Há adversários e "adversários"

Bolsonaro parece não ter entendido que há adversários e “adversários”, e que o pior inimigo que um político pode ter é justamente aquele que faz juras de amor pelo chefe

Lúcio Albuquerque, repórter
Publicada em 07 de junho de 2019 às 16:29

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Já escrevi várias vezes (antes mesmo da eleição) que o presidente Bolsonaro deveria, e deve, tomar cuidado com o chamado “fogo amigo”. E também que ele deve se portar como presidente da República e não, antes, como pai de três homens adultos. Não nego que meu voto a ele foi bem dado e já há muita coisa sendo feita, apesar da chamada “grande mídia” preferir se apegar a questões de somenos – que também devem ser noticiadas haja vista o principal ator ser o presidente da República, mas seria melhor que informasse tudo e não só o que interessa a um lado.

Bolsonaro parece não ter entendido que há adversários e “adversários”, e que o pior inimigo que um político pode ter é justamente aquele que faz juras de amor pelo chefe, mas que gera situações que acabam prejudicando aquele que lidera. Como é o caso do grupo de filhos e gurus que acabam complicando e dando munição aos que, como dizia minha mãe quando queria mostrar que alguém procurava criar dificuldades, “Tá procurando chifre em cabeça de cobra”.

Ouço quem apoiou Bolsonaro dizer que a oposição quer um terceiro turno. Não tenho qualquer dúvida disso, mas está passado o tempo de o presidente enquadrar, como se diz entre militares, seus próprios filhos e o guru deles.  Ainda esta sexta-feira um deles soltou uma frase no twiter onde diz estar na hora do “presidente de verdade” voltar, clara citação em razão do pai estar na Argentina e a Presidência ocupada pelo substituto constitucional, o general Mourão.

Há uma frase que muitos citam ser de Voltaire, mas outros dizem ser do filósofo Jean Hérault de Gourville: “Que Deus me defenda dos amigos, que dos inimigos me defendo eu”.

No contexto atual de Bolsonaro a fase é bem aplicável.

OLHA O QATAR AÍ GENTE...   

Brasil supera tensão, lesão de Neymar e vence o Qatar com tranquilidade” (*). Com todo o respeito que se possa ter pela seleção de futebol do Qatar que, sabe-se lá a troco do que, ganhou o direito de sediar a próxima Copa do Mundo, dizer que a seleção brasileira (cheia de “craques que encantam os europeus”, conforme nos “vende” grande parte da mídia especializada), poderia estar tensa contra um time que nem existe no mundo do futebol é querer mais que demais. Mas foi essa a manchete do site da uol que se apresenta ao internauta como sendo o de “melhor conteúdo”.

NEYMAR, ATÉ QUANDO “UM GAROTO”?

Segundo aquela lei, o ECA, deve ser trado até como adolescente o camarada, mesmo que seja um marmanjo enorme, tudo porque não completou 18 anos, mesmo que tenha cometido crimes terríveis. A Lei, mesmo eu e muitos mais brasileiros a vejam como absurda, deve ser cumprida.

Neymar – e quero deixar bem claro, ao contrário de muita gente que já tomou partido a favor e contra ele, se meteu em uma enrascada cá pra nós desnecessária. E vem sendo tratado como “garoto”, até pelo Bolsonaro. Bom, o conceito de “garoto” certamente não se aplica a Neymar. Até quando um camarada aí com 25 anos, profissional muito bem sucedido, vai ser tratado assim?

P.S.

Ontem, segundo o noticiário, Neymar disse que não foi ele quem fez a postagem, teriam sido “assessores”, na linguagem da imprensa, “parças”.

Orientação de advogado ou mais uma vez vai sobrr pro mordomo?

ELE ACREDITA EM PAPAI NOEL

É falta de bom senso achar que um professor pode doutrinar alunos', diz pesquisador dos EUA”. A manchete é do site oglobo.globo.com, nesta quinta-feira e a opinião, conforme o site, é de um professor norte-americano que está de mudança par o Rio de Janeiro. Ainda recentemente tivemos duas paradas em escolas públicas no Brasil e denúncias de que estariam oferecendo notas aos estudantes que participassem dos movimentos. Isso é assédio moral e, ainda, doutrinação, o que, aliás, é comum se ouvir de alunos a respeito de alguns professores.

UFAC ADEQUA GASTOS

Entre as mudanças adotadas para contenção de gastos, estão: diminuição no horário de funcionamento da Biblioteca Central, suspensão de atividades no anfiteatro Garibaldi Brasil e no Teatro Universitário, limitação de passagens e diárias, redução no serviço de limpeza nos campi da Ufac e suspensão dos editais de extensão que seriam abertos neste segundo semestre.

E A UNIR?

Vão continua parando aulas ou vão imitar a congênere acriana?

(*)...” - https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas noticias/2019/06/05/brasil-x-qatar-amistoso-2019.htm?cmpid=copiaecola

HISTÓRIAS DO LÚCIO

E TUDO POR CAUSA DE UM PASTEL....

Essa foi contada a um amigo meu, segundo ele pelo “herói” da história, e esta semana a mim narrada. Uma comitiva de carros saiu de Porto Velho pela então BR-29 rumo a Cuiabá, logo na fase inicial da rodovia que depois virou 364. No tempo não havia os pontos de apoio como acontecem hoje, com bons restaurantes, hotéis, pousadas, etc. Era só selva e estrada de barro lama, poeira e lamaçal. Comida era em qualquer birosca.

A turma estava numa fome braba – em 1977 numa viagem no mesmo trecho, depois de 2 dias sem comer, não sei como apareceu um garoto vendendo limões e farinha: Sem açúcar, foi o melhor xibé que já comi. Mas, voltemos ao nosso herói porque não estou aqui para narrar meus causos.

O camarada, então um figurão da política local nos tempos das disputas entre cutubas e peles curtas, foi lá e repetiu o tal pastel, comeu uma coxinha frita e logo depois a comitiva chegou a Cuiabá.

Banho tomado, roupa trocada, um pouco de loção ou de estrato, comeram mais alguma coisa e foram todos para uma boate nas proximidades de Coxipó da Ponte, e lá cada um arrumou uma companheira para tirar o atraso. Nosso herói se pegou numa mulatinha paraguaia e daí a pouco foram para o quarto, com o preço da noitada já acertada.

“O problema é que na hora agá eu tive uma diarreia braba, saiu sem eu conseguir segurar, ficou uma fedentina danada e a mulher quase morre de tanto feder”.

Resumo da ópera: os dois foram para o banheiro, pegaram os lençóis e as toalhas para limpar a cama e o “óleo” ficou para ser trocado outro dia.

E para evitar que a mulher criasse problema ela aceitou receber, sem ter feito o serviço completo, o valor acertado, mas multiplicado por três.

Inté outro dia, se Deus quiser!  

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