Desejos carnais - Capítulo 5

Ao ouvir tal frase rebelde e ousada, a mãe dele se pôs a gargalhar

Fonte: Alberto Dinys - Publicada em 03 de setembro de 2025 às 18:16

Desejos carnais - Capítulo 5

Quando dona Leonice entrou naquele apartamento extremamente luxuoso, avistou, para sua surpresa, Vicente e Jonatam fumando, reflexivos. Estranhou e foi logo dizendo:

— Ainda pensando se vão fugir pra Europa, garanhões? 

Então, Vicente a olhou com um notável desdém e respondeu: 

— Breve fugiremos e não será com a senhora. 

Ao ouvir tal frase rebelde e ousada, a mãe dele se pôs a gargalhar. Os olhos altivos revelam uma pessoa também rebelde. Tão rebelde quanto os dois. Ela comentou em um tom depreciativo:

— Cuidado, hein! Nunca se sabe quando uma tragédia pode acontecer. Ainda mais… vocês sabem, né?! Os gays sofrem preconceito em vários países. 

Sentindo-se afrontado, Jonatam levantou-se do tapete e encarou dona Leonice com o peito estufado. Os lábios contraídos. O olhar vilanesco. 

— E quem é gay aqui? Hein? 

— Eu não tô afirmando nada — respondeu ela com um sorriso cínico. Ajeitou rapidamente os cabelos. — Mas… desconfiar a gente desconfia. 

— A gente quem, megera? — indagou o colega de Vicente querendo começar uma discussão.

— Todos os que percebem as nuances das situações, jovem que pensa que é irreverente. Escuta! Na verdade, você é um coitado. 

Jonatam olhou para Vicente com deboche, depois voltou a encarar dona Leonice e comentou sem medo: 

— Sinceramente, vovó… 

— Vovó?

— É. Vovó. Fez um nescauzinho pro seu netinho aqui ou hoje é um bolo de milho? 

— Pode ser uma bofetada nessa sua fuça? 

Ele riu com escárnio. Respondeu:

— Experimenta, museu ambulante. Te garanto que a senhora irá se arrepender amargamente de tal ação malévola. 

— Eu não tenho medo de um projeto de vilão — disse ela colocando as mãos na cintura. As sobrancelhas arqueadas denotavam a personalidade forte que ela tinha. — Vocês dois me dão é muito desgosto. Isso sim. 

— Desgosto, mãe? — questionou Vicente com uma voz tímida. — Por quê? 

— Ainda me pergunta o porquê? 

— Sim. Responda-me. Por favor!

— Querido Vicente, é tão triste ver você nessa situação. Sabe? Eu jamais pensei… sequer imaginei que o meu filho fosse… homossexual. Vergonha, meu filho! Quanta vergonha! Tá se sentindo o máximo? O nome da nossa família jogado no lixo. A amargura nos olhos de uma mãe que quer netos. Eu quero ser avó. Mas não. Não. O filho que se excita com o perigo envolvido com um cara que só tá querendo é grana. Ou tô mentindo? 

— Pera! A senhora… a senhora acha que eu sou gay? 

— É o que parece. É o que comentam por aí. E eu tô aqui, Vicente. Eu tô aqui pra escutar dos seus lábios se é isso mesmo. Confessa! 

Em passos calculados, o filho se aproximou da mãe e colocou as duas mãos nos ombros delicados dela.

— É um disfarce pra despistar a atenção dos fofoqueiros e das fofoqueiras deste país. A senhora sabe que eu não sou nenhum santinho. Ainda tô imerso nos meus planos nada convencionais. Não posso ser descoberto por quem se diz defensor da honestidade. Pra ser sincero, eu odeio quem levanta a bandeira da bondade exacerbada. A senhora sabe como eu sou elitista. Confesso isso sem medo! Sou elitista e odeio a população pobre do Brasil. Simples assim. 

Leonice franziu a testa. Perguntou:

— Então… ele não é o seu namorado? 

— Na prática, não, mamãe conservadora. Mas… no imaginário dos influenciáveis, sim. É um golpe! É uma farsa difundida e aceita como verdade. 

A mãe ficou calada por alguns instantes. Estava reflexiva.

— É por causa da polícia, filho?

— É. 

— Ela tá em cima de você?

— Há muito tempo. 

— E… você acha que pode rolar prisão? 

— Claro! Eu tô ilegal diante da justiça mundial. Só que… ter dinheiro é um ponto chave nessa maracutaia toda. Entende? Mamãe, foi a senhora que me ensinou desde pequeno que o dinheiro compra tudo.  

— Verdade. 

— Até a justiça. Foi a senhora que me fez compreender esse ensinamento tão real. 

— Sim, sim. 

— E então? Olha eu aqui!

— Tô vendo, Vicente! Não vale nada, mas sabe apreciar um vinho de excelente qualidade. Parabéns, meu filho! Hétero, arrogante, viajado, corrupto e cheio da grana. Eu tô orgulhosa de você, meu querido! 

Ele riu. Comentou:

— 100% hétero. E o Jonatam também. Era ator de teatro lá em Paris. Eu o conheci numa festa e tal. A gente começou a conversar, trocar ideias e felizmente eu descobri como ele é ambicioso. O cúmplice quase perfeito. 

— Quase perfeito? — indagou Jonatam em um tom de sarcasmo. 

— Quase — respondeu Vicente espreguiçando-se e já caminhando na direção da sacada. — Só falta deixar de escutar música brasileira e começar a curtir somente as músicas em inglês. Nada de português, espanhol, francês ou italiano. Só inglês, cara. 

Jonatam deu um leve empurrão no colega criminal. Comentou:

— Se me pagarem dez milhões de dólares, eu topo. Por um mês. Claro! 

Vicente, enquanto ajeitava com altivez a gola da sua camisa social caríssima, disse com um desprezo teatral:

— Feijão e arroz não é comida. É um castigo que a população aguenta por não ter dado certo realmente. 10 mil, 20 mil, 30 mil, 60 mil… 

Riu com deboche. Perguntou:

— Isso é êxito?

Jonatam e dona Leonice se entreolharam. Cada um imerso na malícia que corrói o homem. 

— Óbvio que não! — bradou Vicente e acendeu um cigarro. — Esse povo pensa que venceu. Novos ricos. Raça demoníaca. Tatuagens tão cafonas e acha que dirigir um carro importado dá acesso ao clube dos eleitos desde o berço. Por favor, Brasil! Não me faça gargalhar. 

— E o Dom? — quis saber dona Leonice. 

— O Dom? 

— É. Filho, eu vi ele na igreja. 

— Igreja, mãe?

— É. 

— Não pode ser. 

Vicente gritou de raiva.

— De novo não. De novo não. Desgraçado! Desgraçado! 

De repente, os olhos de Vicente começaram a se revirar. As mãos dele se entortaram.

— Filho, o que é isso?

— Chama a ambulância, dona Leonice! 

Imbuído de uma fúria infernal, Vicente virou-se na direção de Jonatam. Ele estava possesso. Os olhos denotavam um ódio mortal. 

— Cara, o que que tá acontecendo?

Vicente riu totalmente tomado pelos demônios.

— Eu vou matar, seu zé mané! 

Jonatam arregalou os olhos. O coração acelerou. Ele gritou:

— Socorro! Socorro!

— Não adianta, idiota. Você zombou do inferno e o pessoal lá de baixo tá com mó raiva de ti, desgraçado. 

— Eu prometo que eu não zombo mais de vocês. 

— Já é tarde, seu bobão. Teu dia de morrer é hoje. 

— Não, não. 

Pensando que ia conseguir escapar da fúria do demônio que estava possuindo Vicente, ele quis correr na direção do banheiro, mas foi acertado por um chute violento. 

— Fracassado, o inferno é o teu lugar de tormento eterno. Satanás marcou uma reunião contigo, perdedor! 

O chute fez Jonatam ser arremessado pela janela. Começava a chuviscar. E naquela tarde, o corpo de Jonatam caiu de uma altura de 10 metros. Se espatifou perto da piscina do edifício. 

— Assassino! — afirmou dona Leonice aos gritos. 

Então, o espírito maligno fez Vicente olhar para a mãe com muito rancor. 

— Meu Deus! 

— Tá falando o nome de Deus agora, medrosa? É?

— Tô, demônio! 

— Você sabe quem eu sou. 

— Sei. Eu sei. 

— Tá com medinho?

— Não. Agora eu entendi tudo.

— Será se entendeu mesmo, sua rebelde? 

— Eu entendi. Eu não sou inocente. 

— Inocente você não é mesmo. Até fez sexo comigo. Lembra?

— Lembro. 

A mulher abaixou o olhar. A decepção era grande. 

— Eu não gosto daqueles que ficam louvando o Homem de Branco. Daqueles que oram pra Ele com uma fé admirável. Você não acredita no Homem de Branco. Você gosta é de mim. E nem tem como fingir. Você faz as minhas vontades. Você é corrupta. Tá achando que o Homem de Branco apoia a corrupção das pessoas? Tá enganada, bobona.

— Eu… fiz vários acordos contigo.

— Sim. Fez. 

— Mas eu não quero ficar presa nessa atmosfera desgraçada. Entendeu? Eu tô cansada!

— Cansada porque não cumpriu os acordos. Porque fica achando que a gente não vai cobrar. A gente vai cobrar sim. Você não apenas flertou com a nossa turma, dona Leonice. Você fez acordos com a gente. Você fez juramentos diante de toda a nossa equipe. A rebeldia traz consequências.

— O que vocês querem?

— Que os acordos sejam executados. Que os juramentos ganhem forma na espiritualidade e na matéria.  

— O que eu tenho que fazer? 

— Um sacrifício. 

— Qual?

— Me adore. E eu te revelarei o que é preciso sacrificar. Me adore na sua casa. Faça isso e eu vou aparecer na sua frente possuindo um gato preto. Na boca do gato, um pedaço de papel. Nele, estará escrito o sacrifício solicitado. 

— Meu Deus!

— Não fale o nome dEle. O Homem de Branco sempre tá querendo atrapalhar os nossos planos. Não fale o nome dEle perto de mim!

Desejos carnais - Capítulo 5

Ao ouvir tal frase rebelde e ousada, a mãe dele se pôs a gargalhar

Alberto Dinys
Publicada em 03 de setembro de 2025 às 18:16
Desejos carnais - Capítulo 5

Quando dona Leonice entrou naquele apartamento extremamente luxuoso, avistou, para sua surpresa, Vicente e Jonatam fumando, reflexivos. Estranhou e foi logo dizendo:

— Ainda pensando se vão fugir pra Europa, garanhões? 

Então, Vicente a olhou com um notável desdém e respondeu: 

— Breve fugiremos e não será com a senhora. 

Ao ouvir tal frase rebelde e ousada, a mãe dele se pôs a gargalhar. Os olhos altivos revelam uma pessoa também rebelde. Tão rebelde quanto os dois. Ela comentou em um tom depreciativo:

— Cuidado, hein! Nunca se sabe quando uma tragédia pode acontecer. Ainda mais… vocês sabem, né?! Os gays sofrem preconceito em vários países. 

Sentindo-se afrontado, Jonatam levantou-se do tapete e encarou dona Leonice com o peito estufado. Os lábios contraídos. O olhar vilanesco. 

— E quem é gay aqui? Hein? 

— Eu não tô afirmando nada — respondeu ela com um sorriso cínico. Ajeitou rapidamente os cabelos. — Mas… desconfiar a gente desconfia. 

— A gente quem, megera? — indagou o colega de Vicente querendo começar uma discussão.

— Todos os que percebem as nuances das situações, jovem que pensa que é irreverente. Escuta! Na verdade, você é um coitado. 

Jonatam olhou para Vicente com deboche, depois voltou a encarar dona Leonice e comentou sem medo: 

— Sinceramente, vovó… 

— Vovó?

— É. Vovó. Fez um nescauzinho pro seu netinho aqui ou hoje é um bolo de milho? 

— Pode ser uma bofetada nessa sua fuça? 

Ele riu com escárnio. Respondeu:

— Experimenta, museu ambulante. Te garanto que a senhora irá se arrepender amargamente de tal ação malévola. 

— Eu não tenho medo de um projeto de vilão — disse ela colocando as mãos na cintura. As sobrancelhas arqueadas denotavam a personalidade forte que ela tinha. — Vocês dois me dão é muito desgosto. Isso sim. 

— Desgosto, mãe? — questionou Vicente com uma voz tímida. — Por quê? 

— Ainda me pergunta o porquê? 

— Sim. Responda-me. Por favor!

— Querido Vicente, é tão triste ver você nessa situação. Sabe? Eu jamais pensei… sequer imaginei que o meu filho fosse… homossexual. Vergonha, meu filho! Quanta vergonha! Tá se sentindo o máximo? O nome da nossa família jogado no lixo. A amargura nos olhos de uma mãe que quer netos. Eu quero ser avó. Mas não. Não. O filho que se excita com o perigo envolvido com um cara que só tá querendo é grana. Ou tô mentindo? 

— Pera! A senhora… a senhora acha que eu sou gay? 

— É o que parece. É o que comentam por aí. E eu tô aqui, Vicente. Eu tô aqui pra escutar dos seus lábios se é isso mesmo. Confessa! 

Em passos calculados, o filho se aproximou da mãe e colocou as duas mãos nos ombros delicados dela.

— É um disfarce pra despistar a atenção dos fofoqueiros e das fofoqueiras deste país. A senhora sabe que eu não sou nenhum santinho. Ainda tô imerso nos meus planos nada convencionais. Não posso ser descoberto por quem se diz defensor da honestidade. Pra ser sincero, eu odeio quem levanta a bandeira da bondade exacerbada. A senhora sabe como eu sou elitista. Confesso isso sem medo! Sou elitista e odeio a população pobre do Brasil. Simples assim. 

Leonice franziu a testa. Perguntou:

— Então… ele não é o seu namorado? 

— Na prática, não, mamãe conservadora. Mas… no imaginário dos influenciáveis, sim. É um golpe! É uma farsa difundida e aceita como verdade. 

A mãe ficou calada por alguns instantes. Estava reflexiva.

— É por causa da polícia, filho?

— É. 

— Ela tá em cima de você?

— Há muito tempo. 

— E… você acha que pode rolar prisão? 

— Claro! Eu tô ilegal diante da justiça mundial. Só que… ter dinheiro é um ponto chave nessa maracutaia toda. Entende? Mamãe, foi a senhora que me ensinou desde pequeno que o dinheiro compra tudo.  

— Verdade. 

— Até a justiça. Foi a senhora que me fez compreender esse ensinamento tão real. 

— Sim, sim. 

— E então? Olha eu aqui!

— Tô vendo, Vicente! Não vale nada, mas sabe apreciar um vinho de excelente qualidade. Parabéns, meu filho! Hétero, arrogante, viajado, corrupto e cheio da grana. Eu tô orgulhosa de você, meu querido! 

Ele riu. Comentou:

— 100% hétero. E o Jonatam também. Era ator de teatro lá em Paris. Eu o conheci numa festa e tal. A gente começou a conversar, trocar ideias e felizmente eu descobri como ele é ambicioso. O cúmplice quase perfeito. 

— Quase perfeito? — indagou Jonatam em um tom de sarcasmo. 

— Quase — respondeu Vicente espreguiçando-se e já caminhando na direção da sacada. — Só falta deixar de escutar música brasileira e começar a curtir somente as músicas em inglês. Nada de português, espanhol, francês ou italiano. Só inglês, cara. 

Jonatam deu um leve empurrão no colega criminal. Comentou:

— Se me pagarem dez milhões de dólares, eu topo. Por um mês. Claro! 

Vicente, enquanto ajeitava com altivez a gola da sua camisa social caríssima, disse com um desprezo teatral:

— Feijão e arroz não é comida. É um castigo que a população aguenta por não ter dado certo realmente. 10 mil, 20 mil, 30 mil, 60 mil… 

Riu com deboche. Perguntou:

— Isso é êxito?

Jonatam e dona Leonice se entreolharam. Cada um imerso na malícia que corrói o homem. 

— Óbvio que não! — bradou Vicente e acendeu um cigarro. — Esse povo pensa que venceu. Novos ricos. Raça demoníaca. Tatuagens tão cafonas e acha que dirigir um carro importado dá acesso ao clube dos eleitos desde o berço. Por favor, Brasil! Não me faça gargalhar. 

— E o Dom? — quis saber dona Leonice. 

— O Dom? 

— É. Filho, eu vi ele na igreja. 

— Igreja, mãe?

— É. 

— Não pode ser. 

Vicente gritou de raiva.

— De novo não. De novo não. Desgraçado! Desgraçado! 

De repente, os olhos de Vicente começaram a se revirar. As mãos dele se entortaram.

— Filho, o que é isso?

— Chama a ambulância, dona Leonice! 

Imbuído de uma fúria infernal, Vicente virou-se na direção de Jonatam. Ele estava possesso. Os olhos denotavam um ódio mortal. 

— Cara, o que que tá acontecendo?

Vicente riu totalmente tomado pelos demônios.

— Eu vou matar, seu zé mané! 

Jonatam arregalou os olhos. O coração acelerou. Ele gritou:

— Socorro! Socorro!

— Não adianta, idiota. Você zombou do inferno e o pessoal lá de baixo tá com mó raiva de ti, desgraçado. 

— Eu prometo que eu não zombo mais de vocês. 

— Já é tarde, seu bobão. Teu dia de morrer é hoje. 

— Não, não. 

Pensando que ia conseguir escapar da fúria do demônio que estava possuindo Vicente, ele quis correr na direção do banheiro, mas foi acertado por um chute violento. 

— Fracassado, o inferno é o teu lugar de tormento eterno. Satanás marcou uma reunião contigo, perdedor! 

O chute fez Jonatam ser arremessado pela janela. Começava a chuviscar. E naquela tarde, o corpo de Jonatam caiu de uma altura de 10 metros. Se espatifou perto da piscina do edifício. 

— Assassino! — afirmou dona Leonice aos gritos. 

Então, o espírito maligno fez Vicente olhar para a mãe com muito rancor. 

— Meu Deus! 

— Tá falando o nome de Deus agora, medrosa? É?

— Tô, demônio! 

— Você sabe quem eu sou. 

— Sei. Eu sei. 

— Tá com medinho?

— Não. Agora eu entendi tudo.

— Será se entendeu mesmo, sua rebelde? 

— Eu entendi. Eu não sou inocente. 

— Inocente você não é mesmo. Até fez sexo comigo. Lembra?

— Lembro. 

A mulher abaixou o olhar. A decepção era grande. 

— Eu não gosto daqueles que ficam louvando o Homem de Branco. Daqueles que oram pra Ele com uma fé admirável. Você não acredita no Homem de Branco. Você gosta é de mim. E nem tem como fingir. Você faz as minhas vontades. Você é corrupta. Tá achando que o Homem de Branco apoia a corrupção das pessoas? Tá enganada, bobona.

— Eu… fiz vários acordos contigo.

— Sim. Fez. 

— Mas eu não quero ficar presa nessa atmosfera desgraçada. Entendeu? Eu tô cansada!

— Cansada porque não cumpriu os acordos. Porque fica achando que a gente não vai cobrar. A gente vai cobrar sim. Você não apenas flertou com a nossa turma, dona Leonice. Você fez acordos com a gente. Você fez juramentos diante de toda a nossa equipe. A rebeldia traz consequências.

— O que vocês querem?

— Que os acordos sejam executados. Que os juramentos ganhem forma na espiritualidade e na matéria.  

— O que eu tenho que fazer? 

— Um sacrifício. 

— Qual?

— Me adore. E eu te revelarei o que é preciso sacrificar. Me adore na sua casa. Faça isso e eu vou aparecer na sua frente possuindo um gato preto. Na boca do gato, um pedaço de papel. Nele, estará escrito o sacrifício solicitado. 

— Meu Deus!

— Não fale o nome dEle. O Homem de Branco sempre tá querendo atrapalhar os nossos planos. Não fale o nome dEle perto de mim!

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