Damares quer CFM notificando polícia em abortos por estupro

Senadora defende que resolução do Conanda não pode sobrepor dever de proteção à criança e identificação de agressores

Fonte: Assessoria/Parlamentar - Publicada em 17 de dezembro de 2025 às 19:32

Damares quer CFM notificando polícia em abortos por estupro

Em pronunciamento na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, nesta quarta-feira (17), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) fez um apelo ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para que os protocolos médicos em casos de aborto em crianças garantam a imediata atuação policial. A parlamentar criticou a interpretação de normas que dispensariam a notificação às autoridades quando a vítima de estupro é menor de idade. 

O questionamento foi direcionado ao Dr. José Hiran da Silva Gallo, Conselheiro Federal do CFM, presente à reunião. Damares destacou a preocupação com resoluções do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que, segundo ela, estariam sendo interpretadas de forma a permitir a realização do procedimento sem o acionamento dos órgãos de segurança pública. 

A senadora argumentou que a omissão na notificação policial em casos envolvendo o aborto em crianças de 11 ou 12 anos perpetua o ciclo de violência e impede a punição de pedófilos. 

“Uma criança que chegar estuprada no hospital, médicos, por favor, ela não pode sair de lá sem o acompanhamento da polícia”, afirmou a parlamentar.

Damares ressaltou o risco de a criança ser devolvida ao convívio do agressor caso a investigação não seja iniciada imediatamente. “E tem gente falando, mas se é o pai, como é que a gente vai chamar? Então vai fazer o aborto e devolver para o pai estuprá-la novamente?”, questionou. 

Diálogo com o CFM

Durante sua fala, a parlamentar enfatizou que resoluções de conselhos não possuem força de lei e que o ordenamento jurídico brasileiro prioriza a proteção da infância. Ela solicitou uma agenda técnica com o CFM para alinhar a atuação médica ao rigor das penas recentemente endurecidas pelo Legislativo para crimes de pedofilia. 

“Resolução de conselho não é lei. Eu preciso colocar os pedófilos na cadeia. Nós endurecemos as penas aqui para que eles vão para a cadeia e não para passar a mão na cabeça deles”, declarou a senadora. 

A senadora encerrou solicitando que o CFM observe as diretrizes de proteção integral para evitar que o ambiente hospitalar se torne um local de omissão perante crimes graves.

Damares quer CFM notificando polícia em abortos por estupro

Senadora defende que resolução do Conanda não pode sobrepor dever de proteção à criança e identificação de agressores

Assessoria/Parlamentar
Publicada em 17 de dezembro de 2025 às 19:32
Damares quer CFM notificando polícia em abortos por estupro

Em pronunciamento na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, nesta quarta-feira (17), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) fez um apelo ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para que os protocolos médicos em casos de aborto em crianças garantam a imediata atuação policial. A parlamentar criticou a interpretação de normas que dispensariam a notificação às autoridades quando a vítima de estupro é menor de idade. 

O questionamento foi direcionado ao Dr. José Hiran da Silva Gallo, Conselheiro Federal do CFM, presente à reunião. Damares destacou a preocupação com resoluções do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que, segundo ela, estariam sendo interpretadas de forma a permitir a realização do procedimento sem o acionamento dos órgãos de segurança pública. 

A senadora argumentou que a omissão na notificação policial em casos envolvendo o aborto em crianças de 11 ou 12 anos perpetua o ciclo de violência e impede a punição de pedófilos. 

“Uma criança que chegar estuprada no hospital, médicos, por favor, ela não pode sair de lá sem o acompanhamento da polícia”, afirmou a parlamentar.

Damares ressaltou o risco de a criança ser devolvida ao convívio do agressor caso a investigação não seja iniciada imediatamente. “E tem gente falando, mas se é o pai, como é que a gente vai chamar? Então vai fazer o aborto e devolver para o pai estuprá-la novamente?”, questionou. 

Diálogo com o CFM

Durante sua fala, a parlamentar enfatizou que resoluções de conselhos não possuem força de lei e que o ordenamento jurídico brasileiro prioriza a proteção da infância. Ela solicitou uma agenda técnica com o CFM para alinhar a atuação médica ao rigor das penas recentemente endurecidas pelo Legislativo para crimes de pedofilia. 

“Resolução de conselho não é lei. Eu preciso colocar os pedófilos na cadeia. Nós endurecemos as penas aqui para que eles vão para a cadeia e não para passar a mão na cabeça deles”, declarou a senadora. 

A senadora encerrou solicitando que o CFM observe as diretrizes de proteção integral para evitar que o ambiente hospitalar se torne um local de omissão perante crimes graves.

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