Advogadas se reúnem com deputado federal para discutir PL que prevê novos critérios para a regularização fundiária

Lúcio Mosquini é um dos deputados mais atuantes na regularizacao fundiária no estado de Rondônia. Segundo ele, o projeto federal prevê critérios para a regularização fundiária de imóveis da União, incluindo assentamentos

Assessoria/Parlamentar
Publicada em 14 de dezembro de 2021 às 19:07
Advogadas se reúnem com deputado federal para discutir PL que prevê novos critérios para a regularização fundiária

Representantes do escritório Souza & Lourenço Advogados se reuniram, nessa segunda-feira (15), em Rondônia, com o deputado federal Lúcio Mosquini para falar sobre o Projeto de Lei 2633/20, que estabelece novas regras para a regularização fundiária. 

A proposta deve ser votada nessa quinta-feira (16).

Lúcio Mosquini é um dos deputados mais atuantes na regularizacao fundiária no estado de Rondônia. Segundo ele, o projeto federal prevê critérios para a regularização fundiária de imóveis da União, incluindo assentamentos. 

As regras propostas são restritas a áreas ocupadas até julho de 2008 com até seis módulos fiscais – unidade fixada para cada município pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que varia de 5 a 110 hectares.

Para a advogada Cássia Lourenço, especialista em direito agrário e atuante no estado, a aprovação desse projeto pode colaborar para a preservação do meio ambiente. 

“A regularização fundiária é o primeiro passo para combater o desmatamento ilegal. As novas regras podem ajudar na preservação do meio ambiente”, pontuou. 

O projeto já foi objeto de polêmica no Plenário, com embates entre a bancada ambientalista e a do agronegócio.

De acordo com a Agência Câmara, sem possibilidade de acordo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a suspender os trabalhos e, depois, retomou a discussão sem os pontos considerados mais polêmicos.

Principais pontos do Projeto de Lei 2633/20


O projeto trata da regularização fundiária das ocupações em terras da União ou do Incra, por meio da alienação e da concessão de direito real de uso de imóveis.

Os requisitos para a regularização fundiária de imóveis de até seis módulos fiscais serão averiguados por meio de declaração do ocupante, que está sujeito à responsabilização penal, civil e administrativa.

Entre os documentos exigidos do requerente estão:

* comprovação de Cadastro Ambiental Rural (CAR) ativo
* declaração de que exerce ocupação e exploração a área antes de 22 de julho de 2008
* O Incra verificará as condições do imóvel junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e também poderá dispensar a realização da vistoria prévia de imóveis com área de até seis módulos fiscais

Conforme a proposta, será proibida a regularização em caso de:

* dono de outro imóvel rural em qualquer lugar do País;
* beneficiário de programa da reforma agrária;
* empregador citado no cadastro daqueles que submeteram trabalhadores a condições análogas às de escravo;
* ocupante ou cônjuge/companheiro que sejam servidores dos ministérios da Economia ou da Agricultura, do Incra, da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) ou de órgãos de terra estaduais ou do Distrito Federal
* As mesmas regras serão aplicadas subsidiariamente a outras áreas sob domínio da União. Terras ocupadas por comunidades quilombolas ou tradicionais serão regularizadas conforme normas específicas

No escritório Souza & Lourenço Advogados, a equipe trabalha nos processos de regularização de terras das famílias por meio de processos judiciais. Existem muitos assentamentos no estado que não possuem documentação.

“O objetivo é acelerar essa regularização para que as famílias garantam a segurança dos imóveis onde vivem”, disse.

De acordo com o governo de Rondônia, até 2022, devem ser regularizados 13 mil imóveis rurais.

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