Há risco de 'cancelamento' de Lula?

Golpe que derrubou Dilma não é possível hoje com Lula, avalia Arnóbio Rocha

Fonte: Arnóbio Rocha - Publicada em 04 de julho de 2025 às 14:01

Há risco de 'cancelamento' de Lula?

Lula (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

"Homem picado por cobra tem medo de comer linguiça"

A tentativa de simular o cenário do golpe de 2016 — por meio da ameaça constante de impeachment — transporta, de forma mecânica, uma realidade passada para o presente. E isso nada tem a ver com ser Lula ou Dilma.

A consolidação do "ódio" a Dilma teve um componente fundamental: a queda da economia, que antecedeu as jornadas de junho, a operação Lava Jato e o desgaste provocado pelo “pouso suave” após o crescimento expressivo do segundo mandato de Lula. Na época, a adoção de políticas anticíclicas diante da crise de 2008 — com o consequente aumento dos gastos públicos, de forma correta — também gerou tensões.

As consequências macroeconômicas de 2009 se estenderam por vários anos, e Dilma "pagou o pato".

Hoje, mesmo diante de um Congresso ainda mais conservador, o cenário é outro: a economia dá sinais de recuperação e há uma disposição política distinta.

A resposta do governo, uma semana após o "massacre" parlamentar, mostra que houve reação e rearticulação — e isso não nasceu do pragmatismo derrotista.

Sigamos em frente, sem medo de ser feliz. Nem de Hugo Mamata.

Arnóbio Rocha

Advogado civilista, membro do Sindicato dos Advogados de SP, ex-vice-presidente da CDH da OAB-SP, autor do Blog arnobiorocha.com.br e do livro "Crise 2.0: A taxa de lucro reloaded".

184 artigos

Há risco de 'cancelamento' de Lula?

Golpe que derrubou Dilma não é possível hoje com Lula, avalia Arnóbio Rocha

Arnóbio Rocha
Publicada em 04 de julho de 2025 às 14:01
Há risco de 'cancelamento' de Lula?

Lula (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

"Homem picado por cobra tem medo de comer linguiça"

A tentativa de simular o cenário do golpe de 2016 — por meio da ameaça constante de impeachment — transporta, de forma mecânica, uma realidade passada para o presente. E isso nada tem a ver com ser Lula ou Dilma.

A consolidação do "ódio" a Dilma teve um componente fundamental: a queda da economia, que antecedeu as jornadas de junho, a operação Lava Jato e o desgaste provocado pelo “pouso suave” após o crescimento expressivo do segundo mandato de Lula. Na época, a adoção de políticas anticíclicas diante da crise de 2008 — com o consequente aumento dos gastos públicos, de forma correta — também gerou tensões.

As consequências macroeconômicas de 2009 se estenderam por vários anos, e Dilma "pagou o pato".

Hoje, mesmo diante de um Congresso ainda mais conservador, o cenário é outro: a economia dá sinais de recuperação e há uma disposição política distinta.

A resposta do governo, uma semana após o "massacre" parlamentar, mostra que houve reação e rearticulação — e isso não nasceu do pragmatismo derrotista.

Sigamos em frente, sem medo de ser feliz. Nem de Hugo Mamata.

Arnóbio Rocha

Advogado civilista, membro do Sindicato dos Advogados de SP, ex-vice-presidente da CDH da OAB-SP, autor do Blog arnobiorocha.com.br e do livro "Crise 2.0: A taxa de lucro reloaded".

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