A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava uma tentativa de homicídio ocorrida o da 15 de fevereiro deste ano, na rua Júlio Dias Montalvão, no Centro de Chupinguaia, onde S. O., de 49 anos, atirou no peito de seu vizinho, F. F. C., de 24.
 
De acordo com as investigações, por volta das 16h00 daquele dia, F. ligou seu aparelho de som e passou a ingerir bebidas alcoólicas na companhia da esposa e de um amigo.
 
Apesar de incomodado com o barulho que vinha da casa do vizinho dos fundos, S. não deu maior importância, pois precisava se deslocar até a zona rural, onde ficaria até a noite.
 
Quando retornou para casa, já por volta das 21h40, S. se deparou com sua esposa com fortes dores de cabeça devido ao barulho que vinha do imóvel de F. não ter sido cessado até aquele momento.
 
Após aguardar até as 22h00, crente de que devido ao horário, seu vizinho iria “se tocar” e abaixar o som, situação que não aconteceu, nervoso S. se apossou de uma arma de fogo que tinha em casa e foi até a casa de F.,  onde o feriu com um único disparo na região torácica.
 
Após o disparo, S. que fugiu do local em seguida, se apresentou na Delegacia da Policia Civil de Vilhena dois dias após o crime e relatou que foi até a casa de F., onde o questionou se ele iria abaixar o som ou se acreditava que era dono do ouvido dos outros.
 
Neste momento, ainda segundo o acusado, o vizinho se inclinou em sua direção, alterado por ter passado muitas horas ingerindo bebidas alcoólicas e ele acabou entendendo como uma investida, o que o levou a efetuar o disparo.
 
Por sua vez, a vítima alegou que o autor do tiro o chamou no portão que dava acesso aos fundos de sua residência e falou algo que ele não entendeu devido o volume do som, tendo então se inclinado para frente para ouvir o que era dito, momento em que foi atingido no peito pelo disparo, correndo para trás da casa, na tentativa de se livrar do agressor.
 
Como S. é réu primário e visto como um homem de bem que agiu no calor da situação, irá responder por tentativa de homicídio simples em liberdade.