Posicionamento do Sindiveg - Contrabando de defensivos agrícolas

O Sindiveg tem se dedicado a alertar sobre os perigos do uso de produtos ilegais

Assessoria
Publicada em 24 de março de 2020 às 13:50
  Posicionamento do Sindiveg - Contrabando de defensivos agrícolas

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) esclarece que o Brasil não é o maior consumidor de produto agrícolas do mundo. Na verdade, o país é um dos que produz mais alimentos com menos aplicações, ainda que tenhamos clima tropical, fator que favorece a proliferação de pragas e – consequentemente – a possibilidade de aplicar mais vezes inseticidas, herbicidas e fungicidas.

De acordo com estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o Brasil é o sétimo país que menos emprega defensivos agrícolas por quantidade de produto produzido entre 20 nações analisadas. Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Polônia utilizam mais defensivos que o nosso país.

Ainda é possível observar no estudo que o Brasil é eficiente na produção de mais alimentos com menos aplicações de pesticidas. Na análise de uso de produtos por área plantada, estamos em 13º lugar, atrás de países asiáticos (como o Japão) e europeus (como Alemanha, França e Inglaterra). Isso significa que o Brasil faz uso racional de defensivos mesmo em condições climáticas desfavoráveis para o manejo.

Em relação ao contrabando de produtos agrícolas, a informação de que 20% dos defensivos são contrabandeados é uma estimativa extraoficial de 2015, baseada em notícias divulgadas pela imprensa.

O desconhecimento sobre a composição dos produtos falsificados e contrabandeados representa risco à saúde humana e prejuízos ao produtor agrícola e ao meio ambiente, uma vez que eles não têm sua eficiência agronômica atestada, ou seja, a substância pode não apresentar a efetividade desejada e ainda causar danos. Por não serem submetidos à avaliação dos órgãos reguladores, também não é possível assegurar que eles respeitem as regras estabelecidas sobre impurezas em agroquímicos.

O Sindiveg tem se dedicado a alertar sobre os perigos do uso de produtos ilegais.

Para identificar defensivos agrícolas ilegais é importante verificar se o lacre do produto não está alterado e se a etiqueta está bem colada na embalagem, contendo o nome do fabricante e os dados do órgão registrante. Além disso, a legislação brasileira exige ainda que rótulos, bulas e embalagens estejam escritos em língua portuguesa.

Também é importante verificar a data de fabricação e a data de validade, e rejeitar produtos sem registro do Ministério da Agricultura. O agricultor também deve suspeitar de produtos com preço muito abaixo do valor praticado no mercado em sua região. E sempre exigir nota fiscal e a receita agronômica.

A compra de defensivos deve ser feita somente em canais de venda de confiança do produtor, como cooperativas e revendas autorizadas e legalmente estabelecidas, ou diretamente com o fabricante. É também imprescindível aplicá-los nas culturas agrícolas somente com a receita agronômica emitida por um engenheiro agrônomo, e seguindo as recomendações de utilização disponibilizadas no rótulo e bula de cada produto.

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