MDB: o ocaso de um coadjuvante de luxo

A espinafrada geral no ministério decorre da queda de popularidade do governo que, convenha-se, acerta muito mais do que erra

Fonte: Carlos Henrique Ângelo - Publicada em 20 de março de 2024 às 10:44

MDB: o ocaso de um coadjuvante de luxo

Lula está certo ao cobrar dos ministros a lembrança de que há um governo central no comando dos diversos órgãos da administração. E que embora cada um tenha contas a prestar ao partido que o indicou, é preciso dar o devido crédito ao governo central, de onde sai o dinheiro. Não poderia, nem precisaria, ser mais claro.

A espinafrada geral no ministério decorre da queda de popularidade do governo que, convenha-se, acerta muito mais do que erra. Mas a conjunção de pequenos erros, aliada à precariedade do sistema de comunicação e à competência da oposição tem deixado o presidente ainda mais rouco de preocupação.

E não é para menos. As eleições municipais estão logo ali. Os partidos da base aliada podem até se sair bem. Mas o que isso significa para o governo central? Tome-se como exemplo o caso de Rondônia, no mínimo emblemático: o governo federal prevê investimentos da ordem de R$ 5 bilhões do novo PAC somente na infraestrutura de transportes. E quanto vale isso em votos para o governo federal e até mesmo para o MDB, que controla o ministério?

Se você disse “nada!” está perto da verdade. Até porque todos os partidos abocanham um naco desse bolo, especialmente o governo do estado. Menos o MDB e o presidente. Após o puxão de orelhas presidencial certamente o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB) aparecerá em breve por aqui. Mas, passada a visita, tudo voltará ao imobilismo atual, cada qual interessado na própria vida, no próprio umbigo. E o conjunto que se exploda!

Um deputado federal que destine uma pequena emenda para a construção de uma praça faz um escarcéu danado para apregoar o feito no estado inteiro. Mas o governo federal anuncia a construção da ponte binacional em Guajará Mirim e quem fatura eleitoralmente é o governador, que inclusive quer assumir a paternidade do projeto, elaborado há mais de uma década por iniciativa do ex-deputado Miguel de Souza, quando diretor de Planejamento do DNIT nacional.

O certo é que, com isso, o MDB de Rondônia está cada vez mais distante dos dias de glória, do protagonismo no comando do estado. Sujeita-se hoje à tentativa de figurar como mero coadjuvante na disputa eleitoral. E arrisca-se a não eleger um único vereador na capital do estado que ajudou a consolidar.

MDB: o ocaso de um coadjuvante de luxo

A espinafrada geral no ministério decorre da queda de popularidade do governo que, convenha-se, acerta muito mais do que erra

Carlos Henrique Ângelo
Publicada em 20 de março de 2024 às 10:44
MDB: o ocaso de um coadjuvante de luxo

Lula está certo ao cobrar dos ministros a lembrança de que há um governo central no comando dos diversos órgãos da administração. E que embora cada um tenha contas a prestar ao partido que o indicou, é preciso dar o devido crédito ao governo central, de onde sai o dinheiro. Não poderia, nem precisaria, ser mais claro.

A espinafrada geral no ministério decorre da queda de popularidade do governo que, convenha-se, acerta muito mais do que erra. Mas a conjunção de pequenos erros, aliada à precariedade do sistema de comunicação e à competência da oposição tem deixado o presidente ainda mais rouco de preocupação.

E não é para menos. As eleições municipais estão logo ali. Os partidos da base aliada podem até se sair bem. Mas o que isso significa para o governo central? Tome-se como exemplo o caso de Rondônia, no mínimo emblemático: o governo federal prevê investimentos da ordem de R$ 5 bilhões do novo PAC somente na infraestrutura de transportes. E quanto vale isso em votos para o governo federal e até mesmo para o MDB, que controla o ministério?

Se você disse “nada!” está perto da verdade. Até porque todos os partidos abocanham um naco desse bolo, especialmente o governo do estado. Menos o MDB e o presidente. Após o puxão de orelhas presidencial certamente o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB) aparecerá em breve por aqui. Mas, passada a visita, tudo voltará ao imobilismo atual, cada qual interessado na própria vida, no próprio umbigo. E o conjunto que se exploda!

Um deputado federal que destine uma pequena emenda para a construção de uma praça faz um escarcéu danado para apregoar o feito no estado inteiro. Mas o governo federal anuncia a construção da ponte binacional em Guajará Mirim e quem fatura eleitoralmente é o governador, que inclusive quer assumir a paternidade do projeto, elaborado há mais de uma década por iniciativa do ex-deputado Miguel de Souza, quando diretor de Planejamento do DNIT nacional.

O certo é que, com isso, o MDB de Rondônia está cada vez mais distante dos dias de glória, do protagonismo no comando do estado. Sujeita-se hoje à tentativa de figurar como mero coadjuvante na disputa eleitoral. E arrisca-se a não eleger um único vereador na capital do estado que ajudou a consolidar.

Comentários

  • 1
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    edgard alves feitosa 21/03/2024

    ora, em português raso, há mais ACERTO que "erros", então como explicar a queda VERTIGINOSA NA POPULARIDADE??? vamos ao ponto da questão: lula está muito mais focado, muito mais preocupado com atuações de política EXTERIOR; lula tem todo EMPENHO em viagens e contatos no EXTERIOR, pois sonha com o NOBEL DA PAZ, por isso delega os grandessíssimos problemas INTERNOS aos seus áulicos....enchentes no sul, lula está de viagem na ìndia.....dengue se alastrando, fazendo vítimas, mas lula está discursando para comparar as ações bélicas de Israel com o Holocausto praticado pelos nazistas......afirmando, sem nenhum pudor ,que a DEMOCRACIA É RELATIVA, APENAS PARA "JUSTIFICAR" A DITADURA DE MADURO.... lula em vez de ter uma visão de ESTADISTA, e propor uma PACIFICAÇÃO do Brasil, muito pelo contrário, todos os dias incentiva muito mais a divisão do País, pois lula e a esquerda urra todos os dias PRISÃO...PRISÃO...CADEIA...CADEIA... PROVANDO SUAS VORACIDADES EM BUSCAR VINGANÇA POLÍTICA.......

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