Julgamento do 8 de janeiro é a imagem que o Brasil espera desde 1964
"Golpe nunca mais. Anistia, jamais - o país quer curar essa dor"
Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina / STF)
O perdão a quem conspirou, executou e agiu sob a guarda do golpe de 1964 privou o país de curar a dor infligida pela ditadura.
O sofrimento de famílias despedaçadas pelo sequestro, tortura e assassinato de parentes subtraídos pela tirania.
A angústia de esposas, maridos, filhos, irmãos e amigos à espera do paradeiro de desaparecidos sob a ação do autoritarismo.
A aflição de uma nação inteira interrompida nas artes, na cultura, na informação e na esperança de um futuro adiado por censuras, truculências, exílios e desrespeitos.
A anistia aprisionou o Brasil na amargura da impunidade - a semente sazonal para excitar golpismos convictos da injustiça.
O renascimento do fascismo bolsonarista é fruto do salvo-conduto a militares e outros bandidos livrados da cadeia lá atrás.
É reflexo do desprezo à soberania popular, do terror ideológico, do nojo a trabalhador e do pacto da elite para colonizar o Estado.
A blindagem manteve insepulto o cadáver do golpe - e, por isso, o julgamento do conluio na tentativa do 8 de janeiro é crucial.
É pedagógico e preventivo, sacia a sede por Justiça.
A imagem dos militares sentados no banco dos réus e julgados pelo poder civil é esperada pelo Brasil desde 1964.
A punição justa, severa e exemplar dessa organização criminosa - com condenação e cadeia - é um clamor nacional histórico.
Golpe nunca mais. Anistia, jamais - o país quer curar essa dor.
Tiago Barbosa
Jornalista, pós-graduado em História e Jornalismo, com passagem por jornais de Pernambuco
69 artigos
Bolsonaro, o imbecil
E imaginar que esse minúsculo já ocupou a cadeira mais importante da República. Uma lástima! Que venha logo a cadeia!
Fascista não enfrenta. Encena
Quando o cercadinho some e sobra só a toga do juiz, eles viram o que sempre foram: um bando de covardes políticos
Golpistas, traidores da pátria e, antes de tudo, um bando de covardes
Os mesmos que há dois anos queriam implantar um regime de exceção no país, agora rastejam diante do acerto de contas com a Justiça




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