Um recorde para se chorar: 1.378 mulheres foram assassinadas no ano passado. Rondônia entre as campeãs de mortas

O feminicídio é o assassinato de mulheres pelo simples fato de elas serem mulher

Sérgio Pires/Foto: Marcos Santos/USP
Publicada em 13 de março de 2024 às 09:51
Um recorde para se chorar: 1.378 mulheres foram assassinadas no ano passado. Rondônia entre as campeãs de mortas

Novo e triste recorde. Nunca se matou tantas mulheres no Brasil como em 2023. Foram 1.378 mortes.  Maior número de assassinato de mulheres desde que o feminicídio foi adicionado ao Código Penal do Brasil. Infelizmente este lamentável ranking coloca Rondônia entre os três Estados onde mais crimes deste tipo acontecem. Estamos ao lado de Mato Grosso, o que mais teve feminicídios no ano passado e o Acre, que teve o mesmo número de vítimas que Tocantins. Nas estatísticas nacionais, há ainda suspeitas de que os casos não são registrados como deveriam, como no Ceará, onde se registram no período 264 mortes de mulheres, mas apenas 28 foram declarados como feminicídio. As 1.378 mortes impressionam. São quase 115 por mês; 3,8 por dia; uma a cada seis horas. O feminicídio é o assassinato de mulheres pelo simples fato de elas serem mulher.  O motivo mais comum dos crimes é causado pelo tradicional machismo brasileiro: quando ela quer interromper o relacionamento abusivo, acaba sendo assassinado pelo marido, pelo namorado, pelo noivo, pelo companheiro, pelo amante. O sentimento de propriedade dos homens em relação às mulheres são os que causam o ódio, a perda do controle e a violência. Além dos casos de mortes, são milhares de casos de mulheres feridas, algumas com sequelas para o resto da vida. Quando isso vai acabar no nosso país?

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