Expedito Junior diz que não fará nada com Caerd sem ouvir trabalhadores e população

Urbanitários concordaram com Expedito no sentido de que tanto o governo quanto a Caerd não têm condições de fazer obras de esgoto.

Assessoria
Publicada em 28 de agosto de 2018 às 10:50
Expedito Junior diz que não fará nada com Caerd sem ouvir trabalhadores e população

O suprimento da falta de redes de esgotamento sanitário, principal problema do saneamento básico em Rondônia, está entre as prioridades do candidato a governador pela coligação “Rondônia, esperança de um novo tempo”, Expedito Junior, ao lado da ampliação das redes de abastecimento de água tratada. O grande desafio para equacionar esses problemas, no entanto, são as condições desfavoráveis econômica e estruturalmente da Caerd, a empresa responsável por esses serviços.

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado, as dívidas da Caerd beiram a casa de R$ 1 bilhão e são decorrentes de: despesas com pessoal, demandas judicias, sucateamento do patrimônio, perda de concessão de serviços, ineficiência na prestação de serviços e deficiência no fluxo de caixa, apontou o TCE.

Na sexta-feira (24), Expedito Junior se reuniu com a diretoria do Sindicato dos Urbanitários (Sindur), que congrega trabalhadores da Caerd e da Ceron, para discutir basicamente a situação da Caerd. O candidato ao governo tranquilizou os dirigentes sindicais no sentido de que numa gestão eventualmente sob seu comando, “nenhuma medida será tomada sem um amplo entendimento com os servidores, com o Sindur e, sobretudo com a sociedade usuária dos serviços”.

“Não quero ser o dono da verdade nem impor decisões, mas para mim, o esgoto, obra que fica enterrada e ninguém vê, é prioridade. Construir redes de esgoto é principalmente investir em saúde preventiva, só que, infelizmente, tanto o governo quanto a Caerd não têm condições de financiar nem de executar esse serviço, não é mesmo?”, questionou Expedito, que obteve em resposta a concordância dos sindicalistas.

A falta de saneamento básico, principalmente o esgotamento sanitário, está diretamente ligada ao alto índice de internamentos e mortes de crianças menores de cinco anos de idade causadas por diarreias. Rondônia figura entre os três piores estados com maior número de morte infantil, atrás apenas do Maranhão e Amapá, com registro de 20 crianças mortas antes de completar um ano para cada grupo de mil nascidos vivos.

Na condição de candidato, Expedito evitou aprofundar a discussão em torno de modelos de gestão para soerguer a Caerd, mas afirmou que caso seja eleito, antes mesmo da posse procurará o Sindur para dar início às conversas em busca de uma solução. “Seja qual for o modelo que venhamos adotar para a execução das obras de esgotamento sanitário, se por meio de PPPs, subconcessão ou outro, em qualquer opção nenhum trabalhador será prejudicado”, assegurou Expedito.

De acordo com Wilson Lopes, secretário jurídico do Sindur, ao final da última greve o sindicato propôs a adoção de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) que contou com a manifestação de interesse imediato de 176 trabalhadores. Os sindicalistas criticaram ainda o ex-governador que acusava a Caerd de ter muitos servidores, mas que, segundo eles, o próprio governador inchou a folha com cerca de 300 novos comissionados.

Comentários

  • 1
    image
    joao roberto 28/08/2018

    A solucao da caerd e doar para os funcionarios a empresa ou seja cada cidade  fica com seus funcionarios e desta forma privatiza e os donos a gerenciara conforme as regras da lei , pois se isolar a caerd de qualquer cidade por ex. Ouro preto , ji parana  veremos que vender agua e um bom negocio e  lucrativo, o problema desta cia e os grandes salarios  la em p velho emordomias de presidentes e tec e tal.

  • 2
    image
    Telma Rodrigues 28/08/2018

    A promessa de Expedito de, caso eleito, sempre ouvir aos servidores da CAERD, antes de tomar qualquer medida saneadora da citada estatal, irá assegurar mais uma temporada de altos salários de seus servidores, água sem pressão na tubulação e bairros periféricos sem água de jeito nenhum. Ou seja, mais 4 anos de serviços de quinta categoria à população da Capital. Jeito tucano de governar. Já não basta o exemplo na esfera municipal ???

  • 3
    image
    Waldemir 28/08/2018

    A empresa é sim auto sustentável e lucrativa. É só retirar das mãos do governo. Taxar o consumo residência. E cobrar de forma lícita"pequenos médios e grandes empresas que desviam o consumo,e o governo que desperdiçar milhões de litros de água tratada diariamente. Feito isso. Será uma empresa de muito lucro,sem que para isso tenha um único servidor público para dar certo. E o governo por sua vez cobrará seus impostos tem ganho,pois um governo de verdade tem que administrar impostos jamais empresas. Para nunca ser atuado como corrupto ou ladrões.

Envie seu Comentário

 
Winz

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook