A rachadinha da hora-extra

Nunca se falou tanto em rachadinha como hoje, provavelmente porque um dos suspeitos é, nada mais nada menos, que o filho mais velho do presidente da República Jair Bolsonaro

Valdemir Caldas
Publicada em 11 de julho de 2021 às 13:57
A rachadinha da hora-extra

Desde que Fabricio Queiroz foi preso em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro, em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, em junho do ano passado, acusado de comandar um esquema de rachadinha, quando era assessor do então deputado estadual e, hoje, senador Flávio Bolsonaro (Patriota RJ), que o assunto ganhou destaque nos principais meios de comunicação do país. Nunca se falou tanto em rachadinha como hoje, provavelmente porque um dos suspeitos é, nada mais nada menos, que o filho mais velho do presidente da República Jair Bolsonaro.

Ao contrário do que muitos pensam, rachadinha é coisa séria!  E quem insistir em levar o assunto na base da brincadeira, certamente cairá do cavalo. Os órgãos de fiscalização estão atentos, só esperando a oportunidade para dar o bote.  A prática da rachadinha configura crime, tipificado no Código Penal. Alguns especialistas a caracterizam como crime de improbidade administrativa. Outros, porém, a veem como crime de peculato. Mas há, ainda, quem diga tratar-se de crime de concussão, ou tudo isso junto.

Desde o ano passado, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei sobre o tema, caracterizando as condutas daqueles que se envolvem com a perniciosa prática da rachadinha. Não custar lembrar, contudo, que, tanto quem repasse como quem recebe o dinheiro pode ser responsabilizado criminalmente. A rachadinha mais conhecidas e mais usual é a que se verifica nos casos de nomeação de funcionário fantasma, prática atribuída ao ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro, porém, pelas conversas de bastidores, tudo indica que existe outra modalidade de rachadinha na praça. Trata-se da rachadinha da hora-extra. A prática resume no repasse de parte da hora-extra recebida pelo servidor ao superior hierárquico ou alguém por ele designado. Em ambos os casos, a grana é dividida. É bom deixar claro, até para que se não pairem dúvidas sobre a conduta de servidores sérios e dirigentes públicos responsáveis, que nem todo pagamento de hora-extra tem rachadinha pelo meio, ou seja, nem sempre existe joio no meio do trigo. 

Comentários

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    robson 12/07/2021

    eleitor do bolsonaro é tudo corno, não consegue enxergar que o cara não passa de um bom mentiroso, corrupto, racista, que so sabe ameaçar e chantagear as pessoas e que pretende se perpetuar no poder. votei nele e estou arrependido. FORA BOZO E PT NUNCA MAIS.

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    robson 12/07/2021

    não existe esse negócio de dividir rachadinha, os homens são gananciosos, ficam com 90% do dinheiro do laranja. Com a quebra da estabilidade do servidor público, o bozo irá inaugurar a rachadona federal. acredito que as doses de vacinas hiperfaturadas pelo governo, que somente não foram compradas por pressão da imprensa, iriam ser divididas na mesma proporção 90% para o exterminador e 10% para os laranjas. e o pior acredito que no lugar da vacina as milicias iriam colocar soro vencido no lugar do imunizante pra ganhar mais dinheiro. Esse é o governo mais corruptos de todos os tempos. FORA BOZO E PT NUNCA MAIS.

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    Carlos 12/07/2021

    Rachadinha é um eufemismo para o crime de peculato, que é quando um servidor público se apropria de verbas públicas indevidamente, enfim, quando ele rouba mesmo. E rouba de quem? De todo nós, pois a verba pública foi levantada por meio de impostos, taxas e etc. Logo, quem pratica a rachadinha é um ladrão.

  • 4
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    edgard feitosa 12/07/2021

    em matéria de corrupção o brasil é pródigo e inventivo; desde o "descobrimento" houve a corrupção de bugigangas com os índios; houve a corrupção dos famosos "SANTOS DO PAU OCO"; uma das maiores corrupções do "ENCILHAMENTO", quando Rui Barbosa foi ministro da fazenda; "rachadinhas" de todas as cores e matizes; os "faz-me rir"; o "quanto eu devo...."; rachadinhas na cueca; rachadinha que cabem certinho nas "poupanças do senador"; e nada melhor que as "rachadinhas dos dízimos" que fazem a fortuna; os ternos impecáveis, o bon vivant e a alegria dos pastores neopentecostais; sim, porque quem recebe as chorumelas do auxílio emergencial deve pagar o dízimo; como pontificou o "bispo mor" o Espírito Santo quer quer vocês paguem..... ou seja, hoje nas igrejas o dízimo voltou a época das indulgencias.... como pontificou o "bispo mor", o Espirito Santo quer que vocês paguem....

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    Wellington Ribeiro da Costa 12/07/2021

    Esse "jornalista" que nunca sentou num banco de uma Faculdade ou Universidade, tem aquela doença chamada frustração. Por isso, recorre a esses textos, repleto de erros de sintaxe e semântica para alguém parar e dar uma lida. No primeiro parágrafo, socorro!

  • 6
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    Eu concordo 11/07/2021

    Concordo com você João Lúcio!

  • 7
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    João Lucio Ornelas Silva 11/07/2021

    Comentário sem nenhum nexo; por esse colunista de merda

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