O lixo e a falta de cidadania

Não é de hoje que ouço falar na construção de um aterro sanitário no município de Porto Velho. Salvo engano, desde 1996, mas, até agora, nada

Valdemir Caldas
Publicada em 11 de janeiro de 2021 às 15:53
O lixo e a falta de cidadania

Que o lixo é o responsável pelo aparecimento de várias doenças, isso todo mundo já sabe, não precisa que os especialistas no assunto venham nos dizer. Aliás, o lixo é um dos maiores problemas ambientes do mundo. O que acontece é que pouco ou quase nada tem sido feito para resolver o problema – que é grave. Entra governo, sai governo, e a situação só piora. Basta um simples olhar pelos declives de qualquer via pública de Porto Velho para se notar a montanha de detritos que são jogados, em sua grande maioria, por adultos que, por completa ignorância, por descaso ou mesmo índole perversa, não pensam duas vezes em sujar o meio ambiente, jogando todo tipo de porcaria na natureza.

Alguns administradores acham que a resolução do problema passa, necessariamente, pela aquisição de novos carros para a coleta e o aumento do quadro de funcionários, não somente para o recolhimento, como também para a limpeza preventiva das ruas e dos córregos, onde o lixo se acumula à espera da chuva, para causar danos matérias e, principalmente, à saúde, mas se esquecem dos lixões, onde o lixo é depositado a céu aberto, sem uma pré-seleção de materiais recicláveis e orgânicos. 

Todos os anos, milhões de reais são gastos em campanhas publicitárias sobre o assunto, que em nada contribuem para, pelo menos, minimizar o problema. Leis para punir os indivíduos que emporcalham as ruas, irresponsavelmente, existem. E não são poucas. Mas elas também se mostraram ineficazes. Enquanto essa gente não compreender que cidade limpa é um ato de cidadania e, consequentemente, de melhor qualidade de vida para os que vivem nela, continuaremos vulneráveis aos mais variados tipos de enfermidades - algumas, inclusive, próprias de países atrasados. 

Não é de hoje que ouço falar na construção de um aterro sanitário no município de Porto Velho. Salvo engano, desde 1996, mas, até agora, nada. Durante as campanhas eleitorais, a construção de aterros sanitários é prioridade politica. Passada a refrega, o lixo continua sendo depositado em grandes terrenos afastados do centro urbano.

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