Um país dividido

E o pior é que as luzes da sabedoria e da lucidez ainda não apareceram para acalmar os ânimos dos mais exaltados

Valdemir Caldas
Publicada em 09 de novembro de 2022 às 08:59
Um país dividido

O Brasil está dividido. De um lado, um candidato eleito à presidência da República com 60.345.825 de votos, ou seja, 50,90%, com diplomação marcada para o próximo dia 11 de novembro, de outro, um presidente, candidato à reeleição, que obteve 58.206.322 de votos, ou seja, 49,10%. Em outra frente, aparece um grupo composto por quase 38 milhões de eleitores que optaram pelos caminhos das abstenções, dos brancos e nulos. No segundo turno da eleição presidencial, as abstenções bateram o recorde. Somadas aos votos dados ao candidato Jair Bolsonaro, fica evidente que o antipetismo continua em alta.

Passada a refrega eleitoral, esperava-se que o país mergulhasse num ambiente de euforia e segurança, porém, o que se tem visto na TV e nas mídias sociais é exatamente o contrário, com homens, mulheres, velhos, jovens e até crianças, ocupando rodovias e espaços públicos evidenciando o seu descontentamento com o resultado do pleito. Nada de cartazes, faixas ou palavras de ordem. Eles não querem privilégios. Pedem, apenas, que se lhes ofereça um ambiente social digno, em que a vergonha e o respeito mútuo sejam valores fundamentais.

Infelizmente, dentro da inquietação desta hora de indefinição nacional, em lugar de procurar uma saída para o problema no qual o país está imerso, muitos preferem aumentar as labaredas da discórdia, por simples ambição política,  entoando o hino do falso moralismo e da completa ausência de sinceridade e respeito para com a população, abrindo, com isso, campo fértil para a anarquia e o caos social. O Brasil está dividido, atravessando uma encruzilhada perigosa. E o pior é que as luzes da sabedoria e da lucidez ainda não apareceram para acalmar os ânimos dos mais exaltados.

Comentários

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    Christian 09/11/2022

    Com certeza são desocupados, porque se trabalhassem não estariam fazendo baderna. É o novo MST só que de verde e amarelo. Pior é a desculpa dos perdedores.... nos EUA foi fraude com voto impresso, aqui fraude com voto eletrônico.... moral da história.... se o Bolsonaro perdeu foi fraude. Pior que um perdedor é um perdedor que não admite que perdeu por seus próprios meios. Não sou esquerdista porém espero que o Lula faça um bom governo junto com o Alckimin. É o mínimo que um bom cristão deveria querer.

  • 2
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    Pedro Paulo Almodovar 09/11/2022

    Para saber qual é o grupo de bagunceiros e arruaceiros destes dois lados, basta ver a história recente: Em 2018, quando o atual presidente ganhou as eleições, Fernando Haddad e a turma que perdeu, democraticamente recolheu-se e não houve qualquer ruído. Democraticamente aceitaram a derrota. O atual presidente, desde o primeiro dia de seu mandato, ao invés de trabalhar, já começou a fazer campanha para sua reeleição Mas como se trata de um bandido miliciano e genocida, acabou perdendo a eleição de 2022. E a corja de desocupados, financiados por empresários ultradireitistas, seguem na rua fazendo tumulto. Fica bem fácil ver o lado podre desta história.

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