Juíza alerta para estupro virtual nas redes contra crianças e adolescentes
1ª vice-presidente do IPAM chama atenção para essa modalidade de violência sexual ao falar sobre a polêmica em torno da adultização nas mídias sociais
“Infelizmente o estupro virtual que acontece pela internet está crescendo. Não só o estupro virtual, mas também outras modalidades de violência que aparecem nas mídias sociais, assim como a questão da adultização, que está se tornando um problema muito sério. Elas ocorrem basicamente porque as crianças têm acesso às redes sociais sem qualquer supervisão paterna”, afirmou a juíza substituta em 2º grau da 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e 1ª vice-presidente do Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira.
A magistrada é idealizadora e coordenadora do Projeto Eu Tenho Voz, que leva às escolas informação e sensibilização sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes, e destacou em depoimento registrado no podcast IPAM Talks, do IPAM, a atuação das redes que abordam os menores por meio da internet sem supervisão paterna.
“Normalmente isso acontece no período da noite, de madrugada, quando as crianças e adolescentes aproveitam que os pais estão dormindo para entrar em seus computadores ou celulares e participarem de grupos. São grupos que normalmente recebem a criança e o jovem para que se sinta o máximo, participante da ‘panela’, como eles chamam, para que tenham essa sensação de pertencimento e que foram bem recebidos. A partir daí começa a fazer uma série de exigências, a propor desafios de coisas menores e de pequenas contravenções e depois vai escalando para coisas terríveis, como mutilar animais, se automutilar, e chega até o ponto do estupro virtual, que é levar a criança ou o adolescente a fazer práticas de ato sexual na frente da câmera”, afirmou a juíza.
Ela destaca que “o jovem está fazendo isso pensando que tem no máximo 10 ou 20 pessoas assistindo, e sabemos que essas redes tem até 100 mil pessoas acompanhando isso. É uma rede muito intrincada, que envolve os consumidores de pornografia infantil, os pedófilos, os perversos, ou seja, é um mundo totalmente à parte. E enquanto isso os pais estão dormindo tranquilamente em seus quartos, achando que seu filho também está dormindo no quarto vizinho”, alerta a juíza.
Confira a íntegra do depoimento da juíza Hertha Helena de Oliveira no podcast, no You Tube: Link
Sobre o IPAM: O Instituto Paulista de Magistrados é uma entidade civil sem fins lucrativos que atua na valorização, aprimoramento e reconhecimento público da Magistratura e do Poder Judiciário, bem como no fortalecimento das instituições democráticas. Fundado em 8 de dezembro de 1999, com sede na cidade de São Paulo, o IPAM desempenha um importante papel na defesa das prerrogativas e da dignidade dos magistrados, no encaminhamento de demandas coletivas em defesa dos interesses da categoria, no desenvolvimento de atividades de cunho científico e cultural voltadas para a comunidade jurídica e na proposição de pautas em sua área de atuação relevantes para a sociedade em geral. Entre as atividades desenvolvidas pelo Instituto, destacam-se a elaboração de estudos relacionados tanto ao Direito Interno quanto ao Direito Internacional, a realização de palestras, estudos, seminários, congressos e cursos, o incentivo e a promoção de pesquisas e projetos sociais, e a publicação e patrocínio de livros e revistas que favoreçam a divulgação da ciência jurídica e da cultura em geral. Reunindo mais de 500 associados, entre membros titulares, colaboradores e honorários, o IPAM celebra convênios e parcerias voltados para a valorização da vida, da saúde e do aprimoramento cultural e científico de seus membros. Concede também bolsas de estudo e realiza concursos, com distribuição de prêmios, a fim de favorecer a aproximação entre as diversas carreiras jurídicas e incentivar o respeito à dignidade da pessoa humana, ao pluralismo e às diferenças. O Instituto mantém uma biblioteca especializada, com material relacionado ao Poder Judiciário e a assuntos de interesse da Magistratura, além de promover cursos de aperfeiçoamento, realizar projetos em parceria com outras instituições e produzir publicações e programas visando esclarecer a sociedade e difundir informações sobre as atribuições e o posicionamento dos profissionais do Poder Judiciário.
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