Deputados de Rondônia processados: Ernandes Amorim (PTB-RO)
O deputado federal Ernandes Amorim (PTB-RO) responde à ação penal pública nº 20044100003869-7 (www.trf1.gov.br) que tramita na Justiça Federal de Rondônia para investigar o envolvimento dele em fraude
O deputado federal Ernandes Amorim (PTB-RO) responde à ação penal pública nº 20044100003869-7 (www.trf1.gov.br) que tramita na Justiça Federal de Rondônia para investigar o envolvimento dele em fraudes descobertas pela Operação Mamoré, desencadeada pela Polícia Federal em agosto de 2004.
Amorim teve a prisão temporária decretada e ficou detido por 87 dias. O deputado havia sido prefeito de Ariquemes (RO) anteriormente.
Segundo informações do processo, as investigações apontaram o suposto envolvimento dele e de outras 26 pessoas na prática de fraude em licitações.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), licitações eram fraudadas com a participação de empresas de fachada, que possuíam sócios “laranjas”, e os preços, superfaturados. Parte das irregularidades foi detectada pela Controladoria Geral da União (CGU).
Segundo o processo, escutas telefônicas mostraram a participação do deputado na tentativa de obter documentos, certidões negativas de débito e para “corromper pessoas, além de não envidar esforços para ocultar provas”.
Outro lado
Durante dois dias consecutivos, o G1 tentou entrar em contato com o deputado ligando para seu telefone celular, mas não obteve retorno.
O advogado do deputado, Severo Neto, afirmou que o processo é nulo. Ele argumenta que o juiz que determinou a prisão de Amorim, do qual disse não se lembrar o nome, era inimigo pessoal do parlamentar.
Neto disse que o deputado não se envolveu em nenhuma irregularidade e que a Justiça Federal é incompetente para julgar o caso.
Na interpretação do advogado, inicialmente a competência seria do Tribunal de Justiça de Rondônia. “Atribuíram a ele práticas ilegais de quando ele não era mais prefeito. Ele tinha renunciado ao cargo de prefeito para concorrer ao governo de Rondônia”, alegou.
A assessoria de imprensa de Ernandes Amorim afirmou que o processo se resume a divergências entre a CGU e a Caixa Econômica Federal (CEF) em relação à obra de construção de uma central de abastecimento e de drenagem pluvial realizada em Ariquemes.
Segundo a assessoria, foram feitas algumas modificações no projeto original, o que gerou questionamentos por parte da Controladoria.