PF deflagra operação contra quadrilha em Rondônia

Ao todo foram cumpridos seis mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de Ji-Paraná, sendo 3 de busca e apreensão e 3 de prisão por crimes ambientais

Assessoria/Polícia Federal em Rondônia/RO
Publicada em 09 de dezembro de 2020 às 11:34
PF deflagra operação contra quadrilha em Rondônia

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (09), a Operação Illusio, cumprindo mandados nas cidades de Nova União e Ouro Preto do Oeste, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa voltada para a prática de crimes de incêndio, desmatamento e invasão de terras em áreas da União. Ao todo foram cumpridos seis mandados expedidos pela Justiça Federal de Ji-Paraná, sendo três de busca e apreensão e três de prisão.

Após receber informações de incêndio de grandes proporções na Reserva em Bloco do assentamento Margarida Alves, localizada no município de Nova União, policiais federais realizaram diligências no local e confirmaram a ocorrência de queimadas, desmatamento e invasão de terras.

Os levantamentos realizados  culminaram na identificação da liderança do grupo invasor, além da presença de um advogado apontado como o responsável por dar o aval à invasão que ocasionou o ilícito ambiental. O grupo é responsável por incendiar, desmatar e invadir a Reserva em Bloco do assentamento Margarida Alves.

As investigações apontam que os investigados instigaram/induziram, por vezes em tons de ameaça, os invasores a incendiar, desmatar e ocupar o local, sob o pretexto de que a área seria regularizada junto ao INCRA e que aquela seria a última oportunidade de se adquirir terras, o que fez com que muitas pessoas acreditassem nas palavras do grupo.

Os investigados possuem residência fixa e não fazem parte de movimentos sociais sem-terra, o que corrobora com os indícios de que o interesse na aquisição das terras na Reserva em Bloco do assentamento Margarida Alves tem o objetivo meramente de adquirir novas propriedades rurais sem desprender gastos financeiros ou lucrar posteriormente com possíveis vendas.

No local foi realizada perícia ambiental a qual constatou que a área degradada possui aproximadamente 1.663,1379ha, sendo o dano ambiental estimado em R$ R$ 3.540.825,69. O custo para a recuperação ambiental da área foi calculado em R$ 2.959.373,96. Com isso o grupo gerou um prejuízo para União em torno de R$6.500.000,00.

Durante as buscas uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de fogo e um dos alvos não foi localizado, estando foragido.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de estelionato, invasão de terras, incêndio, desmatamento e associação criminosa.

O nome da operação está relacionado à ilusão (palavra que tem sua origem no latim e é derivada do termo ILLUSIO) gerada no grupo invasor que acreditou nas palavras dos investigados de que os lotes adquiridos seriam regularizados.

A Polícia Federal continuará a investigação e apuração na tentativa de elucidar a real amplitude da associação criminosa, bem como identificar e indiciar todos os invasores.

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