Francisco trouxe seriedade à religião

Francisco ousou defender os que não têm voz, escreve o colunista Eduardo Guimarães

Fonte: Eduardo Guimarães - Publicada em 22 de abril de 2025 às 18:23

Francisco trouxe seriedade à religião

Mulheres passam por um retrato do Papa Francisco - 25/02/2025 (Foto: REUTERS/Shannon Stapleton)

Por Eduardo Guimarães - Não é preciso falar muito para ressaltar a obra do portenho Jorge Mario Bergoglio. Seu maior feito foi ter coragem de dizer o que nenhum outro líder religioso diz, sua coragem em combater o deletério fanatismo religioso que empurra a humanidade para o abismo.

Em um mundo em que lideranças religiosas exploram o fanatismo e (literalmente) demonizam os mais fracos, como os LGBTQIA+, as mulheres que recorrem a interrupção das gravidezes que não podem levar adiante e as que são transformadas em seres inferiores pelo patriarcado de extração medieval que ainda infecta TODAS as sociedades, Francisco ousou defender os que não têm voz. 

Neste momento, o mundo assiste, atônito, ao ódio insano de Donald Trump contra populações homo e trans, chegando ao ponto de atacar instituições centenárias como Harvard em sua sanha punitivista contra aqueles que não fazem mal a ninguém ao serem quem são. Eis que Francisco levanta a voz e aponta o dedo da razão e do amor ao próximo contra a ferocidade infernal do autocrata estadunidense. 

Francisco atraiu o ódio do capitalismo selvagem ao dizer uma verdade que gente supostamente mais civilizada que Trump quer esconder: o comunismo é a expressão do que pregou Jesus Cristo nos textos históricos que contêm relatos sobre aquele que o cristianismo reputa como Filho de Deus. 

O principal feito de Jorge Mario Bergoglio, ora imortalizado como Francisco, foi tornar a religião o que ela deveria ser – e, raramente, o é. Amor ao próximo, compaixão pelos mais fracos, voz dos que não têm voz, vez dos que não têm vez. 

O corpo mortal de Francisco nos deixou, mas o seu espírito se agigantou com seu ocaso físico, tornando-o imune ao ódio daqueles que ele combateu com amor, serenidade, generosidade e uma força moral que torna inútil canhões,

bombas e riqueza dos que tentam subjugar a humanidade aos seus desígnios inconfessáveis. 

Descansa em paz, Francisco. Sua obra é imortal e você continuará vivo em cada um dos que anseiam pelo mundo que você tentou ajudar a construir.

Eduardo Guimarães

Eduardo Guimarães é responsável pelo Blog da Cidadania

955 artigos

Francisco trouxe seriedade à religião

Francisco ousou defender os que não têm voz, escreve o colunista Eduardo Guimarães

Eduardo Guimarães
Publicada em 22 de abril de 2025 às 18:23
Francisco trouxe seriedade à religião

Mulheres passam por um retrato do Papa Francisco - 25/02/2025 (Foto: REUTERS/Shannon Stapleton)

Por Eduardo Guimarães - Não é preciso falar muito para ressaltar a obra do portenho Jorge Mario Bergoglio. Seu maior feito foi ter coragem de dizer o que nenhum outro líder religioso diz, sua coragem em combater o deletério fanatismo religioso que empurra a humanidade para o abismo.

Em um mundo em que lideranças religiosas exploram o fanatismo e (literalmente) demonizam os mais fracos, como os LGBTQIA+, as mulheres que recorrem a interrupção das gravidezes que não podem levar adiante e as que são transformadas em seres inferiores pelo patriarcado de extração medieval que ainda infecta TODAS as sociedades, Francisco ousou defender os que não têm voz. 

Neste momento, o mundo assiste, atônito, ao ódio insano de Donald Trump contra populações homo e trans, chegando ao ponto de atacar instituições centenárias como Harvard em sua sanha punitivista contra aqueles que não fazem mal a ninguém ao serem quem são. Eis que Francisco levanta a voz e aponta o dedo da razão e do amor ao próximo contra a ferocidade infernal do autocrata estadunidense. 

Francisco atraiu o ódio do capitalismo selvagem ao dizer uma verdade que gente supostamente mais civilizada que Trump quer esconder: o comunismo é a expressão do que pregou Jesus Cristo nos textos históricos que contêm relatos sobre aquele que o cristianismo reputa como Filho de Deus. 

O principal feito de Jorge Mario Bergoglio, ora imortalizado como Francisco, foi tornar a religião o que ela deveria ser – e, raramente, o é. Amor ao próximo, compaixão pelos mais fracos, voz dos que não têm voz, vez dos que não têm vez. 

O corpo mortal de Francisco nos deixou, mas o seu espírito se agigantou com seu ocaso físico, tornando-o imune ao ódio daqueles que ele combateu com amor, serenidade, generosidade e uma força moral que torna inútil canhões,

bombas e riqueza dos que tentam subjugar a humanidade aos seus desígnios inconfessáveis. 

Descansa em paz, Francisco. Sua obra é imortal e você continuará vivo em cada um dos que anseiam pelo mundo que você tentou ajudar a construir.

Eduardo Guimarães

Eduardo Guimarães é responsável pelo Blog da Cidadania

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Comentários

  • 1
    image
    edgard alves feitosa 23/04/2025

    "o comunismo é a expressão do que pregou Jesus Cristo".......então Jesus Cristo é "responsável" pelos milhares de fuzilamentos que Stalin cometeu contra seus próprios "camaradas"????...então Jesus Cristo é "responsável" pelos milhões Ucranianos que Stalin matou através do HOLOMODOR???....então Jesus Cristo é "responsável" pelos milhares de fuzilamentos cometidos por Fidel????? o que os comunistas cometerem de crimes é "a expressão do que pregou Jesus Cristo"???? é por demais ÓBVIO E INCONTESTAVEL QUE REGIMES DE DIREITA COMO O NAZISMO E O FASCISMO TAMBÉM COMETERAM MILHOES DE CRIMES.....mas, afirmar que o "comunismo é a expressão do que pregou Jesus Cristo" é de uma INSANIDADE QUE ULTRAPASSA A IMBECILIDADE....Karl Marx foi claro: A RELIGIÃO É O ÓPIO DO POVO, portanto, para os marxistas NÃO HÁ RECIPROCIDADE ENTRE CRISTO E O MARXISMO E/OU O COMUNISMO....

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