Delator relata propina de R$ 2 milhões a Ivo Cassol por obra da usina de Santo Antônio

O delator informou que os pagamentos foram um reconhecimento pela atuação de Cassol para destravar questões burocráticas em obras de usinas no Rio Madeira.

G1
Publicada em 19 de fevereiro de 2018 às 22:24
Delator relata propina de R$ 2 milhões a Ivo Cassol por obra da usina de Santo Antônio

O ex-executivo da Andrade Gutierrez Flávio David Barra afirmou em depoimento à Polícia Federal ter pago R$ 2 milhões em propina ao senador Ivo Cassol (PP-RO) e a um secretário da gestão Cassol quando ele era governador de Rondônia.

O depoimento de Barra foi prestado em novembro do ano passado no inquérito que investiga o suposto pagamento de propina ao senador e ao ex-secretário João Carlos Gonçalves Ribeiro. As investigações começaram após a delação de Henrique Valladares, da Odebrecht.

Valladares disse ao Ministério Público Federal ter pago R$ 2 milhões a Ivo Cassol e R$ 1 milhão a Gonçalves Ribeiro. Ele informou também que os pagamentos foram um reconhecimento pela atuação de Cassol para destravar questões burocráticas em obras de usinas no Rio Madeira.

Segundo o MPF, o dinheiro foi pago como "favorecimento nos procedimentos administrativos" referentes às obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio.

O que disse o delator

Delator, Barra prestou depoimento em novembro do ano passado. A TV Globo teve acesso ao depoimento nesta segunda (19).

À PF, o ex-executivo afirmou que o pagamento ao senador foi feito em razão de "serviços de apoio" ao consórcio formado pela Andrade e pela Odebrecht nas obras da hidrelétrica do Rio Madeira.

Ele afirmou que o dinheiro foi pago em espécie a João Carlos Ribeiro, então secretário de Planejamento da gestão de Cassol, em várias visitas à empreiteira, nas quais Ribeiro levava mochilas e até uma mala para guardar o dinheiro.

O ex-dirigente também disse à Polícia Federal que os primeiros contatos com os políticos foram realizados pela Odebrecht, e que ele foi informado do "compromisso acordado" com Cassol e Ribeiro.

Por conta disso, acrescentou, ele se reuniu com o ex-secretário de Planejamento na sede da construtora, em agosto de 2011, e ficou combinado que o pagamento seria realizado em espécie durante os três meses seguintes.

Leia a notícia na íntegra.

Winz

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Comentários

  • 1
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    Gustavo oliveira 20/02/2018

    Estava na cara que iria surgir o nome do senador Cassol em casos de propinas nas usinas e se investigarem corretamente em muito mais coisas. Aprendam uma coisa: todos que "vomitam" honestidade aos quatro cantos depois de ter em maos a maquina publica, basta ser investigado com seriedade para aparecer seus rolos.

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