Greve do Sintero prejudica 170 mil alunos e enfrenta resistência de técnicos

Greve na educação atinge 170 mil estudantes e divide trabalhadores da rede estadual em Rondônia

Fonte: Tudorondonia - Publicada em 06 de agosto de 2025 às 15:16

Greve do Sintero prejudica 170 mil alunos e enfrenta resistência de técnicos

Foto: Sintero: Assembleia geral no dia 31/07 deliberou pela greve deflagrada nesta quarta-feira, 6, sem o apoio dos técnicos educacionais, que são contra a paralisação e apostam em negociações 

Porto Velho, RO – A greve geral na educação estadual de Rondônia, deflagrada nesta quarta-feira (6), comprometeu o funcionamento de centenas de escolas e impactou diretamente cerca de 170 mil estudantes. A paralisação, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero), foi aprovada em assembleias gerais simultâneas realizadas no último dia 31 de julho, após a categoria considerar insatisfatórias as propostas apresentadas pelo Governo do Estado.

Entre os pontos de impasse estão reajustes considerados insuficientes no auxílio-alimentação (R$ 500,00 a partir de setembro, com retroativo a agosto), no auxílio-transporte (R$ 200,00 para servidores com até quatro salários mínimos) e a ausência de avanço nas titulações. Outras demandas incluem concurso público unificado, recesso para técnicos e equiparação salarial entre níveis N1 e N2. O governo sinalizou apenas com um abono condicionado às sobras orçamentárias, ainda sem valor definido.

Apesar da mobilização do Sintero, a greve enfrenta resistência dentro da própria categoria. O Sindicato dos Técnicos Educacionais (SINTAE) orientou seus filiados a não aderirem ao movimento, alegando que a paralisação pode comprometer conquistas já obtidas. Em vídeo divulgado nas redes sociais, dirigentes do SINTAE afirmaram que a entidade mantém diálogo direto com o governo e que novas negociações estão previstas para esta quarta-feira (7) com a Mesa Estadual de Políticas.

“A greve não nos representa. Temos um canal aberto com o governo e não vamos colocar em risco os avanços obtidos”, afirmou um dos dirigentes. A entidade reforçou ainda que a adesão dos técnicos à paralisação pode levar à judicialização e resultar na suspensão de benefícios assegurados.

O cenário expõe a divisão entre os profissionais da educação quanto às estratégias de luta e o nível de representatividade sindical. Enquanto professores paralisam suas atividades em busca de valorização, parte significativa dos técnicos permanece em seus postos, defendendo a continuidade das negociações por meio institucional.

A greve segue por tempo indeterminado, conforme decisão do Sintero, e novas assembleias estão previstas para avaliar os próximos passos do movimento.

Greve do Sintero prejudica 170 mil alunos e enfrenta resistência de técnicos

Greve na educação atinge 170 mil estudantes e divide trabalhadores da rede estadual em Rondônia

Tudorondonia
Publicada em 06 de agosto de 2025 às 15:16
Greve do Sintero prejudica 170 mil alunos e enfrenta resistência de técnicos

Foto: Sintero: Assembleia geral no dia 31/07 deliberou pela greve deflagrada nesta quarta-feira, 6, sem o apoio dos técnicos educacionais, que são contra a paralisação e apostam em negociações 

Porto Velho, RO – A greve geral na educação estadual de Rondônia, deflagrada nesta quarta-feira (6), comprometeu o funcionamento de centenas de escolas e impactou diretamente cerca de 170 mil estudantes. A paralisação, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero), foi aprovada em assembleias gerais simultâneas realizadas no último dia 31 de julho, após a categoria considerar insatisfatórias as propostas apresentadas pelo Governo do Estado.

Entre os pontos de impasse estão reajustes considerados insuficientes no auxílio-alimentação (R$ 500,00 a partir de setembro, com retroativo a agosto), no auxílio-transporte (R$ 200,00 para servidores com até quatro salários mínimos) e a ausência de avanço nas titulações. Outras demandas incluem concurso público unificado, recesso para técnicos e equiparação salarial entre níveis N1 e N2. O governo sinalizou apenas com um abono condicionado às sobras orçamentárias, ainda sem valor definido.

Apesar da mobilização do Sintero, a greve enfrenta resistência dentro da própria categoria. O Sindicato dos Técnicos Educacionais (SINTAE) orientou seus filiados a não aderirem ao movimento, alegando que a paralisação pode comprometer conquistas já obtidas. Em vídeo divulgado nas redes sociais, dirigentes do SINTAE afirmaram que a entidade mantém diálogo direto com o governo e que novas negociações estão previstas para esta quarta-feira (7) com a Mesa Estadual de Políticas.

“A greve não nos representa. Temos um canal aberto com o governo e não vamos colocar em risco os avanços obtidos”, afirmou um dos dirigentes. A entidade reforçou ainda que a adesão dos técnicos à paralisação pode levar à judicialização e resultar na suspensão de benefícios assegurados.

O cenário expõe a divisão entre os profissionais da educação quanto às estratégias de luta e o nível de representatividade sindical. Enquanto professores paralisam suas atividades em busca de valorização, parte significativa dos técnicos permanece em seus postos, defendendo a continuidade das negociações por meio institucional.

A greve segue por tempo indeterminado, conforme decisão do Sintero, e novas assembleias estão previstas para avaliar os próximos passos do movimento.

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