O que define o preço da gasolina?
Tudo o que você precisa saber sobre as variáveis que afetam o preço final da gasolina
Os brasileiros já estão acostumados com o constante aumento no valor do combustível. Desde 2019 até março de 2022, o intervalo médio de reajustes nos preços foi de 16 dias, isso quer dizer que, em média, a cada 16 dias, os valores foram reajustados.
É importante saber que o preço da gasolina não impacta apenas na vida de quem usa veículos para se locomover. Como os produtos que utilizamos em nosso dia a dia são movimentados pela via terrestre, com o aumento do combustível, o custo para a sua movimentação também aumenta e isso afeta o preço final.
Desta forma, quando o valor do combustível aumenta, a tendência é que todos os produtos sofram reajuste, desde alimentos básicos até eletrodomésticos e eletrônicos.
O que compõe o preço do combustível?
O preço final do combustível é composto por cinco elementos principais: preço de realização, distribuição e revenda, tributos federais, impostos estaduais e valor dos biocombustíveis.
No caso específico da gasolina, estes elementos têm percentuais médios na composição final do preço:
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Preço de realização é o preço definido pela Petrobrás e representa aquele que será cobrado pelas refinarias das distribuidoras. Em média, ele reflete 29% do preço final do produto.
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Distribuição e revenda correspondem a cerca de 12% do preço.
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Os tributos federais (CIDE, Cofins e PIS/Pasep) e estaduais (ICMS) representam uma média de 15% a 29% do valor que é cobrado dos consumidores na bomba.
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Biocombustíveis: o valor dos biocombustíveis também impacta no preço final do produto, representando um percentual médio de 15% do valor da gasolina.
Assim, desde que o combustível sai das refinarias e chega até o consumidor final, ele sofre o impacto da realização da Petrobrás, da distribuição e revenda, dos custos de etanol anidro e do biodiesel, bem como da cobrança de tributos federais e estaduais.
Por que o preço do combustível tem aumentado constantemente?
A resposta para essa pergunta não é tão simples, visto que há diversos fatores relacionados com o aumento nos preços dos combustíveis. Para entender melhor o assunto é necessário voltar para o ano de 2016.
Desde esse ano, o preço dos combustíveis no Brasil acompanha de forma mais próxima o mercado internacional. Foi implementada a Política de Paridade de Importação, o que define o chamado “preço de paridade de importação”, também conhecido pela sigla PPI.
O PPI é um valor de referência, calculado a partir do valor de aquisição do combustível, somado aos custos logísticos — frete marítimo, taxas portuárias e transporte rodoviário — e as margens para remuneração dos riscos que são inerentes à operação.
O PPI é apenas um dos aspectos relacionados às variações no preço. Como o produto é negociado em dólar, a cotação da moeda também influencia no custo final.
Recentemente, o aumento global do preço do petróleo e a desvalorização do real foram dois aspectos econômicos relevantes e que contribuíram para que esses aumentos se tornassem ainda mais significativos.
Outros aspectos que devem ser levados em consideração para justificar os aumentos são a defasagem no preço em relação aos valores praticados pelo mercado internacional e aspectos econômicos atrelados aos desafios geopolíticos que o mundo está enfrentando em decorrência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Como o consumidor pode lidar com as variações no preço da gasolina?
Como você viu, o preço da gasolina está atrelado a uma série de fatores. As variações ainda devem acontecer e até quem não utiliza carro no dia a dia é impactado por esses preços.
Para manter o orçamento familiar em dia, a orientação dos especialistas é que o consumidor mantenha um controle eficiente dos custos. Quem usa carro para se locomover no dia a dia, seja para ir ao trabalho ou levar às crianças para a escola, pode criar mecanismos como revezamento de caronas e uso de transporte coletivo.
Também é interessante fazer uma avaliação do seu veículo e do consumo médio de combustível. Uma boa revisão e pequenas mudanças na forma como você conduz podem ajudar na economia de combustível.
Entre as estratégias para diminuir os gastos com combustível estão: manter a pressão adequada dos pneus, manter o alinhamento e balanceamento em dia, respeitar a troca de marchas, ficar atento à manutenção preventiva, evitar muito peso no carro e evitar o uso do ar-condicionado.
Pequenas mudanças podem fazer muita diferença nos seus gastos com combustível. Como os aumentos ainda podem acontecer, é fundamental ficar atento a boas práticas para redução de custos.
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