Germano Soares comenta a aprovação da Reforma Trabalhista

A necessidade de reformas é inquestionável, mas para implementá-las é preciso que tenhamos o mínimo de equilíbrio, um mínimo de estabilidade política.

Assessoria
Publicada em 14 de julho de 2017 às 04:15

A necessidade de reformas é inquestionável, mas para implementá-las é preciso que tenhamos o mínimo de equilíbrio, um mínimo de estabilidade política. E o momento pelo qual nós estamos passando está longe de ser um momento de estabilidade e equilíbrio.

Entendo que a reforma tributária, chamada pelo próprio relator, o deputado federal Luiz Carlos Hauly, de “a mãe de todas as reformas”, essa sim poderá tirar o país da crise pela qual está passando.

Agora, sobre a aprovação da reforma trabalhista, que ocorreu no Senado Federal, na última terça-feira, foi algo triste, realmente de tirar as esperanças do trabalhador. Os Senadores abriram mão do seu dever de revisar o projeto de lei e simplesmente aprovaram o texto que veio da Câmara dos Deputados.

Muitos pontos polêmicos foram aprovados, entre os quais destaco: a questão do trabalho intermitente, no qual o trabalhador ficará em casa à disposição do empregador e quando  for convocado, irá trabalhar e ganhará apenas pelas horas efetivamente trabalhadas. Há ainda a questão das grávidas e lactantes poderem trabalhar em áreas insalubres, sem falar que o acordado entre patrão e empregado poderá se sobrepor ao legislado.

Dizer que ao aprovar a reforma trabalhista haverá o surgimento de novos postos de trabalho é uma falácia. O que gera empregos é uma economia pujante, em desenvolvimento e, nesse particular, não vejo o governo tomar medidas para mudar o atual quadro de estagnação.

Comentários

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    edgard alves feitosa 14/07/2017

    A CLT funcionou desde sua criação (1943) até agora, e levou a economia do Brasil a estar entre as sete maiores; onde está sua obsolescência? Não são as leis trabalhistas que geram ou não emprego; quem vai gerar empregos é a atividade economica; se o país estiver em franco desenvolvimento economico, com leis ou sem leis trabalhistas geram-se empregos; agora com essa recessão provocada pela chapa Dilma(PT)/Temer (PMDB), com leis ou sem leis só pode haver desemprego; qual o poder de negociação que terá os empregados ou os sindicatos com milhões de desempregados? os empresários foram os grandes vencedores dessa reforma trabalhista, pois vão usar o desemprego contra os trabalhadores, para impor as suas condições; ficou claro que o que empresário mais odeia é direitos trabalhistas; esta reforma trabalhista tonou mais barato as contratações e muito mais fácil as demissões; o que esperar de deputados e senadores que são financiados pelos empresários e pelos bancos??? Somente os cínicos e hipócritas defendem essa reforma trabalhista.

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