impactados.

O primeiro setor a se reerguer significativamente foi o da indústria. Em 2020 já se via um movimento positivo de crescimento, mesmo em plena pandemia.

Até mesmo o governo (estadual e federal) tende a ser beneficiado, principalmente no setor da saúde, já que a tendência é que diminuam os casos de covid-19, o que reduzirá a necessidade de atendimento hospitalar e demanda por leitos de UTI.

Resumindo, a vacina impactará na economia de maneira positiva. O importante é que seja elaborada uma boa estratégia de vacinação, que inclua ampla divulgação no país, para que até o meio do ano, grande parte dos brasileiros esteja imunizada.

Carlos Moreira - Há mais de 35 anos atuando em diversas empresas nacionais e multinacionais como Manager, CEO (Diretor Presidente), CFO (Diretor Financeiro e Controladoria) e CCO (Diretor Comercial e de Marketing). É empresário há mais de 15 anos e sócio e fundador da MORCONE Consultoria Empresarial. 

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