Dia da Consciência Negra: podcast produzido pela Emeron debate Negritude e Racismo

Magistrados e ativistas conclamam a sociedade a refletir sobre o tema

Assessoria de Comunicação Institucional com produção da Emeron
Publicada em 20 de novembro de 2020 às 18:04
Dia da Consciência Negra: podcast produzido pela Emeron debate Negritude e Racismo

No dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro como uma referência à morte, em 1695, do então líder do Quilombo dos Palmares - localizado no Nordeste do Brasil, e que se tornou um símbolo da luta e resistência das pessoas negras escravizadas no país, assim como da luta por direitos reivindicados pelos afro-brasileiros, a Emeron publica o Podcast Conversas sobre Negritude e Racismo, programa que reúne depoimentos de magistrados, pesquisador e quilombola com suas visões e reflexões sobre a importância do dia de hoje.

O podcast é uma espécie de programa de rádio, publicado na internet e que pode ser acompanhado a qualquer tempo e plataforma pelo ouvinte. Participam da conversa o desembargador Gilberto Barbosa Batista dos Santos, a juíza de direito Kerley Regina Ferreira de Arruda Alcântara, ambos magistrados negros do Tribunal de Justiça de Rondônia; o ativista e professor da Unir e do Mestrado Profissional Interdisciplinar em Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça (PPG/DHJUS), oferecido em parceria pela Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) com a Universidade Federal de Rondônia (Unir), Marco Antonio Domingues Teixeira; e o quilombola e aluno do DHJUS, Jean Carlos Sena de Oliveira.

Em sua fala, o desembargador Gilberto aponta para o forte abismo que distancia a população negra da educação e ascensão social, resquício da construção da sociedade a partir da subserviência e exploração econômica. O magistrado clama à consciência, manifestada pela data, e à resistência e valorização da cultura. Já Kerley faz uma reflexão sobre a discriminação racial enquanto problema endêmico no Brasil, inclusive de forma institucional e nos espaços de decisão do estado democrático. A magistrada, ex-aluna do DHJUS, também chama a atenção para a presença mínima, em especial da mulher negra, no judiciário, a vivência cotidiana do preconceito, e a naturalização da marginalização do negro.

O professor doutor Marco Teixeira, pesquisador nas áreas populações afro-amazônicas, quilombos, diversidade etno-racial e ações afirmativas, apresenta o histórico da ocupação da população negra em Rondônia, discorre sobre a formação do racismo e conta algumas histórias reais de violências sofridas pela população quilombola, conhecidas por ele em suas pesquisas de campo e ações de ativismo. Finalizando a conversa, Jean Carlos Sena de Oliveira, professor e morador da Comunidade de Remanescentes de Quilombolas de Pedras Negras, fala sobre sua experiência como quilombola e como educador, atuando na formação de jovens negros, o que é inclusive objeto de estudo de sua pesquisa no mestrado.

O podcast foi produzido pela Assessoria de Comunicação da Emeron de forma remota, respeitando o distanciamento social, e pode ser ouvido abaixo ou no Canal da Escola no Yotube (youtube.com/EscolaEmeron). Para ouvir, clique abaixo.

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