O eleitor precisa ser criterioso na hora de votar

O ato de votar não pode ser praticado como um dever aborrecido ou, pior ainda, como um meio de obsequiar amigos ou pagar favores.

Valdemir Caldas
Publicada em 26 de março de 2018 às 15:26

Em outubro próximo, o eleitor brasileiro voltará às urnas para escolher presidente da República, senadores, governadores, deputados federal e estadual. Particularmente, com relação ao eleitorado rondoniense, vejo que a maioria ainda não conseguiu criar uma consciência da cidadania, ou seja, a formação de um conjunto de direitos e deveres de cada um enquanto membro de uma sociedade.

Muitos ainda encaram o exercício do direito de votar com elevado grau de displicência e até de leviandade.  Dirigem-se às seções eleitorais como se estivessem sendo arrastados para o matadouro. O voto precisa ser dado com responsabilidade. O ato de votar não pode ser praticado como um dever aborrecido ou, pior ainda, como um meio de obsequiar amigos ou pagar favores.

É preciso proceder a uma avaliação criteriosa dos candidatos. Muitos eleitores costumam ser rigorosos e seletivos para com os aspirantes aos cargos de presidente e governador, mas tolerantes e complacentes no que se referem aos mandatos legislativos de senador, deputados federal, estadual e vereadores, aos quais atribuem pouca ou nenhum importância. Procedem como se os concorrentes aos postos legislativos fossem atores coadjuvantes no cenário político. Por conta disso, o país se transformou em uma máquina de produzir escândalos em grande escala.

É bem verdade que as algumas Casas Legislativas desempenham um papel meramente decorativo. Isso se deve, evidentemente, a pequenez de muitos dos seus membros, que renunciam suas prerrogativas, por submissão ao Executivo, em trocar de privilégios pessoais ou de grupos, ou, ainda, em troca de sinecuras, para acomodar parentes, aderentes e cabos eleitorais, mas nunca por lhes faltar atribuição constitucional para uma atuação proficiente.

Mas nem todos são iguais. O leitor/eleitor pode até não concordo comigo, mas respeito a sua opinião. Pessoalmente, admiro o trabalho que o deputado estadual Ribamar Araújo realiza junto aos pequenos e médios produtores rurais, algo que já faz antes mesmo de passar pela secretaria municipal de agricultura, na gestão do petista Roberto Sobrinho, em 2005.

Não menos importante é o trabalho desenvolvido pelo deputado estadual Aécio da TV. Por incrível que pareça, ele economiza parte da verba destinada ao seu gabinete, que poderia ser usada tranquilamente para contratação de cabos eleitorais, como fazem alguns políticos, e a aplica em ações sociais, como a aquisição de ambulâncias, para atender instituições filantrópicas.  

Muito bonita, também, é a parceria que o deputado estadual Léo Moraes desenvolve com instituições de classe, como a Polícia Civil. Apesar de falar pelos cotovelos, não posso deixar de registrar a atuação do deputado José Hermínio Coelho na defesa dos taxistas, dos empregados no transporte coletivo e, mais recentemente, de quase mil vigilantes, que prestam serviços à prefeitura de Porto Velho, e estavam ameaçados de perder seus postos de trabalho, com a contratação de uma empresa de vigência eletrônica, cujo contrato acabou sendo suspenso pelo Tribunal de Contas de Rondônia, por indícios de irregularidades.  

Escolher é uma tarefa espinhosa. Por isso, muito cuidado eleitor! Preste muita atenção! Há muito lobo em pele de cordeiro. Tanto no Congresso como na ALE/RO tem parlamentar ocupando o pequeno expediente com discursos que ninguém ouve e requerimentos que ninguém lê, mas que acabam nas manchetes de jornais da terra, para impressionar incautos. Fingem que produzem alguma coisa de útil e os néscios, coitados, acreditam. 

Winz

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