Número de casos de covid-19 parou de cair, vacinação e cuidados devem ser mantidos, afirma Profa Soraya Smaili

Evidências confirmam que pessoas vacinadas diminuem consideravelmente a probabilidade de transmissão do vírus.

Profª Dra. Soraya Smaili
Publicada em 30 de setembro de 2021 às 16:13
Número de casos de covid-19 parou de cair, vacinação e cuidados devem ser mantidos, afirma Profa Soraya Smaili

A queda no número de novos casos de covid-19 parou de ocorrer no Brasil. Por esse motivo, é preciso manter os cuidados. É o que alerta a Profª Dra. Soraya Smaili, farmacologista da Escola Paulista de Medicina, que foi Reitora da Unifesp no período 2013-2021 e é coordenadora no Centro de Saúde Global (CSG) da universidade e do Centro SOU Ciência, lançado em julho. 

Nas últimas 24 horas, o país registrou 676 mortes e 17.756 novos casos da doença. Nesta quarta-feira, 29 de setembro, a média móvel de óbitos foi de 544, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

“É preciso ficarmos atentos, pois a queda no número de casos parou de ocorrer, chegando a uma espécie de platô ou talvez até um possível crescimento nos casos novamente. Precisamos observar e permanecer vigilantes”, afirma a Profª Dra. Soraya Smaili.

“Além disso, o número de óbitos ainda é elevado e precisamos atender a população quando a doença se agrava, o que tem ocorrido principalmente naqueles que não se vacinaram ou que receberam apenas uma dose das vacinas. Há dados concretos de que as pessoas vacinadas diminuem bastante a probabilidade de transmitir o vírus”, acrescenta.

Com esse platô no número de casos, portanto, acelerar a segunda dose da vacina é ainda mais essencial, segundo a Profª Dra. Soraya Smaili. Apesar de todas as dificuldades, o Brasil conseguiu alcançar a marca de 42% da população com esquema vacinal completo e 71% com a primeira dose. 

“Estamos ainda muito aquém do que seria uma queda de fato, além do que é preciso continuar e, se possível, antecipar as segundas doses, que devem ser priorizadas, sem deixar de administrar a terceira dose aos mais vulneráveis, em especial à população acima de 60 anos e imunossuprimidos”, diz.

A imunização com a terceira dose também deve ser feita para os trabalhadores mais expostos, segundo a Profª Dra. É o caso dos profissionais de saúde, que começaram a ser vacinados recentemente. Para este grupo, a imunização começou em janeiro de 2021 e a segunda dose, no final de fevereiro. Portanto, já podem receber a dose de reforço.

Também de acordo com a Profª Dra. Soraya Smaili, outro fator que reforça a importância da imunização é a entrada da variante delta no país, que se ampliou mais fortemente em alguns estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo.

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