Abaixo-assinado pede justiça pelo congolês Moïse: 3,5 mil assinaturas em um dia

Petição foi aberta por um usuário da plataforma Change.org; punição dos responsáveis e cassação da concessão do quiosque são pedidos na mobilização

Assessoria
Publicada em 03 de fevereiro de 2022 às 20:32
Abaixo-assinado pede justiça pelo congolês Moïse: 3,5 mil assinaturas em um dia

Campanha criada em abaixo-assinado pede justiça pelo congolês (Foto: Reprodução)

Um abaixo-assinado, aberto na plataforma Change.org, está cobrando justiça pelo congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, espancado até a morte no último dia 24 em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Lançada nesta quarta-feira (2), a petição ultrapassou a marca de 3,5 mil assinaturas em apenas um dia e segue em crescimento. 

O abaixo-assinado, criado por um usuário da plataforma, exige que justiça seja feita pelo congolês, que foi amarrado e torturado por cerca de 15 minutos. O pedido da mobilização é para que todos os envolvidos no crime sejam responsabilizados e que o quiosque seja punido com a perda da concessão pública. Três homens envolvidos no crime já foram presos. 

Segundo informações divulgadas, Moïse havia ido até o quiosque cobrar um pagamento por dois dias de trabalho. Ele desempenhava funções como ajudante de cozinha. 

“O congolês Moïse Mugenyi Kabagambe fugiu da guerra e da fome no Congo e buscou abrigo no Brasil na condição de refugiado. Ele veio em busca de paz e de uma vida digna, mas teve seu sonho covardemente interrompido”, destaca a petição. Nos comentários da plataforma, pessoas indignadas deixam seus depoimentos condenando a violência e o racismo.

“Temos que nos unir contra toda forma de violação dos direitos humanos! Não podemos aceitar a instalação da barbárie”, diz um dos usuários que assinaram a petição. “Inadmissível ainda nos dias de hoje covardemente assassinarem homens negros e nada acontecer... Que diferença há do século XVI para cá?”, questiona outra pessoa que se juntou à mobilização.  

A campanha também tem mobilizado pessoas públicas, como a apresentadora e jornalista Astrid Fontenelle, que publicou o link em seu Twitter pedindo que mais pessoas assinem a petição. O ativista e jornalista René Silva também divulgou em seu Instagram. 

O abaixo-assinado, que segue ativo na plataforma e engajando a sociedade em um único grito de “Justiça por Moïse”, destaca o trecho de uma carta aberta de repúdio divulgada pela comunidade congolesa: “Esse ato brutal, que não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade brasileira, mas claramente demonstra a xenofobia dentro das suas formas, contra os estrangeiros, nós da comunidade congolesa não vamos nos calar”, diz a carta. 

Confira a petição na íntegra: http://change.org/JusticaPorMoise 

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