Onde há fumaça, há fogo.

Mal refeito de uma crise de segurança que mandou para o espaço boa parte da credibilidade de que desfruta sua administração no conceito da população, agora

Fonte: Valdemir Caldas - Publicada em 08 de fevereiro de 2025 às 14:05

Onde há fumaça, há fogo.

Editor do jornal eletrônico Tudo Rondônia, Rubens Coutinho é um jornalista sério e experiente, conhecedor, como poucos, das coisas da política rondoniense e, por isso mesmo, não é do tipo que costuma procurar chifre em cabeça de cavalo. Se ele farejou um cheio forte de fritura na administração do Cel. Marcos Rocha, manda o bom senso que o chefe do executivo estadual comece, desde já, a buscar eventuais culpados por colocar a frigideira palaciana no fogo, antes que o utensílio acabe espalhando óleo para todos os lados, causando queimaduras de terceiro grau em muita gente. Lavar as mãos não é e jamais será a melhor opção.

É sabido que todo governo tem suas crises. A administração Marcos Rocha não seria a primeira, tampouco a última. Algumas crises são superficiais; outras, contudo, profundas e demoradas, com consequências, na maioria das vezes, irreversíveis. Geralmente, as crises governamentais estão relacionadas a disputas por espaços no governo, porém, independentemente de qual seja o motivo, cabe ao gestor a responsabilidade de pegar o bisturi e extirpar o cancro, antes que a metástase se espalhe pelo corpo inteiro do paciente.

E isso precisa ser feito com responsabilidade e equilíbrio, longe do sensacionalismo e do partidarismo, tendo sempre em vista os interesses da população e da democracia. Tentar esconder a gravidade de uma suposta crise na qual estaria mergulhada a sua administração, com seu alto teor de nitroglicerina, não ajudaria em nada o governador Marcos Rocha. Se é certo o dito que ensina onde há fumaça, há fogo, melhor investigar os possíveis focos de incêndio, antes que as labaredas se espalhem por todos os cômodos da casa. Mal refeito de uma crise de segurança que mandou para o espaço boa parte da credibilidade de que desfruta sua administração no conceito da população, agora, o governador Rocha teria que enfrentar uma crise de egos na cúpula de seu governo. É mole?  +

Onde há fumaça, há fogo.

Mal refeito de uma crise de segurança que mandou para o espaço boa parte da credibilidade de que desfruta sua administração no conceito da população, agora

Valdemir Caldas
Publicada em 08 de fevereiro de 2025 às 14:05
Onde há fumaça, há fogo.

Editor do jornal eletrônico Tudo Rondônia, Rubens Coutinho é um jornalista sério e experiente, conhecedor, como poucos, das coisas da política rondoniense e, por isso mesmo, não é do tipo que costuma procurar chifre em cabeça de cavalo. Se ele farejou um cheio forte de fritura na administração do Cel. Marcos Rocha, manda o bom senso que o chefe do executivo estadual comece, desde já, a buscar eventuais culpados por colocar a frigideira palaciana no fogo, antes que o utensílio acabe espalhando óleo para todos os lados, causando queimaduras de terceiro grau em muita gente. Lavar as mãos não é e jamais será a melhor opção.

É sabido que todo governo tem suas crises. A administração Marcos Rocha não seria a primeira, tampouco a última. Algumas crises são superficiais; outras, contudo, profundas e demoradas, com consequências, na maioria das vezes, irreversíveis. Geralmente, as crises governamentais estão relacionadas a disputas por espaços no governo, porém, independentemente de qual seja o motivo, cabe ao gestor a responsabilidade de pegar o bisturi e extirpar o cancro, antes que a metástase se espalhe pelo corpo inteiro do paciente.

E isso precisa ser feito com responsabilidade e equilíbrio, longe do sensacionalismo e do partidarismo, tendo sempre em vista os interesses da população e da democracia. Tentar esconder a gravidade de uma suposta crise na qual estaria mergulhada a sua administração, com seu alto teor de nitroglicerina, não ajudaria em nada o governador Marcos Rocha. Se é certo o dito que ensina onde há fumaça, há fogo, melhor investigar os possíveis focos de incêndio, antes que as labaredas se espalhem por todos os cômodos da casa. Mal refeito de uma crise de segurança que mandou para o espaço boa parte da credibilidade de que desfruta sua administração no conceito da população, agora, o governador Rocha teria que enfrentar uma crise de egos na cúpula de seu governo. É mole?  +

Comentários

  • 1
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    Crítico de Rondônia 08/02/2025

    Prezado Rubens Coutinho, é sempre interessante observar análises sérias e bem fundamentadas como a sua sobre os bastidores da administração estadual. Porém, a situação do governo Marcos Rocha parece ir além de uma simples "fritura palaciana". O que temos aqui não é apenas uma crise de egos ou disputas internas por espaço no governo; trata-se de uma gestão completamente desorientada, sem comando e sem planejamento, que se arrasta sem entregar resultados para a população. O governador Marcos Rocha já demonstrou reiteradamente sua incapacidade de liderar e tomar decisões estratégicas. Em vez de enfrentar os problemas de frente, ele se esconde "debaixo da mesa", esperando que terceiros resolvam suas crises. A crise de segurança que mencionou é apenas a ponta do iceberg. Enquanto o crime domina as ruas, o governo se perde em brigas internas e falta de ações concretas. Na saúde, a situação é ainda mais dramática: hospitais abandonados, o João Paulo II em condições desumanas, o Ana Adelaide é um desastre, e os hospitais do interior estão largados à própria sorte. A tão mencionada "pedra fundamental" do Heuro é o retrato do fracasso – milhões de reais desperdiçados em um projeto que nunca sairá do papel. Além disso, essa "crise de egos" na cúpula do governo que mencionou é apenas mais um reflexo da falta de comando. O governador parece incapaz de liderar sua própria equipe, enquanto o vice-governador já está em campanha, minando ainda mais a sua autoridade. É claro que essa gestão não tem um projeto político sólido para 2026. Marcos Rocha será engolido politicamente, sem chances de alcançar o Senado, enquanto seu vice, que é ainda mais fraco, também não tem capital político para sustentar-se, mas tem habilidade para negociar os "recursos do estado", já o governador nem mesmo é capaz de fazer. O que vemos aqui é um governo figurativo, onde encenações e discursos prontos tentam mascarar uma realidade caótica. Longe de "extirpar o cancro" como sugere, o governador prefere lavar as mãos e se esconder, deixando os problemas se acumularem até que se tornem insustentáveis. A fritura na qual ele está envolvido é apenas o resultado de uma gestão que falhou em todos os sentidos: falta de planejamento, ausência de liderança e um governo com sua articulação política e gestão terceirizados, sem nenhum compromisso real com a população de Rondônia. Se há uma frigideira no fogo, como bem colocou, é porque a cozinha inteira está em chamas, e o governador, ao invés de assumir o controle, continua fugindo da fumaça. Infelizmente, quem sofre as queimaduras mais graves é o povo rondoniense.

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