PC cumpre mandado de busca e apreensão em empresa suspeita por crime de estelionato

Vítimas estimam cerca de R$ 150 mil em prejuízos

Jhefferson Morhaes (especial para o Extra de Rondônia)
Publicada em 16 de setembro de 2021 às 17:08
PC cumpre mandado de busca e apreensão em empresa suspeita por crime de estelionato

Documentos, celulares e outros objetos apreendidos na sede da empresa/Foto: Jhefferson Morhaes

Na manhã desta quinta-feira,16, a Polícia Civil (PC) de Cacoal cumpriu mandado de busca e apreensão na empresa Nova Bens Investimentos, por suspeita de crimes de estelionato.

De acordo com informações colhidas pelo Extra de Rondônia, a empresa ofertava uma espécie de financiamento aos clientes que teriam que realizar pagamentos como forma de entrada, para que pudesse ser liberado o empréstimo supostamente contrato, todavia, posteriormente não era pago nenhuma quantia a pessoa que fazia o financiamento e muito menos era feita a restituição dos valores pagos.

Entretanto, após isso, a empresa explanava aos clientes que não se tratava de um financiamento e sim de um consórcio ou autofinanciamento.

Contudo, tudo leva a crer que os supostos crimes vinham sendo praticados desde o mês de abril deste ano. As investigações teve inicio após diversas vítimas procurar a delegacia e denunciar o fato.

As vítimas relatam o mesmo modus operandi dos supostos criminosos. Até o presente momento nove vítimas já foram ouvidas pela polícia.

Ainda de acordo com informações, a empresa Nova Bens Investimentos, oferecia empréstimos facilitados e sem burocracia para aquisição de bens pelas redes sociais, porém não era exatamente o que acontecia.

As vítimas acreditando na facilidade oferecida fazem contato com os vendedores e assinam o contrato onde são informadas que é necessário fazer um pagamento como forma de entrada para que seja feita a liberação dos valores, mas após os pagamentos não recebem o que lhes foi prometido.

O delegado responsável pelo caso Frank Lopes, relata que a empresa não possui autorização do Banco Central para atuar como instituição financeira e que os contratos apresentados pelas vítimas não deixam claro se tratar de um consorcio, utilizando-se apenas do termo “Grupo de Investimentos” ou “Autofinanciamento”, o que tem por objetivo atrair e ludibriar os clientes.

Quando a polícia chegou ao local para cumprir o mandado de busca e apreensão havia 12 vendedores, o gerente e um segurança que foi contratado após algumas vítimas terem realizado ameaças.

O gerente da suposta instituição financeira ainda tentou esconder um aparelho celular, porém os policiais observaram e o aparelho foi recolhido.

Ao ser indagado sobre o ocorrido um dos suspeitos relatou que estava com medo de ser preso.

No local foram apreendidos celulares, notebook, móveis e contratos assinados para que possa ser realizada uma apuração mais profunda sobre as supostas irregularidades.

Na hora da busca, o proprietário da empresa não estava, pois de acordo com informações reside em São Paulo (SP).

Porém, diligências serão realizadas na tentativa de localizá-lo e também saber se ele realmente existe ou se a empresa era apenas usada como fachada.

A Polícia Civil pede a quem foi vítima dessa empresa que procurem a delegacia o mais rápido possível e registrem a ocorrência.

Cadeiras apreendidas na sede da empresa/Foto: Jhefferson Morhaes

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