Participantes da Oficina de Práticas Básicas de Conservação Preventiva de Documentos em Arquivos agradecem a oportunidade de aprendizado
O objetivo principal da Oficina de Práticas Básicas de Conservação Preventiva de Documentos em Arquivos
Ministrado por Silvia Feliciano, artista plástica formada em Belas Artes e com formação como conservadora de documentos em Lisboa, o curso teve boa receptividade. Curiosa e com percepção aguçada, a artista viu essa lacuna e se propôs a compartilhar o conhecimento adquirido em suas formações. “Nos últimos anos, diante da constatação de tantos documentos e obras de arte extraviadas, outras com intervenções realizadas por pessoas despreparadas, sem formação de restaurador, nem mesmo conservador de documentos, resolvi que podia de algum modo ajudar com o que sei”.
O objetivo principal da Oficina de Práticas Básicas de Conservação Preventiva de Documentos em Arquivos - Fortalecendo Registro de Memórias foi promover o reconhecimento da história de Guajará-Mirim por meio de seus registros, com destaque especial para o tradicional Festival Folclórico Duelo da Fronteira, reconhecido como Patrimônio Cultural do Estado e do Município. Essa iniciativa representou um marco importante para os participantes, que aproveitaram ao máximo a oportunidade de aprender e se envolver.
Sílvia destaca ainda que esta ação buscou motivar as pessoas a procurarem informação e formação, e perceberem as diferenças entre a conservação preventiva, conservação interventiva e restauração e a qual profissional será atribuído o trabalho, após análise da questão. “Cada documento é único, e como tal deve ser analisado. Demonstrar que a conservação é mais barata que a restauração e que, alguns cuidados passíveis de serem executados pelo proprietário, bibliotecário, arquivista, colecionador, ou outra pessoa que detém a guarda do documento, podem mantê-lo longe de sujidades e oferecer o ambiente mais adequado quanto a temperatura e umidade. São os pequenos cuidados onde a ventilação e limpeza adequadas podem colaborar na conservação de documentos e obras de arte”.
Vale destacar que a ação surgiu do próprio interesse da comunidade, que identificou a necessidade de capacitar pessoas capazes de manusear e armazenar adequadamente os registros históricos e culturais de Guajará-Mirim. O projeto foi contemplado pelo Edital n.º 10/2024/SEJUCEL-SIEC – Fomento para Produção de Artes Integradas Rondoniense.
Ministrada pela artista plástica Sílvia Feliciano, a Oficina de Práticas Básicas de Conservação Preventiva de Documentos em Arquivos - Fortalecendo Registro de Memórias cumpriu seu objetivo. A partir dos depoimentos dos participantes, é possível perceber o entusiasmo em dar continuidade às ações e ampliar o trabalho de preservação da memória cultural da região.
Para Camila Miranda, presidente do Boi-bumbá Malhadinho foi uma grande oportunidade. "Eu gostei muito de ter podido ter a experiência. Inclusive, de limpeza para conservação dos livros e dos documentos que nós tivermos, e só tenho a agradecer ter tido essa oportunidade."
O produtor, artesão e ator indígena Patokwe Uru Arowa destacou que a oficina o ensinou sobre a manutenção dos artefatos e preservação da história, que vai compartilhar o que aprendeu. "Vou ensinar o que aprendi e em qualquer oportunidade que eu tiver que mostrar para todos".
Com o conhecimento adquirido, Helena Mendonça, artista e professora de música, irá desenvolver as técnicas em seu próprio acervo. "Vou aplicar nas minhas obras de arte que eu trabalho. Na questão de conservar elas melhor, porque antes eu não tinha muita consciência de como eu ia cuidar delas".
Thaiz Lucksis, arquiteta e produtora cultural, aproveitou para agradecer a oportunidade. "Foi uma das experiências mais bacanas que eu já fiz, inclusive que eu já tive a oportunidade de colaborar de alguma forma e estou bem feliz de termos trazido essa oficina para Guajará-Mirim, porque como todos sabem, Guajará é cheia de patrimônio histórico e está se perdendo. Acho que trazer essa conscientização para a população é fundamental porque precisamos saber onde estamos inseridos e muitas vezes esse patrimônio está se perdendo na nossa frente e as pessoas não estão percebendo o que está acontecendo e quando você traz luz a esse assunto, começa a ser uma pessoa mais crítica em relação ao que está. Então acho que temos o dever de continuar com esta oficina".
Rosa Solani, integrante da Agremiação do Boi Flor do Campo disse que a oficina foi enriquecedora e foi realizada em uma ocasião propícia, pois a agremiação tem um grande acervo e faltava conhecimento em como armazenar de forma correta todos os materiais. "Dentro da nossa cultura de boi-bumbá, a nossa história tem que ficar preservada e às vezes a gente quer preservar, mas desconhece a forma legal e com esse curso aprendemos como cuidar melhor, como preservar"
Sílvia Feliciano avalia o resultado da oficina, inédita em Guajará-Mirim. “Baseado nas avaliações de cada curso estamos aperfeiçoando o trabalho. A primeira versão da Oficina de Práticas Básicas de Conservação Preventiva de Documentos em Arquivos foi ministrada em Porto Velho, a segunda em Guajará-Mirim. Já temos uma nova e melhor versão para a próxima etapa”.
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