Jesuíno Boabaid critica comando da PM e cita possível conspiração

Parlamentar informou que 300 policiais militares teriam ficado sem votar.

ALE/RO - DECOM
Publicada em 17 de outubro de 2018 às 12:19
Jesuíno Boabaid critica comando da PM e cita possível conspiração

O deputado Jesuíno Boabaid (PMN), na sessão de terça-feira (16) comentou sobre os votos recebidos na eleição do último dia 7 de outubro. O parlamentar disse que os 9.111 votos que recebeu foram conquistados de forma legítima e dentro dos preceitos que rege a Legislação Eleitoral.

“Sem nenhuma espécie de burla, de corrupção, ou algo do tipo”, enfatizou o parlamentar.

O deputado destacou o que ele chamou de “estado ditatorial” implantado na Polícia Militar de Rondônia, através do atual comandante, coronel Mauro Ronaldo. O parlamentar informou que o oficial, “de forma sorrateira e covarde”, usando de mecanismos que lhe cabem, mandou cerca de 400 policiais da Capital para o interior, impossibilitando 300 militares de votarem.

Para o parlamentar, tratou-se de uma conspiração que retirou o direito consagrado aos militares de votar em trânsito.

“O coronel Ronaldo foi oficializado e informado, inclusive o próprio TRE, dessa possível manobra de impedir que os policiais votassem, e eu gostaria de saber os motivos dessa manobra. Pergunto-me se isso continuará”, questionou o deputado.

Boabaid fez referência ao advogado da Assfapom, Juacy Loura Junior, que impetrou todos os remédios constitucionais pertinentes, porém segundo o parlamentar, o TRE não julgou como deveria.

“Para mim, no mínimo, deveria ser dado aos militares o direito ao voto em sua localidade. Como o TRE não acatou, iremos ingressar com Ação Civil Pública para responsabilizar todos os envolvidos nessa manobra de ação, para garantir que nos próximos pleitos isso não ocorra mais”, desabafou o parlamentar.

O deputado disse que na Polícia Militar, Bombeiro Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal impera “legislações castrenses e totalmente arcaicas”. Boabaid lembrou que, quando militar sofre uma sanção e retornou como presidente de uma associação representativa da categoria.

“Na época a PM usou do seu mecanismo para me expulsar, colocando que eu como policial militar deveria não permitir a publicação de matérias criticando o governo e as mazelas que acontecia nas corporações”, destacou.

Para o deputado, ações como esta, continuam de forma velada dentro da Polícia Militar.

“A todas as pessoas que acompanharam e acompanham a nossa luta, até o dia 15 de dezembro de 2018, cumprirei meu papel constitucional, meu dever de parlamentar o qual a mim foi dado no ano de 2014. Honrarei cada voto a mim depositado, os de hoje e os anteriores”, declarou o parlamentar.

Jesuíno disse que não deixará de lutar e de denunciar enquanto estiver na Assembleia. O parlamentar também afirmou que não pedirá favores a nenhum dos candidatos que disputam o 2º turno ao governo de Rondônia.

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