Henry Borel: júri de Monique e Dr. Jairinho será em março
Data é definida após mais de quatro anos de trâmites processuais
A Justiça do Rio de Janeiro marcou para 23 de março de 2023 o júri popular de Monique Medeiros e do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, acusados da morte do menino Henry Borel, em 2021.
A definição da data ocorre após mais de quatro anos de trâmites processuais e recursos da defesa dos réus. Ao comentar a decisão em rede social, o pai de Henry, Leniel Borel, que atua como assistente de acusação, destacou a dor da espera.
“Tenho mais tempo lutando por justiça pelo meu filho do que o tempo que tive com ele em vida. O Henry viveu só quatro anos. Eu acordo e durmo com o mesmo pedido: que a verdade sobre o que fizeram com o meu filho seja dita diante de toda a sociedade”, lamentou Leniel.
Para o pai da vítima, a marcação do júri traz um misto de esperança e sofrimento. “Ver a data do júri marcada é como reabrir uma ferida que nunca cicatrizou. Dói muito, mas também me dá esperança de que, enfim, o Henry será ouvido pela Justiça. Não é um processo qualquer: é o julgamento de um crime brutal contra uma criança de 4 anos que confiava nos adultos que deveriam protegê-la”, completou.
Henry Borel Medeiros morreu na madrugada de 8 de março de 2021, no apartamento onde morava com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca, zona sudoeste do Rio de Janeiro.
O menino foi levado pelo casal a um hospital particular, onde alegaram que ele teria sofrido um acidente doméstico. No entanto, o laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a criança sofreu 23 lesões por ação violenta, incluindo laceração hepática e hemorragia interna.
As investigações da Polícia Civil concluíram que Henry era vítima de rotinas de tortura praticadas pelo padrasto e que a mãe tinha conhecimento das agressões. Jairinho e Monique foram denunciados pelo Ministério Público e respondem por homicídio duplamente qualificado.
Os réus foram presos em abril de 2021. Desde então, o caso passou por diversas fases judiciais, incluindo a instrução do processo e recursos em instâncias superiores, o que adiou a formação do Conselho de Sentença.
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