Após mais um assalto a banco, Sindicato clama por segurança pública em nome da vida de funcionários e da população

A simples presença de uma viatura policial nesses locais pode impedir esse tipo de crime e, consequentemente, salvar a vida de funcionários, clientes, usuários e da população das proximidades”

Rondineli Gonzalez - SEEB/RO
Publicada em 18 de janeiro de 2021 às 12:06
Após mais um assalto a banco, Sindicato clama por segurança pública em nome da vida de funcionários e da população

A agência do Banco da Amazônia localizada na avenida Sete de Setembro com Salgado Filho, região central de Porto Velho, foi palco de um assalto na manhã de sexta-feira (15), quando dois criminosos roubaram aproximadamente R$ 50 mil de um empresário e seu funcionário. De acordo com informações da polícia, na fuga os bandidos começaram a disparar e os tiros atingiram as vidraças da agência e uma caminhonete. 

Por sorte ninguém foi atingido pelos disparos, mas o ocorrido sinistro gerou um clima de terror para funcionários e clientes que estavam na agência naquele momento. Uma funcionária do banco, que está grávida, passou mal e uma unidade do Samu foi acionada para atendimento médico. 

Um outro funcionário, em depoimento ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), narrou o clima de pânico criado naquele momento, e enfatizou a sensação de medo e insegurança que tomou conta de todos que trabalham naquele estabelecimento.

“Eu fui o primeiro a me jogar no chão na hora do tiroteio. Trabalho de frente pra janela que foi atingida. Eu ouvi os estrondos e vi o buraco abrindo na parede. Fui o primeiro a me jogar no chão, o primeiro do meu andar. Em seguida, os outros também se jogaram. A sensação era de puro terror, e permaneceu assim até alguém dizer que os veículos dos envolvidos já tinha ido embora. O buraco da bala ainda está lá, a três metros da minha cadeira. O disparo passou na altura da cabeça (sentado). O prédio tem três pisos (térreo + dois andares), e foi atingido por balas nas paredes dos três pisos. E detalhe: As paredes do prédio inteiro são de vidro, vidro este que não é à prova de balas”, descreveu o funcionário, que não conseguiu trabalhar nesta segunda-feira pois ainda sofria com o forte abalo físico e mental (batimentos acelerados, tremores, ansiedade...) gerado com a cena de crime em seu local de trabalho.

Para Ricardo Vitor, diretor de Saúde do Sindicato, este crime foi mais uma situação extremamente preocupante, e infelizmente não se trata de um caso isolado.

“Tivemos, nas últimas semanas, alguns casos similares ocorridos no Estado, principalmente na capital, a exemplo do assalto a três clientes de uma agência do Sicoob, no bairro São João Bosco, em Porto Velho, no dia 28 de dezembro, em que os ladrões levaram cerca de R$ 81 mil. Por sorte, naquele caso, não houve tiroteio. Mais do que um caso de segurança bancária, trata-se de um caso de segurança pública. Não é o vigilante que vai proteger a rua em frente à agência. Precisamos urgentemente de medidas que protejam não somente os colegas nas agências, mas também os clientes, a população em geral", definiu Ricardo Vitor, que é funcionário do Banco da Amazônia.

O Sindicato enviará, ainda nesta segunda-feira, 18, um ofício à Secretaria Estadual de Segurança Pública, exigindo uma atenção maior das autoridades na questão da segurança dentro e fora das instituições financeiras no Estado, como agências bancárias, cooperativas de crédito e casas lotéricas.

“Sabemos que a Polícia sofre com o déficit no efetivo, em viaturas e equipamentos, e que tem uma gigantesca demanda de ocorrências para atender, mas ainda assim entendemos que uma presença mais regular, mais frequente de policiais ou viaturas nas imediações das instituições financeiras causa um significativo impacto nas intenções dos criminosos. A simples presença de uma viatura policial nesses locais pode impedir esse tipo de crime e, consequentemente, salvar a vida de funcionários, clientes, usuários e da população das proximidades”, mencionou José Pinheiro, presidente do Sindicato.

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