Em menos de dois anos, foi investido R$ 1,3 milhão em perícia de impressões digitais em Rondônia

Reconhecido em 2017 pelo Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal como o estado que mais identificou autores de crimes do Brasil, o Instituto de Identificação Civil e Criminal (IICC) Engrácia da Costa Francisco, em Porto Velho, está preparado para a produção de provas técnico científicas.

Texto: Vanessa Farias Fotos: Bruno Corsino
Publicada em 16 de maio de 2018 às 12:26

Todas os 29 postos de identificação do estado estão equipados com o material

Em menos de dois anos, os investimentos em perícia papiloscópica em Rondônia já ultrapassam o montante de R$ 1,3 milhão. Reconhecido em 2017 pelo Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal como o estado que mais identificou autores de crimes do Brasil, o Instituto de Identificação Civil e Criminal (IICC) Engrácia da Costa Francisco, em Porto Velho, está preparado para a produção de provas técnico científicas com a identificação de impressões papilares em cenas de crimes, através de impressões digitais, palmares e plantares.

Além dos materiais entregues em outubro do ano passado, com R$ 419 mil de emendas parlamentares e R$ 231 mil do Governo do Estado, somando um investimento de R$ 650 mil, em maletas, reagentes químicos e físicos, todos distribuídos entre os 29 postos de identificação da Polícia Civil instalados na capital e interior do estado, mais R$ 200 mil de materiais de perícia, 40 câmeras fotográficas no valor de R$ 203 mil, e cinco veículos baixos para as regionais (R$ 255 mil) estão em processo de compra para equipar o serviço. Os investimentos fazem parte do Programa Estadual Rondônia Mais Segura.

“Hoje nós atingimos níveis fantástico de identificação de autoria por meio dessas perícias, auxiliando na elucidação de casos de latrocínio, roubo, homicídios, furtos, tráfico de drogas, danos, e tudo que puder envolver impressão digital, inclusive identificando fragmentos de impressões em capsulas deflagradas em cenas de crimes, e em diferentes superfícies imagináveis. Esse material veio dos Estados Unidos, e o trabalho de identificação papilar não deixa nada a desejar em relação a nenhuma polícia do país”, declara o diretor do IICC, Júlio Kasper.

O tempo para a identificação varia de acordo com os casos, e o total de crimes solucionados por uma identificação também pode ser maior. “Através de uma identificação pode ser possível indicar o autor de vários crimes. Quando ao tempo, já identificamos autores em 15 minutos como também já chegamos a até três meses. É variável ”, diz Kasper. Segundo o diretor, o IICC trabalha com sistema de base de dados do estado, o mesmo sistema utilizado pela Polícia Federal.

“Quando nós inserimos a impressão no sistema, ele indica as várias impressões mais semelhantes com a que coletamos. E aí são os nossos datiloscopistas que fazem a confrontação de todos os pontos de cada impressão digital até chegar à autoria. Às vezes, aquele indivíduo não está cadastrado no estado, e há mais duas possibilidades. Se há um suspeito, o delegado pode solicitar a coleta das impressões ou nós solicitamos o prontuário do cidadão de qualquer outro estado. E ainda há um convênio com o Instituto de Identificação de São Paulo, que tem a maior base de dados da América Latina, com 65 milhões de pessoas cadastradas, e que pelo sistema nós enviamos a solicitação com as impressões que colhemos e eles nos enviam a resposta”, explica.

O diretor observa que a maioria das pessoas só vê o IICC como órgão responsável pela carteira de identidade, mas, além disso, o instituto é o competente pela identificação de presos por meio das impressões digitais, o retrato falado, identificação de cadáveres, e a própria perícia papiloscópica em cenas de crimes.

Winz

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