Nem tudo está perdido

De qualquer maneira, o governador ainda tem muito tempo pela frente para parar, refletir e agir. A população não pode continuar entregue à marginalidade. A menos, é claro, que se deseje que tudo continue como dantes, no quartel de Abrantes. Talvez, por isso, tenha muita gente com saudade dos tempos de Confúcio

Por Valdemir Caldas
Publicada em 22 de julho de 2019 às 18:28
Nem tudo está perdido

O governador Marcos Rocha caminha para fechar o sétimo mês no comando do Estado de Rondônia. Para alguns, ainda é cedo para se fazer uma avaliação meticulosa de sua administração. Muitos ainda confiam numa mudança real dos destinos de Rondônia e do seu povo. Afinal, esse foi o desejo que levou parcela expressiva do eleitorado a elegê-lo.

Nesse período, não tivemos nenhuma medida de impacto, principalmente nas áreas mais sensíveis do governo, como segurança pública, saúde e educação. Quando o assunto é segurança pública, por exemplo, pode-se observar em cada rosto uma ponta de frustração e decepção. É a expressão da angústia, brotando do fundo da alma. Por que, meu Deus, tanta violência?

É difícil acreditar, engolir a seco, sem reclamar. Ás vezes dá uma revoltada danada, principalmente quando se compara o discurso de campanha com a realidade. Mas sempre tem sido assim, fazer o quê? Passada a disputa, logo vem o desencanto, com a corda arrebentando do lado mais fraco. Nesse caso, o segmento mais carente da população.

De qualquer maneira, o governador ainda tem muito tempo pela frente para parar, refletir e agir. A população não pode continuar entregue à marginalidade. A menos, é claro, que se deseje que tudo continue como dantes, no quartel de Abrantes. Talvez, por isso, tenha muita gente com saudade dos tempos de Confúcio.

Não sou pessimista. Acho que o governador pode mudar o resultado do jogo. Convém que o faça logo, antes de o juiz apitar o final da partida, para, depois, não chorar sobre o leite derramado, pois já tem muita gente arrependida de ter sido seu espontâneo cabo eleitoral e muitos eleitores arrependidos de terem sufragado seu nome. Eu, porém, não costumo jogar a toalha fácil. Acredito que o Coronel Marcos Rocha tem tudo para realizar o bom trabalho, principalmente se não dê ouvidos aos faiscadores de ilusões, muitos dos quais encastelados em setores estratégicos do governo, que querem vendar os seus olhos, impedindo-o, assim, de enxergar a realidade. Nem tudo está perdido.

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