Remédios e cuidado no controle de peso: ciência, segurança e um olhar acolhedor ao paciente

Debate sobre medicamentos de última geração precisa caminhar lado a lado com ciência, segurança e acolhimento ao paciente

Fonte: Assessoria - Publicada em 06 de setembro de 2025 às 13:23

Remédios e cuidado no controle de peso: ciência, segurança e um olhar acolhedor ao paciente

A obesidade consolidou-se como uma epidemia global. No Brasil, mais da metade da população está acima do peso e um em cada três adultos vive com obesidade, segundo o Atlas Mundial da Obesidade. O avanço de terapias farmacológicas, como os agonistas de GLP-1 e combinações mais recentes, ampliou o leque terapêutico, mas também reforçou a necessidade de prescrição criteriosa, acompanhamento contínuo e educação em saúde para pacientes e profissionais.

“A obesidade é uma doença crônica e complexa, e não uma questão de força de vontade. Fatores genéticos podem responder por parcela significativa do peso corporal e interagem com um ambiente que favorece o ganho de peso, marcado por ultraprocessados, estresse crônico e sono inadequado”, afirma a Dra. Vivian Ribeiro, médica endocrinologista e coordenadora de pós-graduação da MedExperts. “O cuidado efetivo precisa ser individualizado, sem preconceito e sustentado por evidências.”

Nos últimos anos, medicamentos como a semaglutida e a tirzepatida se mostraram relevantes para o manejo clínico da obesidade. Além da perda de peso, estudos indicam benefícios no controle inflamatório, no relacionamento do paciente com a alimentação e sinais promissores de proteção renal, inclusive em pacientes com comprometimento prévio. “São terapias potentes, mas não são atalhos. O resultado depende de indicação correta, ajuste de dose, monitoramento e de um projeto de cuidado que integre nutrição, atividade física, sono e saúde emocional”, destaca a especialista.

A fase inicial do tratamento pode incluir efeitos gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarreia. Sem manejo adequado, há risco de desidratação e sobrecarga renal. “É por isso que a supervisão médica é indispensável. O que a literatura sugere como benefícios em estudos se confirma na prática quando a jornada é acompanhada de perto, com metas realistas e comunicação clara sobre expectativas e possíveis eventos adversos”, explica a Dra. Vivian Ribeiro.

O componente comportamental é outro eixo decisivo. A ansiedade e a depressão podem tanto contribuir para o ganho de peso quanto ser agravadas por ele, o que demanda um plano que considere saúde mental e suporte psicológico. “Medicamento sem projeto de cuidado vira um efeito sanfona caro. Comportamento, educação alimentar, preservação de massa magra e retorno gradual à atividade física são essenciais para consolidar resultados e reduzir recaídas”, complementa a médica.

Capacitação profissional é essencial para o tratamento

A formação profissional ainda apresenta lacunas na abordagem da obesidade como doença crônica. Equipes precisam de atualização contínua para prescrever com segurança, acompanhar indicadores clínicos e orientar o paciente no cotidiano. “Precisamos fortalecer a capacitação de quem está na ponta. Isso inclui desde critérios de elegibilidade, manejo de efeitos adversos e descalonamento de dose até estratégias práticas de manutenção de longo prazo”, afirma a Dra. Vivian.

Além da atuação assistencial, iniciativas de educação continuada vêm se multiplicando para difundir boas práticas. Em setembro, a MedExperts, em parceria com a Faculdade Sirius, promoverá um encontro online dedicado à atualização de médicos no manejo da obesidade, com ênfase em protocolos seguros e integração multiprofissional. “O objetivo é traduzir evidências em rotinas factíveis, que funcionem no consultório e no serviço de saúde”, diz a endocrinologista.

A mensagem central, segundo a especialista, é que o tratamento deve ser sustentado, humanizado e mensurável. “O sucesso não está apenas em perder peso, mas em ganhar saúde. Quando unimos ciência, responsabilidade e acompanhamento contínuo, transformamos medicação em cuidado de verdade e criamos condições para resultados que se mantêm no tempo”, conclui a Dra. Vivian Ribeiro.

Remédios e cuidado no controle de peso: ciência, segurança e um olhar acolhedor ao paciente

Debate sobre medicamentos de última geração precisa caminhar lado a lado com ciência, segurança e acolhimento ao paciente

Assessoria
Publicada em 06 de setembro de 2025 às 13:23
Remédios e cuidado no controle de peso: ciência, segurança e um olhar acolhedor ao paciente

A obesidade consolidou-se como uma epidemia global. No Brasil, mais da metade da população está acima do peso e um em cada três adultos vive com obesidade, segundo o Atlas Mundial da Obesidade. O avanço de terapias farmacológicas, como os agonistas de GLP-1 e combinações mais recentes, ampliou o leque terapêutico, mas também reforçou a necessidade de prescrição criteriosa, acompanhamento contínuo e educação em saúde para pacientes e profissionais.

“A obesidade é uma doença crônica e complexa, e não uma questão de força de vontade. Fatores genéticos podem responder por parcela significativa do peso corporal e interagem com um ambiente que favorece o ganho de peso, marcado por ultraprocessados, estresse crônico e sono inadequado”, afirma a Dra. Vivian Ribeiro, médica endocrinologista e coordenadora de pós-graduação da MedExperts. “O cuidado efetivo precisa ser individualizado, sem preconceito e sustentado por evidências.”

Nos últimos anos, medicamentos como a semaglutida e a tirzepatida se mostraram relevantes para o manejo clínico da obesidade. Além da perda de peso, estudos indicam benefícios no controle inflamatório, no relacionamento do paciente com a alimentação e sinais promissores de proteção renal, inclusive em pacientes com comprometimento prévio. “São terapias potentes, mas não são atalhos. O resultado depende de indicação correta, ajuste de dose, monitoramento e de um projeto de cuidado que integre nutrição, atividade física, sono e saúde emocional”, destaca a especialista.

A fase inicial do tratamento pode incluir efeitos gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarreia. Sem manejo adequado, há risco de desidratação e sobrecarga renal. “É por isso que a supervisão médica é indispensável. O que a literatura sugere como benefícios em estudos se confirma na prática quando a jornada é acompanhada de perto, com metas realistas e comunicação clara sobre expectativas e possíveis eventos adversos”, explica a Dra. Vivian Ribeiro.

O componente comportamental é outro eixo decisivo. A ansiedade e a depressão podem tanto contribuir para o ganho de peso quanto ser agravadas por ele, o que demanda um plano que considere saúde mental e suporte psicológico. “Medicamento sem projeto de cuidado vira um efeito sanfona caro. Comportamento, educação alimentar, preservação de massa magra e retorno gradual à atividade física são essenciais para consolidar resultados e reduzir recaídas”, complementa a médica.

Capacitação profissional é essencial para o tratamento

A formação profissional ainda apresenta lacunas na abordagem da obesidade como doença crônica. Equipes precisam de atualização contínua para prescrever com segurança, acompanhar indicadores clínicos e orientar o paciente no cotidiano. “Precisamos fortalecer a capacitação de quem está na ponta. Isso inclui desde critérios de elegibilidade, manejo de efeitos adversos e descalonamento de dose até estratégias práticas de manutenção de longo prazo”, afirma a Dra. Vivian.

Além da atuação assistencial, iniciativas de educação continuada vêm se multiplicando para difundir boas práticas. Em setembro, a MedExperts, em parceria com a Faculdade Sirius, promoverá um encontro online dedicado à atualização de médicos no manejo da obesidade, com ênfase em protocolos seguros e integração multiprofissional. “O objetivo é traduzir evidências em rotinas factíveis, que funcionem no consultório e no serviço de saúde”, diz a endocrinologista.

A mensagem central, segundo a especialista, é que o tratamento deve ser sustentado, humanizado e mensurável. “O sucesso não está apenas em perder peso, mas em ganhar saúde. Quando unimos ciência, responsabilidade e acompanhamento contínuo, transformamos medicação em cuidado de verdade e criamos condições para resultados que se mantêm no tempo”, conclui a Dra. Vivian Ribeiro.

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