Agevisa dá orientações seguras e previne foliões de Rondônia contra doenças sexualmente transmissíveis

A Agevisa distribuiu esta semana 200 mil preservativos masculinos, 10 mil unidades de gel lubrificante e cinco mil leques. Na campanha de orientação, lançada quinta-feira à tarde, a diretora geral Ana Flora Gerhardt também anunciou 30 mil testes rápidos de sífilis, HIV e hepatite B e C

Montezuma Cruz Fotos: Frank Néry
Publicada em 21 de fevereiro de 2020 às 10:41
Agevisa dá orientações seguras e previne foliões de Rondônia contra doenças sexualmente transmissíveis

No shopping, representantes de blocos carnavalescos de rua reuniram-se com a Agevisa para a campanha do sexo seguro

O kit do sexo seguro já está em mãos de blocos carnavalescos na Capital e no Interior de Rondônia. Lançada quinta-feira (20) à tarde, a campanha da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) esclarece a respeito de doenças e previne os foliões dos perigos a que estão sujeitos.

A Agevisa distribuiu 200 mil preservativos masculinos, 10 mil unidades de gel lubrificante e cinco mil leques. Também será possível fazer 30 mil testes rápidos de sífilis, HIV e hepatite B e C, nas unidades de saúde.

Representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) participaram do ato, atuando como parceiros. “Sexo seguro é sexo com camisinha” – é o mote da campanha.

A partir de segunda-feira (24), unidades de saúde de Porto Velho e de cidades interioranas atenderão o público em regime de plantão.

“Nossa orientação é no sentido de tranquilizar as pessoas; a conscientização de todos evita aborrecimentos. Entre outras situações, é dolorosa a gravidez indesejada”, informou a diretora da Agevisa, Ana Flora Camargo Gerhardt.

Para o presidente da Liga dos Blocos de Carnaval de Rua, Luís Cavalcante, a distribuição de kits dá mais segurança à festa: “São 15 blocos com milhares de brincantes, e é possível levar a mensagem da saúde a todos eles”.

Da mesma forma, a presidente do bloco Jatuarana Sul, Maria Gorete Cabral Soares, elogiou a atuação da Agevisa. Segundo ela, desde 2007 o bloco existe, tornando-se oficial em 2009. “Já conhecíamos o apoio positivo da Sesau, da prefeitura e, de modo bem forte, hoje, o empenho da Agevisa”, assinalou.

Ana Garhart entrega kits ao presidente da Liga dos Blocos, Luís Cavalcante

Apenas o Jatuarana Sul “arrasta” aproximadamente 70 mil pessoas, conforme cálculo do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia.

A representante da Banda Vai Quem Quer, Helen Esteves, classificou a ação da Agevisa de “pontual e necessária”. “O maior movimento carnavalesco da região norte brasileira se sente feliz com esse trabalho em benefício do bem-estar dos brincantes”, comentou.

SÍFILIS

► Causada pelo Treponema pallidum, essa doença teve a taxa de detecção aumentada grandemente na década mais recente. Em 2010, era de dois para cada 100 mil habitantes, já em 2016, de 42, cinco para cada 100 mil.

► O diagnóstico da sífilis depende ou da pesquisa direta do treponema nas lesões primária e secundária, ou da pesquisa de anticorpos e antígenos específicos na corrente sanguínea. Nesse caso, a rotina que mais ocorre é a presença de um teste treponêmico e um teste não treponêmico.

► O teste treponêmico pode ser o teste rápido ou FTA-Abs e o teste não treponêmico o VDRL, mais comumente utilizado, ou RPR. A partir daí o tratamento será direcionado conforme a fase da doença (primária, secundária, terciária, tardia ou congênita).

AIDS

► A maioria da transmissão da Aids é por relação sexual desprotegida; também pode ser transmitida da mãe com HIV para o feto, doença que pode ser combatida se a mãe fizer o tratamento e o pré-natal corretamente, diminuindo consideravelmente a transmissão para o bebê; e também através de drogas injetáveis, ou transfusão de sangue, sendo que atualmente está controlada por conta dos hemocentros que fazem uma triagem muito rigorosa no sangue, então grande maioria de transmissão é por conta da relação sexual não segura”, explicou a infectologista do Cemetron, Stella Ângela Tarallo Zimmerli.

 O perfil epidemiológico apresenta tendência de crescimento entre os mais jovens, principalmente os do sexo masculino.  No início da década, os casos entre os jovens da faixa de 15 a 24 anos representavam cerca de 2% dos casos anuais e, atualmente, eles já representam cerca de 10%. É importante a detecção precoce das ocorrências, antes do adoecimento.

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