PIB agropecuário em 2021 deve ter crescimento de 3,2% e pode afetar investimentos no campo

A estimativa é que o segmento de bovinos apresente recuperação da demanda

Da redação
Publicada em 28 de agosto de 2020 às 20:03
PIB agropecuário em 2021 deve ter crescimento de 3,2% e pode afetar investimentos no campo

Seguindo a leva de bons resultados econômicos registrados na área rural, o Produto Interno Bruto do Setor Agropecuário é mais um ponto que promete números em alta. Isso porque, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o PIB desse segmento deve obter um crescimento de 3,2% em 2021.

Quando analisado esses valores, as estimativas são de que as lavouras obtenham alta de 3,2% e a pecuária de 5%, conforme as projeções do instituto. No caso da agricultura, alguns destaques merecem ser comentados, como o caso do milho e da soja. Afinal, o crescimentos estimados é de 9,1% e 10,5% respectivamente, com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a respeito da safra 2020/21.

Já na pecuária, a projeção também traz um ar animador. Isso porque apresenta sinais de recuperação para todos os segmentos (bovinos, frango, suínos, leite e ovos), liderados pelo aumento de 6,3% da produção de carne bovina. Segundo o diretor do Ipea, José Ronaldo Souza, esse crescimento tem sido construído com o tempo. “São vários anos de crescimento e de aumento de produtividade. No nosso entendimento, esse setor (agropecuário) é muito importante para o desempenho da economia”, afirma.

O anúncio das Perspectivas para a Agropecuária 2020/2021 - Edição Grãos, promovida pela Conab, foi transmitido por meio de uma live online e apontou a revisão no PIB deste ano, de 2% para 1,5%.  Já as expectativas para a lavoura subiram de 3% para 3,6% em 2020. No entanto, a pecuária recuou 2,8%, principalmente, por causa da queda de 6,3% prevista para a produção de carne bovina no país.

Mesmo com essa revisão, o diretor do Ipea faz questão de enfatizar que a agropecuária foi a única atividade econômica a apresentar crescimento em um momento de pandemia, causada pelo novo coronavírus. Para José Ronaldo Souza, a estimativa é que o segmento de bovinos apresente recuperação da demanda, ainda este ano, no segundo semestre, juntamente com a retomada da economia.

Esses dados podem afetar diretamente o trabalho e investimento por parte do produtor agrícola em sua cultura. Afinal, com essa área da economia demonstrando sinais de estabilidade, mesmo em tempos de incertezas, o trabalhador do campo encontra espaço e confiança para realizar ampliações de mão de obra, maquinários, ou até mesmo ir em busca de coisas mais básicas e essenciais, como a venda de peças agrícolas, por exemplo. 

Aliás, com estimativas como a do crescimento do PIB agrícola e as perspectivas referentes a safra de grãos, que indica que o Brasil poderá colher 278,7 milhões de toneladas na safra 2020/21, o mercado de insumos também pode ser aquecido. Isso pode ser esperado pois a medida em que os resultados do setor apresentam números expressivos, possivelmente haverá um retorno direto para o ambiente de trabalho. Logo, pode-se esperar que o comércio de colheitadeiras, arados e trator peças à venda encontrem ampla demanda.

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