UNIR será beneficiada por projeto de eficiência energética e minigeração de energia elétrica

Trata-se do projeto “Portal de Soluções Inteligentes para Eficiência Energética e Minigeração incluindo Desenvolvimento de Controladores Ativo de Demanda para Instituições Públicas de Educação Superior”, que deverá ser implementado ainda este ano.

UNIR
Publicada em 14 de julho de 2017 às 13:08

A Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) será beneficiada por um projeto de eficiência energética e minigeração de energia elétrica que foi proposto pela Eletrobrás Distribuição Rondônia, por intermédio da UNIR, UFSM e CGTI, e aprovado junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em uma chamada pública de 2016. Trata-se do projeto “Portal de Soluções Inteligentes para Eficiência Energética e Minigeração incluindo Desenvolvimento de Controladores Ativo de Demanda para Instituições Públicas de Educação Superior”, que deverá ser implementado ainda este ano.

O projeto foi aprovado em uma chamada pública da ANEEL para seleção de projetos de Eficiência Energética (EE) e de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) estratégico. A intenção da Agência foi reduzir os entraves à implementação de projetos de EE e de geração própria de energia (Minigeração) por meio da implantação de projetos pilotos em Instituições Públicas de Educação Superior (IPES), de modo a obter subsídios para a implantação de ações dessa natureza em todo o setor público.

O valor total orçado pela Eletrobrás Distribuição Rondônia para o projeto é de R$ 8.851.279,00. Os custos referentes às ações de P&D totalizaram R$ 4.676.562,00, enquanto as ações de eficiência energética totalizaram R$ 4.174.717,00. Já a contrapartida não financeira da Universidade é de R$ 237.600,00, correspondendo à disponibilização dos servidores/pesquisadores envolvidos no projeto. Conforme cronograma da ANEEL, o limite para início da execução do projeto é 28/8/17, já o término de execução está marcado para 12/8/20.

Além da UNIR, outras 26 Instituições Públicas de Educação Superior em todas as regiões do país também tiveram projetos aprovados que totalizam aproximadamente R$ 309 milhões em investimento previsto para os próximos três anos.

Sobre o projeto

 O projeto “Portal de Soluções Inteligentes para Eficiência Energética e Minigeração incluindo Desenvolvimento de Controladores Ativo de Demanda para Instituições Públicas de Educação Superior” tem a Eletrobrás/Rondônia como empresa proponente em parceria com as seguintes entidades executoras: UNIR (Beneficiária/Executora), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/Executora) e Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação (CGTI/Executora/Gestora). E o projeto de Eficiência Energética foi apresentado pela empresa Mont Soluções em Engenharia Ltda.

 A equipe é composta por 33 pesquisadores, entre docentes,técnicos e alunos, além de pesquisadores externos, e será coordenada pelos seguintes membros: professor doutor Carlos Alberto Tenório de Carvalho Júnior (Grupo de Pesquisa em Modelagem de Sistemas Elétricos – GPMSE/UNIR); professor doutor Daniel Pinheiro Bernardon (Centro de Excelência em Energia e Sistemas de Potência – CEESP/UFSM); engenheiro especialista Adelfo Braz Barnabé (Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação - CGTI) e o engenheiro eletricista Pedro Daniel Bach Montani (Mont Soluções Ltda).

Na proposta de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), o professor Carlos Tenório, docente do Departamento de Engenharia Elétrica da UNIR, enfatiza a criação do “Portal de Soluções Inteligentes para Eficiência Energética e Minigeração”, um software para gerenciamento de energia que fará o monitoramento da rede elétrica da UNIR-Centro, identificando e solucionando eventuais problemas.

“Digamos que no final do expediente um servidor esqueceu o ar-condicionado ligado. Esse software poderá identificar que a carga ficou ligada, que não há ninguém na sala, e acionar o sistema para que o aparelho seja desligado, por exemplo. É a automatização do procedimento de gestão de energia, entre outros aspectos técnicos”, explicou o professor.

Na área acadêmica, a expectativa é que a pesquisa resulte também na elaboração de teses de doutorado, dissertações de mestrado, pedidos de patente, registro de software, bem como a publicação de artigos científicos em congressos e revistas. “Podemos pensar ainda nos benefícios econômicos ligados à melhoria da infraestrutura laboratorial e ao renome que os participantes certamente obterão pelo ineditismo do desenvolvimento, podendo se tornar referência em eficiência energética e minigeração”, observou Tenório.

Já na proposta de eficiência energética (EE) o professor destaca dois pontos essenciais. Em primeiro lugar, a instalação de um sistema de minigeração de energia solar com capacidade de aproximadamente 500 kWp. O sistema completo é composto por módulos, inversor, estrutura metálica, cabos e demais componentes menores.

O segundo ponto é a execução de retrofit no sistema de iluminação em diversos ambientes da Universidade. Isso consiste na substituição de 2434 lâmpadas fluorescentes comuns, compactas e tubulares, de vapor de mercúrio e incandescentes por lâmpadas e luminárias de tecnologia LED, nos corredores, passarelas, salas de aula e salas administrativas.

De acordo com Tenório, as ações de eficiência energética (AEE), juntamente com a instalação da minigeração fotovoltaica, pretendem alcançar economia de energia de 836,08 MWH/ano e redução de 41,23 kW da demanda na ponta, alcançando uma economia anual de aproximadamente R$ 443.016,40 para a UNIR.

Na opinião do reitor da UNIR, professor doutor Ari Miguel Teixeira Ott, a economia que a Universidade terá com a implantação do sistema de minigeração permitirá o investimento desses recursos em outras áreas.  Segundo ele, os gastos com energia elétrica consomem cerca de 9% dos recursos de custeio da Universidade. “É um volume muito alto que poderá ser investido em outras áreas prioritárias e, numa perspectiva otimista, poderemos até nos tornar fornecedores de energia, após a implantação completa do sistema”, avaliou o reitor Ari Ott.

Está prevista também a implementação de uma cultura de redução do desperdício de energia elétrica junto à comunidade acadêmica.

Gastos com energia elétrica em Instituições Públicas de Educação Superior

A ANEEL constatou que o gasto com energia elétrica representa um dos principais itens de custeio das Instituições Públicas de Educação Superior e que parte considerável dessa despesa poderia ser evitada por meio de ações de eficiência energética e da implantação de sistemas de geração própria de energia (micro ou minigeração).

De acordo com a Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação, o valor total pago, em 2015, apenas pelas Universidades Federais, foi de cerca de R$ 430 milhões. Na UNIR, o gasto com energia elétrica em 2015 foi de R$ 3.307.055,59 e em 2016 foi de R$ 3.539.323,68.

Segundo a SESu, as despesas com energia elétrica dessas instituições despontam como o 3º maior grupo e representam cerca de 9% dos gastos apurados em 2015. Constata-se, também, que parte considerável desse gasto se refere ao uso de equipamentos ineficientes e altos índices de desperdício de energia.

*Com informações da ANEEL

Fonte: UNIR

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