Mourão apoia manifesto do empresariado e diz que Fiesp e Febraban são "pilares da civilização"

Documento assinado por mais de 200 associações e entidades empresariais pede a pacificação entre os Poderes diante da escalada de ameaças de ruptura feitas por Bolsonaro

Brasil 247
Publicada em 30 de agosto de 2021 às 16:28
Mourão apoia manifesto do empresariado e diz que Fiesp e Febraban são

Hamilton Mourão (Foto: Bruno Batista/VPR | FIESP | Reprodução)

247 - O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta segunda-feira (30), ao chegar em seu gabinete, em Brasília, que entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) - que participam da elaboração de um texto em defesa do equilíbrio dos Poderes - são pilares da "nossa civilização".

Segundo Mourão, em reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, Febraban e Fiesp “São entidades da sociedade civil, com representatividade, e que consequentemente elas têm que sempre fazer valer às pessoas que foram eleitas por eles, o pensamento deles e as necessidades para que haja uma harmonia maior, vamos dizer, e uma comunhão de esforços e interesses entre os encarregados de governar, legislar, e o restante da nação".

O posicionamento da Febraban gerou desconforto entre algumas instituições financeiras como os bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, que ameaçaram desfiliar-se da entidade. Segundo BB e Caixa, permanecer na Federação gera um conflito de interesses, já que na opinião dos bancos, a Federação tem um lado político contrário ao seu maior acionista: o governo. 

Apesar da expectativa de que o manifesto tenha uma linguagem neutra, a defesa do equilíbrio entre os poderes é uma referência a Bolsonaro, que nas últimas semanas vem disparando ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Mourão destacou ainda que acredita que o alívio da tensão entre os Poderes é uma questão de tempo. "Eu não vejo que haja... Há uma retórica daqui pra lá, de lá pra cá. Nós temos as nossas visões, as nossas propostas, muitas vezes entram em choque com outras visões. Eu vejo que o tempo é o senhor da razão, ele vai distensionando as coisas", afirmou.

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