Justiça condena Augusto Nunes por ofensa “sexista e misógina” contra Gleisi

O TJDFT determinou também que o acórdão condenatório seja publicado "pelo período mínimo de 30 dias" em todos os veículos em que "as ofensas foram divulgadas"

Brasil 247
Publicada em 10 de maio de 2021 às 18:46
Justiça condena Augusto Nunes por ofensa “sexista e misógina” contra Gleisi

247 - O bolsonarista Augusto Nunes, apresentador da TV Record, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 30 mil à presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, segundo a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Desembargadores da 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), por unanimidade, condenaram o apresentador por danos morais por ter chamado Gleisi de "amante" em textos publicados nos portais da revista "Veja" e no R7, portal ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.

O TJDFT determinou também que o acórdão condenatório seja publicado "pelo período mínimo de 30 dias" em todos os veículos em que "as ofensas foram divulgadas".

Segundo o desembargador Alvaro Ciarlini, os ataques de Nunes a Gleisi são carregados de conteúdo misógino e sexista, puramente com o intuito de agredir a demandante". Por isso, afirmou que o apresentador "abusou do seu direito à liberdade de expressão (liberdade de imprensa)".

“Essa modalidade de desrespeito, que não pode ser confundida, em absoluto, com o direito de livre manifestação do pensamento, deve ser tratada com a devida assertividade pelo Poder Judiciário”, acrescenta a decisão unânime dos desembargadores Álvaro Ciarlini, Maria de Lourdes Abreu e Fátima Rafael.

Mesmo tendo sido notificado em seu endereço residencial, Nunes fugiu do processo e foi julgado à revelia. A apelação ao TJDFT foi para reformar decisão do juiz de primeira instância, que não havia reconhecido o direito de Gleisi. Além de publicar a sentença condenatória por pelo menos 30 dias nos mesmos veículos em que publicou suas ofensas misóginas e indenizar Gleisi Hoffmann em R$ 30 mil. “Esta é uma decisão importante para todas as mulheres atacadas e discriminadas por sua atuação na política”, afirmou Gleisi.

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