A situação desumana e vergonhosa da saúde pública em Rondônia

É deprimente reconhecer, mas, em Rondônia, especificamente no caso do João Paulo II, tudo indica que chegamos àquela situação descrita pelo pensador Dante Alighieri

Fonte: Valdemir Caldas - Publicada em 10 de setembro de 2025 às 12:02

A situação desumana e vergonhosa da saúde pública em Rondônia

É desumana e vergonhosa a situação por que passa o sistema público de saúde em Rondônia. A cada ano, em vez de melhorar, a situação fica pior.  Recentemente, uma equipe de fiscalização do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) retornou ao Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, e, mais uma vez, comprovou aquilo que pacientes e profissionais do setor vêm reclamando há vários anos, ou seja, a péssima qualidade dos serviços prestados nas unidades de saúde do estado. E não se diga, contudo, que a culpa é dos trabalhadores, os quais têm ido além de suas possibilidades, mas daqueles que nos governam.

Se a situação já está ruim na capital, que dirá nas cidades do interior, mais carentes de recursos e profissionais, além da vigilância dos órgãos de fiscalização. Louvável a iniciativa do TCE-RO. A fiscalização é importante, primeiro, para advertir, e, na reincidência, punir. Mas só a fiscalização não resolve. Ela precisa vir acompanhada da punição para produzir eficácia. É preciso enquadrar, exemplarmente, os responsáveis, obrigando-os a cumprir as leis e proteger os interesses da população.

Em janeiro de 2003, uma emissora de televisão local mostrou um homem, deitado em uma maca, num dos corredores do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, agonizando com um estilhaço de bala no rosto, enquanto alguém decidia se o seu problema era ou não de urgência. Resultado: o cidadão morreu, horas depois. Teria sido vítima de parada cardíaca. Na época, o secretário da saúde apareceu na televisão, indignado, ameaçando abrir uma sindicância para apurar o episódio, quando, na verdade, deveria oferecer as condições necessárias e indispensáveis para evitar a repetição de fatos dessa natureza.

É deprimente reconhecer, mas, em Rondônia, especificamente no caso do João Paulo II, tudo indica que chegamos àquela situação descrita pelo pensador Dante Alighieri, em sua Divina Comédia, quando diz: “Vós que entrais, abandonai toda a esperança”.

A situação desumana e vergonhosa da saúde pública em Rondônia

É deprimente reconhecer, mas, em Rondônia, especificamente no caso do João Paulo II, tudo indica que chegamos àquela situação descrita pelo pensador Dante Alighieri

Valdemir Caldas
Publicada em 10 de setembro de 2025 às 12:02
A situação desumana e vergonhosa da saúde pública em Rondônia

É desumana e vergonhosa a situação por que passa o sistema público de saúde em Rondônia. A cada ano, em vez de melhorar, a situação fica pior.  Recentemente, uma equipe de fiscalização do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) retornou ao Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, e, mais uma vez, comprovou aquilo que pacientes e profissionais do setor vêm reclamando há vários anos, ou seja, a péssima qualidade dos serviços prestados nas unidades de saúde do estado. E não se diga, contudo, que a culpa é dos trabalhadores, os quais têm ido além de suas possibilidades, mas daqueles que nos governam.

Se a situação já está ruim na capital, que dirá nas cidades do interior, mais carentes de recursos e profissionais, além da vigilância dos órgãos de fiscalização. Louvável a iniciativa do TCE-RO. A fiscalização é importante, primeiro, para advertir, e, na reincidência, punir. Mas só a fiscalização não resolve. Ela precisa vir acompanhada da punição para produzir eficácia. É preciso enquadrar, exemplarmente, os responsáveis, obrigando-os a cumprir as leis e proteger os interesses da população.

Em janeiro de 2003, uma emissora de televisão local mostrou um homem, deitado em uma maca, num dos corredores do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, agonizando com um estilhaço de bala no rosto, enquanto alguém decidia se o seu problema era ou não de urgência. Resultado: o cidadão morreu, horas depois. Teria sido vítima de parada cardíaca. Na época, o secretário da saúde apareceu na televisão, indignado, ameaçando abrir uma sindicância para apurar o episódio, quando, na verdade, deveria oferecer as condições necessárias e indispensáveis para evitar a repetição de fatos dessa natureza.

É deprimente reconhecer, mas, em Rondônia, especificamente no caso do João Paulo II, tudo indica que chegamos àquela situação descrita pelo pensador Dante Alighieri, em sua Divina Comédia, quando diz: “Vós que entrais, abandonai toda a esperança”.

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